Nº de Brotinhos Visitantes

domingo, 30 de setembro de 2012

SETEMBRO CHEGA AO FIM

Numa das manhãs desse mês de setembro acordei com uma sinfonia de sabiás e alguns outros pássaros cantando. Como não estava ainda bem acordado, pensei já estar em outro plano espiritual, tal era a paz que aquele som do canto dos pássaros transmitia. Parecia ser um paraíso, pelo menos de forma sonora. Lembrei que era setembro, o mês que troca da estação fria para a primavera e que as árvores florescem com mais vontade, atraindo grande quantidade de pássaros.
Pois este setembro está chegando ao fim. Mas a estação fica um pouco mais agradável sem aquele calor terrível do verão e sem o frio que assusta muita gente (eu não tenho nada contra o frio).
No dia 1º de setembro, um sábado, abri o programa com a música "Manhãs de setembro" cantada pela Vanusa. Ontem dia 29, fechamos o programa do mês com a notícia da ida de Hebe Camargo para outro plano espiritual. São coisas que não queremos aceitar, mas fazem parte da vida. Outros meses virão, na sequência as estações alterarão o clima. Notícias de todas as naturezas chegarão aos nossos olhos e ouvidos. Coisas inevitáveis, que estão fora de nosso alcance e comando.
Mas desejamos sempre que o que está por vir seja o melhor possível, pleno de realizações e muito sucesso. 
Roberto Bahy

sábado, 29 de setembro de 2012

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL

 
Creedence Clearwater Revival foi uma banda de rock californiana formada por John Fogerty (guitarra e vocais principais), Tom Fogerty (guitarra), Stu Cook(baixo) e Doug Clifford (bateria), que, sob outras denominações, tocavam juntos desde 1959.
O embrião da banda Creedence Clearwater Revival foi fundado em 1959, chamava-se Blue Velvets e era formada pelos irmãos John Fogerty (vocalista e guitarrista), e Tom Fogerty (guitarrista), Stuart Cook (baixo) e Douglas Clifford (bateria). Em 1966 conseguiram seu primeiro contrato com uma gravadora, a Fantasy, e com o nome de The Golliwogs gravaram dois singles. Embora não tivessem grandes pretensões o single foi bem aceite. Em 1967 mudaram o nome da banda para Creedence Clearwater Revival e a boa aceitação dos primeiros singles levou-os a deixar de ser apenas uma banda de covers dos anos 50 para se arriscar em suas próprias composições.


Em 1968 lançaram o seu primeiro álbum, auto-intitulado. Em meio ainda ao fenómeno das bandas inglesas os Creedence foi uma das primeiras bandas americanas a firmar-se no topo das paradas (entre outros com os singles "Susie Q" e "I Put a Spell on You").
Em 1971, após mais três álbuns de sucesso, os Creedence Clearwater Revival tornou-se na primeira banda a superar os Beatles como grupo de rock mais popular. O seu maior hit de todos os tempos, "Have You Ever Seen The Rain", do álbum Pendulum, trata-se de uma das músicas mais coverizadas até hoje. As suas músicas de pouco mais de três minutos, com refrões fáceis e cativantes pavimentaram caminho para as bandas de Hard Rock que se seguiriam.


Contrastando com o sucesso crescente surgiu a notícia de que Tom Fogerty havia abandonado a banda para seguir carreira solo. Os Creedence (como um trio) ainda lançou um álbum decepcionante, "Mardi Gras", antes de ser declarados extintos em 1972. Desde então reuniram-se eventualmente para aparições em festivais diversos. Stu Cook e Doug Clifford chegaram a montar uma banda chamada Creedence Clearwater Revisited e apresentaram-se tocando músicas do seu grupo antigo.
Todos os membros da banda participaram das gravações do álbum a solo de Tom Fogerty lançado em 1974, "Zephyr National". Tom Fogerty morreu em 1990 vítima de problemas respiratórios.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

WANDERLEY CARDOSO


Wanderley Cardoso nasceu no bairro paulistano do Belenzinho em 10 de março de 1945. Começou a carreira de intérprete aos 13 anos. Morou nos bairros de Pirituba e Lapa em São Paulo. Estudou na escola Guilherme Kuhlmann, onde concluiu o primário (1º a 4º série), no Largo da Lapa, Lapa de Baixo, em São Paulo.
Depois de cinco anos dedicados ao estudos, investiu com força no showbiz. Seu primeiro sucesso, gravado em 1965, chamava-se "Preste atenção". Rapidamente se tornou um dos ídolos da Jovem Guarda, ganhando o apelido de "O bom rapaz", título de seu grande sucesso gravado em 1967, que vendeu mais de cinco milhões de cópias.
Foi apresentador de rádio e televisão e participou como um dos trapalhões no programa "Os Adoráveis Trapalhões" na extinta TV Excelsior, ao lado de Renato Aragão, Ted Boy Marino e Ivon Curi. O cantor aparece em um número musical no filme de 1966 de Renato Aragão, Na Onda do Iê-iê-iê, no qual também pode ser visto Wilton Franco, que criou o famoso programa humorístico para a TV Excelsior.
Depois da Jovem Guarda e dos Adoráveis Trapalhões, foi contratado por Silvio Santos em 1970, juntamente com Paulo Sérgio e Antônio Marcos, para se apresentar semanalmente no quadro "Os galãs cantam e dançam na TV", que trazia além dos 3 (três) contratados fixos, vários cantores convidados. Manteve o romantismo em seus shows e discos. No início dos anos 70 foi barbaramente espancado na cidade de Uberlândia, Minas Gerais,onde realizaria um show. O ato de violência foi praticado por vários "playboys", ricos fazendeiros e industriais da região. Os fatos não foram devidamente apurados, devido ao grande poder dos empresários de Uberlândia junto aos militares que governavam o país.
No cinema, protagonizou vários filmes e participou de algumas peças de teatro e telenovelas. Outro de seus sucessos foi "Adeus Ingrata" que lançou no filme "O pobre príncipe encantado", o qual conta com a participação de Flávio Migliaccio e Vanusa.
Ao longo de sua carreira, gravou mais de 900 músicas e vendeu cerca de dezesseis milhões de cópias de seus 84 discos. Morando no Rio de Janeiro, mais preciso na Ilha do Governador, é evangélico e canta músicas da áurea época da Jovem Guarda, e suas mais novas canções gospel. Lançou um DVD, com participações de vários artistas brasileiros.
Em 2003, já no cenário cristão, foi premiado no Troféu Talento na categoria Revelação masculina.
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

