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quinta-feira, 26 de abril de 2012

O PETER FRAMPTON DE PORTO ALEGRE


Lá pelo final dos anos setenta eu e minha irmã Tânia trabalhávamos em uma empresa no centro de Porto Alegre. Para ir e voltar usávamos a linha de ônibus Intendente Azevedo. Como almoçávamos em casa, eram quatro viagens de ônibus todos os dias.
Conhecíamos quase todos os passageiros que também utilizavam a linha no mesmo horário. Da mesma forma, conhecíamos também os motoristas que já eram nossos amigos.
Certa vez apareceu um motorista novo, cabeludo, que à primeira vista me lembrou alguém. Não foi tão difícil lembrar com quem parecia. Sem dúvida era muito semelhante ao Peter Frampton. Alto, cabelos compridos e encaracolados e calça apertada, estilo de roqueiro. Dava a impressão que se alguém largasse uma guitarra em suas mãos, ele sairia tocando e cantando "show me the way" com a maior facilidade.
Naquela época o "verdadeiro" Peter Frampton, bombava com seu albúm "Frampton comes alive" e as músicas "Baby I love your way" e "Show me the way".
Certa vez em uma dessas viagens de ônibus o "Peter Frampton" de Porto Alegre, puxou assunto com a minha irmâ. Fato que se repetiu em outras viagens posteriores.
Naquela época os passageiros embarcavam pela porta de trás e desciam pela da frente. Mas conosco passou a ser diferente. O então amigo motorista com pinta de ídolo do rock, abria a porta da frente para entrarmos. Passamos assim a viajar de graça na linha Intendente Azevedo. Benefício que foi estendido aos amigos e colegas que nos acompanhavam.
Estudávamos à noite no colégio Protásio Alves. Certa vez estávamos esperando o ônibus na parada em frente ao centro comercial na avenida João Pessoa após a saída da aula. E não é que o ônibus que apareceu foi o do "Peter Frampton". Entramos em três pela porta da frente, pois nosso colega Júlio César usava a mesma linha e não se fez de rogado, entrou também e usufruiu do passe livre.
O fim da linha era na avenida Salgado Filho, no centro. Certa vez o Peter Frampton convidou minha irmã para tomar uma "´Cóca" numa lancheria próxima ao fim da linha. Minha irmã enrolou e não foi.
Com o passar do tempo, nosso artista (do volante) desapareceu e nunca mais se soube notícias dele. Concidiu com o fim da fase de auge do Frampton original. 

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