BETINHO & SEU CONJUNTO

 

Betinho & Seu Conjunto foi um grupo musical surgido no início dos anos 50 formado pelo guitarrista, compositor e cantor Alberto Borges de Barros, o Betinho, considerado pelos pesquisadores musicais como sendo o primeiro grupo de rock'n'roll no Brasil. O grupo era eclético e tocava jazz, calipso, baião, choro, rock'n'roll, fox, música cubana, entre outros. Os músicos que acompanhavam Betinho eram; Renatinho (acordeão), Salinas (piano), Navajas (contrabaixo), Bolão (sax) e Pirituba e Rafael (percussões/baterias). Além de donos de uma impecável técnica musical e modernos, ajudaram à abrir as portas para novos estilos e movimentos da música brasileira como a jovem guarda.

 
Filho de Josué de Barros, quem descobriu Carmen Miranda, Betinho nasceu na cidade de Rio de Janeiro/RJ em 1918 e faleceu em 30 de março de 2000, aos 82 anos em Maringá/PR. Chegou a acompanhar a cantora ao violão, ao lado do pai, quando era adolescente. Juntos, introduziram o violão elétrico nas apresentações musicais, uma novidade para aquela ocasião. Betinho, na época que integrava orquestras de jazz onde se apresentava na Argentina, compôs sucessos como Fel, Abandono, Moral da História, O Vendedor de Laranjas e Parte. Entre 1941 e 1946 foi solista da orquestra de Carlos Machado, no Rio de Janeiro e Niterói.
 
Betinho & Seu Conjunto foi um dos maiores conjuntos de boate de São Paulo, eleito o melhor em 1957. As primeiras canções do grupo são em 1953 com, 78 RPM Baião e Sobremesa, Betinho no Choro, Batuca Jojo, entre outros. Em 1954 lança o fox Neurastênico, um dos clássicos mais conhecidos do grupo. A fase rock'n'roll chega em 1957 com Enrolando o Rock e o LP Rock & Calypso em 1958. Lança mais clássicos no fim dos anos de 1950 e primeira metade dos anos de 1960. A banda se desfez no início dos anos 60.
Em meados da década de 1960, Betinho se torna evangélico e mais tarde, um renomado pastor. Passou a compor músicas religiosas no estilo rock-balada, sendo o primeiro guitarrista evangélico do Brasil. Participou de gravações de alguns LPs de cantores do meio evangélico como por exemplo, Luiz de Carvalho.
 
DISCOGRAFIA:
 
78 RPM
  • Baião e Sobremesa / Betinho no Choro - Copacabana (1953)
  • Batuca Jojo / Baianinho - Copacabana (1953)
  • Lig Le no Baião / Ralando Coco - Copacabana (1953)
  • Corridinho 1951 / Burrinho Garboso - Copacabana (1954)
  • Neurastênico / Burrinho Leiteiro - Copacabana (1954)
  • Johnny Apaixonado / O Califa no Mambo - Copacabana (1955)
  • Violão Borocochô / A Polca do Véio - Copacabana (1955)
  • Casa da Vizinha / Não Caio Noutra - Copacabana (1955)
  • Enrolando o Rock / Cha Cha Cura - Copacabana (1957)
  • Loucamente (Little Darling) / Se Ela Vier - Copacabana (1958)
  • Baby Lover / Peanuts - Copacabana (1958)
  • Quero Beijar-te as Mãos / A Lágrima Rolou Copacabana (1959)
  • Limelight / Aquarela do Brasil - Copacabana (1960)
  • Theme From a Summer Place / Love Is a Many Splendoured Thing - Copacabana (1961)

 LP

  • Betinho & Seu Conjunto Dançante - Copacabana (1961)
  • Betinho, Rock e Calypso - Copacabana (1962)
  • O Rei da Noite - Copacabana (1963)
  • Betinho, Twist e Bossa Nova - Copacabana (1963)
  • Queimando a Sanfona - Tropicana
  • LP Estupido Cupido Nacional - música "Neurastênico" - Som Livre (1976)
  • LP Rock dos Anos 60 - música "Enrolando o Rock" - Phonodisc (1987)  CD

 CD
  • Série BIS Jovem Guarda "Betinho & Seu Conjunto" (2000)

sábado, 22 de setembro de 2012

TERRY WINTER




Thomas Willian Standen nasceu em 08 de maio de 1941. Filho de Maria Thereza Standen e Charles Walter Standen, brasileiro, neto de ingleses. O avô materno era veterinário, a avó dona de casa e residiam no Brasil. A família de seu pai firmou-se na cidade de Penedo, subdistrito de Resende (RJ) onde passou grande parte de sua infância.
Seu pai tinha uma pequena fábrica e a família tinha uma fazenda em Penedo. Todos estudaram em colégio inglês, e mantinham as tradições e os costumes ingleses, além de falarem muito bem o português e inglês.

Thomas William Standen era um rapaz bonito, de olhos verdes, e começou sua carreira ainda muito jovem. No início da era da Jovem Guarda (Terry nao fez parte), apresentava-se no programa de auditório Alegria dos bairros (TV Excelsior), produzido por Geraldo Blotta. Conhecido como Tommy Standen, ele abria os programas cantando algumas músicas em português. O programa era transmitido ao vivo.
Começou gravando no pequeno selo V.S. (1963). Depois foi contratado pela RCA e gravou com o nome Tommy Standen. Uma das músicas tem um certo destaque: A Varanda (1967). Tommy muda para a gravadora Beverly e faz uma última tentativa de sucesso como Tommy Standen, gravando Tomorrow Tomorrow dos Bee Gees (1969), mas o original lançado na mesma época sufoca a sua gravação.

Faltavam duas músicas para completar o primeiro LP New Tonton. Adiel Macedo de Carvalho pediu para Tommy fazer duas músicas em inglês, e saiu You’ll Notice Me e Mission To Carrie. O sucesso que alavancou as vendas do LP New Tonton é You’ll Notice Me, uma música com um estilo parecido com Burt Bacharach, e Terry até fez um trocadilho, colocando o nome do compositor como sendo Bart Baraboskin, o sobrenome de sua esposa. Tommy assumiu o pseudônimo Terry Winter, criado a partir de suas iniciais (T.W). You'll Notice Me faz um relativo sucesso vendendo 40.000 cópias. O pessoal das rádios chega a acreditar que se trata de uma genuína música americana.
 
Os lojistas começam a pedir um LP de Terry Winter, e assim Thomas lança seu primeiro LP. Sua música fez um sucesso estrondoso. Summer Holliday (1972) é uma produção muito bem cuidada, gravada no Estúdio Reunidos, e se tornou um dos maiores sucessos do ano. Summer Holliday lembra um pouco o clima do musical Hair, evocando um clima de festa de praia. O maestro Lemke fez os arranjos, Os Carbonos fizeram a base, e em uma só noite Terry foi ao estúdio B para colocar a voz. Quem não presta muita atenção pensa que se trata da prensagem brasileira de um disco internacional, produzido originalmente por uma gravadora chamada New Records. Na capa de fundo escuro, ele aparece de cabelos longos que escondem seu rosto.
 
Summer Holliday fez sucesso em 42 países, vendeu mais de três milhões de cópias.
 

Sua verdadeira identidade é revelada no Programa Silvio Santos. 
O programa inicia com Terry falando em inglês e tem o auxílio de um intérprete. Após o intervalo, a entrevista continua em português normalmente e as colegas de trabalho do Silvio Santos não entendem nada.

Mas, este fato é bem recebido pelo público e finalmente descobrem que Terry Winter é de fato brasileiro, filho e neto de britânicos, tímido, bem educado, bonito, sendo uma figura extravagante que quando sobe ao palco se revela quase que um autêntico roqueiro inglês.
 
Terry amava compor e cantar.  Acreditava que o fato de cantar em inglês mostraria ao mundo exterior que o Brasil possuía músicos talentosos capazes de levar ótima música e de excelente qualidade além de serem conhecidos mundialmente. Orgulhava-se profundamente de ser brasileiro e nunca quis trocar o Brasil por nenhum outro país.

Participou da novela A Viagem (Rede Tupi - 1975), fazendo o personagem Rui.

Ao longo de toda sua carreira, Terry ganhou oito discos de Ouro, cinco discos de platina e cinco discos de diamante. Mas foi uma luta compensadora, por mostrar para o mundo que o brasileiro sabe fazer boa música.
 
Terry voltou a liderar as paradas com a música Our Love (1975), ganhando um disco de ouro ao vender mais de meio milhão de discos. O sucesso de Our Love levou Terry a lançar este LP em Espanhol pela gravadora RCA.
 
Durante alguns anos, sua vida foi dedicada à divulgação de seus discos e shows realizados por toda a América Latina, Canadá, Holanda e Estados Unidos. Apesar do pedido da gravadora RCA para ficasse nos Estados Unidos, Terry preferiu ficar definitivamente no Brasil em 1980. Tinha agora 04 filhos e queria criá-los aqui.

Na década de 80 lança um compacto gravado com seu parceiro Neil Bernardes chamado Look at Me.

Lança ainda outro compacto cantando ao lado de Silvia Massari, Lovely Love, música tema da novela A Gata Comeu, da Rede Globo.

Terry Winter deixou um enorme rastro músicas lindas. Um artista que cantou sempre músicas de sua própria autoria e compôs mais de 300 canções gravadas por muitos intérpretes. Suas canções falam de amor, da natureza, do homem do campo.

Como sempre usou pseudônimos em suas autorias, passou a ser Chico Valente em 1982, ao compor com Neil Bernardes a canção Sonho de Um Caminhoneiro, gravada pela dupla sertaneja Milionário e José Rico. Um verdadeiro sucesso.

Neil Bernardes foi o maior parceiro de sua carreira, e melhor amigo. Trabalharam juntos e aprenderam o valor da amizade. Sonho de um caminhoneiro mais parece a história de dois amigos inseparáveis lutando pela vida e o pão e no fim da estrada um tem que seguir. Esta música marca o início de uma parceria de muitos sucessos.

A partir daí, Terry como Chico Valente compõe Filho Pródigo, na época gravada pela dupla Junio e Julio e, atualmente, gravada por Bruno e Marrone.

Compõe para artistas como Gugu Liberato (Bugaloo da da), Gretchen (Hula hula), Fofão (Guerra nas Estrelas), Doce alegria (Vanessa), entre muitos outros.....

Atuou como compositor e produtor para duplas como Mato Grosso e Mathias (onde o disco foi considerado o disco mais bem produzido e o mais bonito da dupla), Carlos Cesar e Cristiano e as Irmãs Galvão.

Montou uma Editora Musical e teve como sócios Neil Bernardes, seu empresário e amigo Álvaro Gomes e Orival Pessini. Pessini fazia o personagem Fofão na tv e Terry compôs e produziu os discos do personagem além dos trabalhos da editora.

Participou junto com Neil Bernardes do festival Agroceres exibido pela Rede Bandeirantes com a Canção Coração Caipira que ficou em 1º lugar. Neil Bernardes gravou esta música em seu disco solo.

Chico Valente e Neil Bernardes tem sua última apresentação juntos nos festivais Rimula, patrocinados pela Shell e exibidos no SBT com apresentação do Gugu Liberato. No primeiro festival, a canção Chão Vermelho (que representa um protesto em defesa do homem do campo e do mundo) fica entre as 10 melhores e vai para o LP do festival. No segundo, a canção Sinfonia Sertaneja (que fala harmonia da natureza e toda a sua beleza) é apresentada apenas por Neil Bernardes que ganha como Melhor Intérprete, onde a emoção pela falta do parceiro tornou mágica sua interpretação. A canção fica em 1º lugar e ambos ganham uma Picape como prêmio.

Como estava fora da mídia há algum tempo, Terry estava dedicado a novas composições e mantinha negociações com uma gravadora. Estava mesmo muito ansioso para voltar a fazer parte do que mais gostava. Apesar de muito trabalho fora das câmeras sentia falta do sucesso.
 
 
 
Sofria desde criança de bronquite asmática e durante a vida toda foi muitas vezes socorrido e cuidado por sua esposa Miriam.

Em 1998, andava muito ansioso e as crises voltaram a ficar freqüentes. Numa manhã de agosto de 1998 passou mal e com a demora na chegada do resgate, ele sofreu um derrame.

Por volta da seis horas da manhã foi levado para o pronto socorro do Butantã, e de lá foi transferido para hospital do Jabaquara, onde ficou internado na unidade de terapia intensiva. As perspectivas de recuperação eram boas e o médico que o assistia garantiu que em dois meses ele estaria saindo do hospital. Terry só permitiu a visita de seus familiares.

Após 32 dias de internação, contraiu inesperadamente uma pneumonia e veio a falecer em 22 de setembro, aos 57 anos. Foi sepultado em 23 de setembro de 1998 no cemitério Campo Grande, no bairro de Interlagos.

Thomas William Standen foi um homem honesto, excessivamente generoso, amigo, profissional, talentoso, um ótimo pai para seus quatro filhos e um excelente marido.

Uma revoada de pássaros prestou sua última homenagem a este verdadeiro artista e abriu para ele as portas do céu.

Baseado na biografia de Terry Winter, contado por sua filha Shareenne a quem agradecemos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

THE BEATLES - 50 ANOS DE "LOVE ME DO"


Edição Espanhola do EP (Odeon DSOE 16.574 - 1962

Liverpool celebrará 50 anos de 'Love me do', primeiro single dos Beatles.
A cidade britânica fará diversos eventos para homenagear o quarteto.
A principal comemoração será realizada no dia 5 de outubro, a mesma data em que "Love me do" chegou ao mercado.
"Love Me Do" é o nome de uma canção dos Beatles escrita por Lennon/McCartney. A canção é essencialmente de Paul McCartney que a escreveu entre 1958/59 na sua escola. John Lennon também participou nela. A faixa foi gravada em 6 de junho de 1962 no estúdio Abbey Road.
A canção foi a primeira a ser lançada pelos Beatles em forma de single, cujo lado B trazia a canção "P.S. I Love You", no dia 5 de outubro de 1962. O single atingiu a posição 17 nas paradas de sucesso do Reino Unido e quando foi reeditada atingiu o quarto lugar. Nos Estados Unidos, o single atingiu o primeiro lugar em 1964.

Gravações:
"Love me do" foi gravada em três diferentes vezes e com três bateristas diferentes:
A primeira gravação foi feita em 6 de junho de 1962 com Pete Best, como parte da audição feita na Abbey Road Studios e foi lançada no álbum Anthology 1.
A segunda em 4 de setembro do mesmo ano com Ringo Starr na bateria. O produtor George Martin não aprovou a bateria de Pete Best. Esta versão foi lançada no álbum Past Masters, Volume One e One.

A terceira em 11 de setembro/62 com Andy White na bateria e Ringo tocando tamborim e foi lançada no álbum "Please Please Me".


Etiqueta do single da Parlophone, 1962.
A primeira edição do single, entretanto, trazia a versão de Ringo Starr. para a reedição do single feita em 1976 e a edição comemorativa dos 20 anos de lançamento em 1982 foi usada a versão de Andy White. A versão de Pete Best ficou inédita até 1995, quando foi incluída no álbum Anthology 1.
"Love Me Do", com Ringo na bateria, também foi regravada oito vezes durante os programas de rádio da BBC (Here We Go, Talent Spot, Saturday Club, Side By Side, Pop Go The Beatles e Easy Beat) entre outubro de 1962 e outubro de 1963. A versão que foi gravada no dia 10 de julho de 1963 e foi para o ar no dia 23 de julho, no programa Pop Go The Beatles, pode ser ouvida no álbum Live at the BBC. Os Beatles ainda a tocaram ao vivo no programa de rádio no dia 20 de fevereiro de 1963, chamado Parade of the Pops, também da BBC.
Em 1969, durante a gravação do álbum Let It Be, os Beatles tocaram uma versão mais lenta da canção. Esta versão está presente em álbuns bootlegs.

Outras versões

"Love Me Do" foi regravada por muitos outros artistas entre eles, Sandie Shaw em 1969, Ringo Starr no álbum solo de 1998 Vertical Man, Emmerson Nogueira em 2004 e David Bowie que a cantou na tournê de Ziggy Stardust.
 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

THE SUNSHINES




The Sunshines foi uma banda da Jovem Guarda e iniciaram a sua carreira com os dois irmãos João Augusto Soares Brandão Neto conhecido como Guty e Geraldo Brandão (filhos do comediante Brandão Filho) que já cantavam juntos todo o repertório dos Everly Brothers desde crianças e ainda com o Walter Davila Filho (filho do comediante Walter Davila). Isso ocorreu em 1964 e com esta formação (Walter na guitarra solo, Geraldo na viola ritmo e vocal e o Guty vocalista) chegaram a fazer alguns programas na TV Excelsior. Ainda em 64, entraram para o grupo, o Rakami, baixista, primo do Walter e em seguida, o Dândalo, baterista e dessa forma foi criada a primeira formação completa e original. Em 1965 o baterista da banda saiu entrando Sérgio que permaneceu até ao seu final.
 
The Sunshines,estreou em 1966 pela editora independente Rio, com um LP sem título e que trazia boas versões de clássicos dos Beatles. O disco não fez grande sucesso mas a CBS ficou de olho neles, para lançar pela Etiqueta/Selo Epic e que seria dirigida por Jairo Pires. Leno produziu para eles “O Último Trem”, versão do sucesso “Last Train To Clarksville” (The Monkees), que fez muito sucesso e vendeu bastante bem, o que veio a consagrar eTsse excelente LP produzido por Jairo Pires e lançado no Inverno de 67.
The Sunshines lançariam mais compactos pela CBS até ao final de 1968, quando por fim se separaram e quando a Jovem Guarda acabou, e com ela a carreira de diversos grupos pela gravadora do “Rei”.
O vocalista Guty veio a falecer em 1992.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

MAIZENA - CONHEÇA A ORIGEM

“Maizena faz mais do que você imagina”. Desde sua estréia no País, a famosa caixa amarela é aliada das donas-de-casa no preparo de alimentos. Gerações foram criadas com os mingaus, biscoitos, doces e molhos à base dessa fina farinha. De tão popular, a marca virou sinônimo de amido de milho. Versátil, barata e nutritiva, Maizena tem uma longa relação de intimidade e confiança com as mulheres brasileiras, em um percurso curioso que começa na lavanderia. Conheça um pouco dessa história de mais de 130 anos.
 
 
A história
 
Inglaterra, 1840. A indústria têxtil estava a todo o vapor e, para encorpar os tecidos recém-saídos dos teares, era aplicada goma feita com farinha de milho. Os resultados com o pó grosseiro, no entanto, estavam longe do ideal. Dois ingleses, William Brown e John Polson, decidiram aprimorar o produto para atender à demanda das fábricas que se multiplicavam pelas ilhas britânicas. Fundaram uma refinaria e chegaram a um processo que resultava em um amido excelente para as tecelagens e lavanderias domésticas. Com um pouco mais de apuro, transformava-se até em alimento, lançado no mercado como farinha de milho Brown & Polson. Eles foram os pioneiros. Estados Unidos, 1842. Do outro lado do Atlântico, Thomas Kingsford passava por situação semelhante à de seus conterrâneos. Funcionário de uma refinaria de milho ele quebrava a cabeça para encontrar um processo mais simples de extração de amido. Suas experiências deram tão certo que alguns anos depois ele abriu uma fábrica para produzir farinha do seu jeito. O amido de milho Kingsford servia, a princípio, às indústrias que precisavam de goma. Mas a invenção era boa demais para ter somente essa função. Kingsford sabia disso e começou a produzir amido para o setor de alimentos.
Estados Unidos, 1854. Wright Duryea pediu demissão e abriu um negócio. Deixou o emprego de encarregado de manutenção da fábrica de Kingsford e fundou a mais nova concorrente do antigo chefe: a Fábrica de Amido Rio Oswego. Dois anos depois, Duryea recrutou a família para ampliar os negócios e criar a Companhia Produtora de Amido Duryea. Seu carro-chefe era MAIZENA, um amido para uso doméstico, culinário inclusive, embora na época, o produto ainda fosse mais popular na lavanderia. A caixa amarela fez sucesso entre as donas-de-casa de americanas, ganhou prêmios de qualidade e, em 1859, começou a ser exportada para a Europa. Em 1906, as empresas de Duryea e Kingsford passaram a integrar o grupo norte-americano Corn Products Refining Company, mais tarde conhecido apenas como Corn Products Company (CPC).


Brasil, 1874. As mercearias, como eram conhecidos os supermercados na época, pareciam mais feiras. Produtos como arroz e feijão eram dispostos em sacos e vendidos a granel. O surgimento de caixinhas amarelas entre pilhas de batatas e tomates causou impressão nas donas-de-casa brasileiras. A novidade atendia por MAIZENA e era multiuso. Servia para engrossar caldos, dava um bom mingau, substituía a farinha de trigo no preparo de bolos e, na falta de goma, deixava as camisas perfeitas. O sucesso era inevitável. MAIZENA entrou no cardápio de restaurantes, nos livros de culinária e nas receitas passadas de mãe para filha, vizinha a vizinha, geração a geração.
 
No começo do século XX, a empresa Corn Products Company instituiu uma campanha para aumentar o uso de MAIZENA fora das cozinhas domésticas. Padeiros e fabricantes de biscoitos foram estimulados a empregar o amido de milho da marca em receitas, em substituição à farinha de trigo. Uma das invenções caiu nas graças do povo. Era a bolacha Maizena, mais leve e crocante do que os biscoitos comuns. No início, o nome dos quitutes estava vinculado à compra do amido fornecido pela CPC. Mas a popularização das receitas fugiu ao controle e o biscoitinho começou a ser produzido nos quatro cantos do país, mesmo sem levar o amido original entre os ingredientes.

Foi esse cenário de confiança que o engenheiro L. E. Miner encontrou ao chegar ao Brasil em 1927. Representante da CPC, ele dirigiu-se a São Paulo para analisar o mercado local. Até então, MAIZENA era produzida nos Estados Unidos e apenas embalada no Brasil. Ele precisava descobrir se era viável abrir uma fábrica de amido de milho por aqui. Não precisou de muito tempo para tomar a decisão. Três anos depois, a Refinações de Milho Brasil (RMB), subsidiária da CPC, começava a funcionar na capital paulista. Na década de 30, com a fundação da primeira fábrica da marca no Brasil, a CPC tentou proibir o uso do nome MAIZENA em produtos que não a contivessem. Mas o período para uma reclamação legal havia expirado e o biscoito, já bastante popular, ficou com o nome. Durante a Segunda Guerra Mundial, o produto usado pelas donas de casa passou a ser procurado também pelos padeiros por causa da falta do trigo, que era importado. A solução foi usar a MAIZENA para fazer o pão.
A origem do nome

O amido de Duryea foi batizado de MAIZENA em referência à palavra maíz, que significa “milho” em espanhol. Embora cada região das Américas adotasse um nome para o cereal, o termo empregado pelas tribos sioux e iroquês, habitantes do sul dos Estados Unidos de hoje, foi o preferido pela Espanha para designar as espigas levadas por Cristóvão Colombo. A mesma inspiração seria usada na embalagem de maizena. A caixa amarela remete aos grãos, enquanto a ilustração, feita com caneta de bico de pena, representa uma tribo norte-americana extraindo amido, relembrando assim seus antecessores na produção de farinha de milho. Em sua longa existência, a caixa passou por poucas mudanças. O nome MAIZENA é tão popular que ganhou lugar nos dicionários da Língua Portuguesa. Aportuguesada a marca virou maisena, sem o Z.

A tradicional embalagem amarela sofreu pouquíssimas alterações ao longo das décadas, e apesar disso, MAIZENA continua um sucesso de vendas. A conhecida cena dos índios Sioux extraindo amido do milho, num desenho em bico de pena, permanece intocável na nova caixa do produto. Este desenho compõe a embalagem de MAIZENA desde a sua introdução. Em 2005 passou a conter receitas saudáveis e informações sobre nutrição.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

JOSÉ ROBERTO

O Cantor baiano José Roberto estreou na Jovem Guarda em Abril de 1967 através do compacto "Deixa Meu Cabelo Em Paz", pela CBS, obtendo um grande sucesso com esta canção. Logo em seguida lançou o seu 1º LP, intitulado "Os Sucessos na Voz de José Roberto, que alcançou ótimas vendas (cerca de 15 mil cópias nos quatro primeiros meses do seu lançamento). Começava assim, uma carreira de grandes êxitos, através da série de LPs "José Roberto E Seus Sucessos" que se estenderia até meados da década de 70, atingindo vários sucessos nos “Tops” ao longo deste período, músicas inesquecíveis como "Preciso Esquecer Que Te Amo", "Eu Juro Que Vou Lhe Esquecer", "Por Você Esqueço Até De Mim", "Lágrimas Nos Olhos (de Raulzito)", e outras.
 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

ROBERTO CARLOS - AS PRIMEIRAS GRAVAÇÕES





"João e Maria" e "Fora do Tom" são os dois temas que constaram do primeiro disco do Rei Roberto, lançado em agosto de 1959 quando ainda era "crooner" da boate Plaza de Copacabana. A oportunidade desta gravação surgiu devido a uma certa rivalidade entre Aloysio de Oliveira, que lançou João Gilberto, e Joel de Almeida, diretor artístico da Polydor. Na tentativa de fazer igual sucesso, Joel convidou Roberto Carlos a gravar, já que imitava o jeito de tocar e cantar de João Gilberto.
Assim, em 1959, Roberto Carlos lançou "João e Maria/Fora do Tom", um compacto simples/single 78 rpm. Dois anos depois, ele lançaria o primeiro álbum, "Louco Por Você". Imperial compôs boa parte das canções deste disco. O disco não chegou a ter muito sucesso, e hoje está praticamente esquecido, mas é freneticamente procurado pelos colecionadores.
Roberto Carlos insistiu em investir na música jovem da época, o rock, e em 1962 lançou "Splish Splash".


sábado, 15 de setembro de 2012

JERRY ADRIANI E RAUL SEIXAS - AMIZADE INFINITA

Jerry Adriani foi o cantor da Jovem Guarda que teve uma influência enorme na carreira de Raul e foi um grande amigo dele. Foi Jerry que o trouxe para gravar seu primeiro disco na EMI-Odeon, como também foi Jerry o responsável por colocar Raul como produtor musical da CBS onde Raul fêz cerca de 80 músicas sem assinar qualquer uma delas para o pessoal da Jovem Guarda. Mais que isto, Jerry foi padrinho de casamento de Raul com a americana Edith Wiesner. Jerry jamais utilizou o nome de Raul Seixas após sua morte para se promover. Foi até o final da vida de Raul um de seus maiores e verdadeiros amigos.


Raul tinha também uma incrível capacidade de surpreender. Jerry Adriani - responsável pela ida de Raulzito e Os Panteras para o Rio, em 1968 - não esquece uma história.

"Uma vez estávamos passeando em São Conrado e de repente Raulzito sentou-se na calçada e começou a bater papo com um mendigo , que não falava coisa com coisa. O papo nunca terminava. Eu dizia que tínhamos de ir embora , mas ele não queria sair dali e continuou a conversar como se fosse a coisa mais séria do mundo. Eu me aproximei para tentar ouvir sobre oque eles conversavam , mas não dava para entender nada. Ficaram uns quarenta minutos nesse papo doido. "

Noutra época, Raul inventou um personagem chamado Queixada , que ao ficar nervoso trazia o queixo para a frente e falava baixinho. Jerry Adriani conta que aquele jeito de falar virou mania entre os dois. "Ná época em que foi perseguido pelos militares, Raul passou aproximadamente uma semana em minha casa. Mas , num belo dia , sumiu. Saí procurando-o por tudo quanto é lado. Fiquei muito preocupado, pensando que ele poderia ter sido preso. Quando já não sabia mais onde procurá-lo, olhei sem querer para um táxi, em Copacabana, e ali estava o Raul se escondendo de mim ao mesmo tempo em que fazia o Queixada. Perguntei: 'Mas o que é isso , Raul?' E ele respondeu: 'É que lá na sua casa tava muito tranquilo pra mim'."


A história do casamento de Jerry também merece ser contada. A cerimônia, para a qual o noivo convidou apenas as pessoas mais chegadas, tinha uma lista de convidados na qual , por descuido, o nome de Raul acabou não entrando. Quando ele chegou, o porteiro quis empedir sua entrada. Raul não titubeou, disse que era o padre que celebraria a união do casal. Como estava todo vestido de preto , o porteiro acreditou. Jerry conta o final da história: "De repente , começou um tumulto, uma confusão. Fui ver o que acontecia e era o padre de verdade reclamando. Ele dizia ser um absurdo contratar dois sacerdotes para uma mesma celebração. Desfeito o equívoco, apresentei Raul ao padre , que o chamou para ser o coroinha da cerimônia, e deu um sino na mão dele. O casamento rolando e o Raul tocando aquele sino sem parar. O padre não aguentava mais o começou a dizer que aquele menino tinha de ser exorcizado. Para 'salvá-lo', começou a jogar água benta nele , que não perdeu a pose e continuou a fazer graça no altar".

No dia 29 de janeiro de 1997, Jerry Adriani recebeu uma mensagem de Raul Seixas. Dizia o seguinte: "Bicho, foi difícil, mas consegui. Cuide dos que como eu se perdem nas drogas. Meu irmãozinho, a saudade é grande, mas estou bem. Compreendo a vida. Estou vivo. Sempre achei que era assim, mas é muito melhor. Temos que ter responsabilidade com o nosso corpo. Um abraço do seu irmãozinho Raulzito". Era uma mensagem psicografada. Jerry explica: "Frequento um centro espírita no Rio de Janeiro e ali é comum receber mensagens desse tipo. Mas o curioso é que a pessoa que psicografou esse texto é uma senhora de idade, que nem sabe como era a linguagem de Raul Seixas - e ele realmente falava muito 'bicho' e me chamava de irmãozinho".




Raulzito e os Panteras com Jerry Adriani

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

BEATLES FOR EVER


Quando aos meus nove anos, em 1966, vi uma foto de diversos fãs dos Beatles em uma calçada, atrás de um cordão de isolamento e uma "girl" com um cartaz que dizia "I love Paul", comecei a ver a dimensão de sucesso que tinha tomado aquele grupo. Até então tinha ouvido falar naquele conjunto e também algumas músicas dos "tais" Beatles. Comecei então a escutar suas músicas, ler reportagens virando também um fã. Não daqueles beatlemaníacos, mas simplesmente um admirador daquele grupo que conquistava o mundo com suas músicas, seu estilo, suas roupas, seus cabelos e mais tarde seus filmes e desenhos animados.
Durante alguns anos acompanhei o sucesso e a carreira dos quatro rapazes de Liverpool. Músicas como : Hello, Goodbye; Eleanor Rigbi; Fool on the Hill; Sometimes; Ticket to Ride; Yesterday; Help e outras tantas que também fizeram sucesso, atravessaram as décadas e maravilhando gerações que sequer viram os Beatles cantarem juntos.

Quando no final dos anos sessenta e início dos setenta, ouvi que os Beatles iriam dissolver o grupo, fiquei muito decepcionado. Pensei ser algo de momento e que depois de algum tempo eles voltariam.
Não voltaram. Mas ficou em mim sempre a esperança de que um dia eles voltariam. Queria ainda ver os Beatles cantando juntos.
Passou-se mais uma década e nada, mas a esperança ainda continuava.
Quando em 08 de dezembro de 1980 vi a notícia de que John Lennon fora assassinado, não quiz  acreditar. Mas sabendo que era verdade mesmo, vi que não era somente o John que havia morrido, mas também aquela esperança de os ver novamente juntos. Pois Beatles sem John Lennon não seria "The Beatles" e sim apenas tres Beatles. Ele que juntamente com Paul McCartney foi o fundador do grupo. Mesmo que o Beatle que eu sempre simpatizei tenha sido o Paul por duas coisas em comum comigo: ter nascido no mesmo dia e mês que eu, 18 de junho, e por ser também canhoto como eu, certamente a ausência de John deixaria o conjunto descaracterizado. Enfim o sonho de ver os Beatles juntos novamente foi embora. O que restou foi acompanhar suas carreiras solos. Me identifiquei com o grupo "Wings" do Paul. Dos outros tres, apenas ouvia as músicas que faziam sucesso.

O certo é que nos dias de hoje todas as gerações escutam músicas dos Beatles.
E como foi um grupo que nasceu em uma época mas é de todas as épocas, estréia neste sábado 15 de setembro de 2012 no programa "Jovem Guarda - Recordar é Viver" o quadro "Beatles Again" com  flashes contendo a vinheta com a música "Day Tripper" seguida de duas músicas dos Beatles inicialmente duas vezes por programa.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A ZEBRINHA DO FANTÁSTICO

Um dos mais importantes ícones da televisão brasileira, a Zebrinha do Fantástico esteve presente na infância de muita gente, pois mesmo ligada à área esportiva, a personagem teve uma aceitação muito grande do público infantil. Essa eqüina listrada foi a grande responsável por unir a família inteira em frente da televisão, os pais apostadores e os filhos, inveterados fãs da personagem.
Criada em 1975, a famosa personagem recebeu os traços do cartunista Mauro Borja Lopes, o Borjalo, que faleceu no Rio de Janeiro, em 18 de novembro de 2004, aos 79 anos. A voz da Zebrinha era da dubladora paulista Maralisi Tartarine, que viveu uma época da sua vida no Rio, e que emprestava sua voz à uma das Panteras, mas foi dublada também, durante outra fase pelo locutor Pedro Braga.
Com sua animação que se limitava a boca e piscadinhas charmosas nos olhinhos, a Zebrinha se encarregava de passar aos apostadores da semana o resultado da loteria esportiva, e havia sido a escolhida pra isso porque por si só já representava o resultado inesperado de uma partida. Ora, não dava pra ficar irritado ao errar um resultado das apostas, não se o resultado fosse dado pela simpática Zebrinha, com aquela voz meiguinha que ficou gravada na cabeça de muitos.
Quantas crianças não correram para ver na televisão a Zebrinha do Fantástico, responder ao jornalista Léo Batista os resultados da loteria esportiva? "Coluna 1”, “coluna 2” ou “coluna do meio", mas o momento por qual todos esperavam era quando a carismática personagem soltava o sonoro: “Deu zeeebraaa! Ó eu aqui de novo!”.
O que é de se estranhar é que a Zebrinha tenha metido medo em muitas crianças também. Há quem diga que não suportava ouvir a voz do animalzinho, que aquilo lhe arrepiava.
Na verdade não importa muito quantos jogos foram acertados ao som da voz da Zebrinha , nem se ela assustava ou encantava, o que é certo é que ela marcou muita gente. 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A PEQUENA ORFÃ - NOVELA DE 1968

A Novela.
Exibida pela Tv Excelsior no horário das 18h30, A Pequena Órfã inaugurou o filão da telinha de histórias sobre crianças órfãs na era do videotape, tornando-se assim um estrondoso sucesso da TV Excelsior.
A novelinha dirigida por Dionísio Azevedo estreou no dia 1 de julho de 1968 e ficou no ar até maio do ano seguinte.
A primeira atriz mirim a interpretar Toquinho foi Patrícia Aires, filha do ator Percy Aires, mas ela não foi chegou até o final da novela, pois Aires alegou que sua filha estaria trabalhando mais do que o combinado com a direção. Patrícia foi substituída por Marize Ney, prima da atriz Lurdinha Félix, muito parecida com ela mas três anos a mais que Patrícia. A direção pediu para que o autor da novela encontrasse uma maneira na história de efetuar a troca sem prejuízo na lógica, Teixeira Filho resolveu o problema com uma passagem de tempo onde os fatos permaneciam os mesmos três anos depois.
A TV Globo reprisou A Pequena Órfã em 1971, após a fechamento da TV Excelsior. Na nova abertura feita para esta reapresentação, podia-se ver a então menina Glória Pires, em sua primeira aparição na televisão.
Em 1993, Marcílio Moraes baseou-se nessa novela e em outro sucesso de Teixeira Filho, Ídolo de Pano, para escrever Sonho Meu, produzida pela TV Globo.
Em 1973 foi lançado o segundo filme de Clery Cunha, baseado na novela homônima da TV Excelsior, usando Patrícia Aires e Dionísio Azevedo no elenco ainda, mas com a sentida ausência de Riva Nimitz que foi substituída por Bárbara Aires.
A História.
A novelinha mostrava as desventuras da pequena Maria Clara, conhecida como Toquinho, que após ser abandonada pelos pais vai para um orfanato onde precisa ser cuidada pela cruel Elza. A ambição de Elza e o seu jeito encrenqueiro acabam tornando a vida das crianças do orfanato um verdadeiro sofrimento.
Enquanto padece nas mãos de Elza, Toquinho, vive contantemente fugindo e logo faz amizade com figuras folclóricas como o Velho Gui (Dionízio de Azevedo), um misantropo meio Gepeto e consertador de brinquedos, que a menina conheceu em uma de suas escapadas. Com o bom velho Gui, Toquinho aprende a fazer barquinhos de papel enquanto entoa uma antiga canção de ninar: " mandei fazer um barquinho de papel, de papelão, prá levar o meu benzinho prá dentro do coração".
A menina também encontra Mercadoria (J. França), um cantor boêmio a quem ela pede para parar de beber, sendo prontamente atendida, debaixo de um chororô. Toquinho, aliás, realiza milagres e truques com uma facilidade incrível
Quando a mãe de Toquinho acaba se arrependendo de deixá-la, parte em busca da filha, mas o misterioso desaparecimento da menina faz com que todos se mobilizem para encontrá-la, num dos momentos mais marcantes da novela.
Elenco

Patrícia Aires ... Toquinho
Marize Ney ... Toquinho
Dionísio Azevedo ... Velho Gui
Riva Nimitz ... Elza
Eduardo Abbas ... Padilha
João José Pompeo ... Nicolau
Rachel Martins ... Amazília
Roberto Maya ... Jerônimo
Lurdinha Félix ... Madalena
J. França ... Mercadoria
Míriam Maio ... Vânia
Yara Amaral
Antônio Ghigonetto
Ruthinéia De Moraes
Nádia Lippi
Nestor De Montemar
Arnaldo Weiss
Ana Maria Blota
Márcio A. Toledo
Tony Vieira

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

ESTÚPIDO CUPIDO - A NOVELA

Estúpido Cupido foi uma telenovela brasileira produzida e exibida no Brasil no horário das 19 horas pela Rede Globo entre 1976 e 1977, contou com 160 capítulos. Foi escrita por Mário Prata e dirigida por Régis Cardoso.
As músicas e os figurinos eram ambientados nos anos 60. Foi a última novela da Rede Globo produzida a preto-e-branco - ressalvando-se que o seu último capítulo foi gravado a cores sem que os atores soubessem disso, pois era desejada a surpresa de que a emissora já estava com a totalidade das suas câmaras a cores.
 A música de abertura, Estúpido Cupido, era interpretada por Celly Campello.




Os famosos anos dourados, retornavam ainda em preto e branco, às 19h, na tela da Globo em pleno 1976. Foi através da novela “Estúpido Cupido”, uma historia que conquistou a todos naquele ano. A novela de Mário Prata, com direção de Regis Cardoso, estreou em exatos 25 de agosto de 1976, ficando no ar até 28 de fevereiro de 1977, num total de 160 capítulos.

 
Os atores Françoise Forton e Ricardo Blat, protagonizaram a novela que virou febre naquela época. Muitos foram os destaques dessa historia que e é lembrada com ternura, até hoje. “Estúpido Cupido” retratou com maestria os famosos bailes de formatura, as festinhas nas casas dos amigos, a moda e as artes daquela época, os costumes e hábitos de uma geração. O mais incrível era que a novela se passava no inicio dos anos de 1960, apenas 15 anos antes de sua produção, comprovando como a década de 1970 foi totalmente diferente da década anterior.

sábado, 8 de setembro de 2012

CHUBBY CHECKER - O HOMEM DO TWIST


Chubby Checker, cujo verdadeiro nome é Ernest Evans, nasceu em Spring Gulley, na Carolina do Sul/USA, em 3 de Outubro de 1941 e é um cantor-compositor americano, conhecido por popularizar o twist com sua gravação, feita na década de 1960, do sucesso de R&B composto por Hank Ballard, "The Twist". Em Setembro de 2008 a canção chegou ao topo da lista, feita pela revista Billboard, dos singles mais populares a terem aparecido na parada de sucessos da mesma revista, Hot 100, desde que ela começou a ser feita, em 1958.

Durante o auge de seu sucesso, na década de 1960, lançou seus discos pela Cameo-Parkway Records que, juntamente com todo o resto do material da gravadora, tornou-se indisponível depois do início da década de 1970 por disputas legais internas da companhia. Por décadas, quase todas as compilações dos sucessos de Checker eram feitas a partir de regravações.

Checker lançou uma versão dançante de "Back in the USSR", dos Beatles, em 1969, que alcançou apenas o segundo lugar nas paradas de sucesso. Foi a sua última aparição nas paradas até 1982. Também gravou um álbum psicodélico no início dos anos 70 que foi lançado inicialmente apenas na Alemanha. O lançamento original não recebeu nome, porém a frase Chubby Checker Goes Psychedelic, escrita na contracapa, passou a ser tomada como o título.

Apesar de ter opiniões ambíguas sobre o seu single mais bem-sucedido, "The Twist", Checker sempre conseguiu capitalizar sua popularidade duradoura. Em 1987 gravou uma nova versão da canção com o trio de rappers The Fat Boys. As letras desta nova versão deixavam implícito que estava satisfeito com esta associação. Checker também interpretou a canção num comercial dos biscoitos Oreo, no início da década de 1990.

Em 2008 "The Twist" foi nomeado o maior hit de todos os tempos pela revista Billboard, que analisou todos os singles que estiverem entre os 10 maiores sucessos das paradas entre os anos de 1958 e 2008. Checker ainda obteve, em Julho do mesmo ano, o posto de primeiro lugar na parada de sucessos na categoria dance, com "Knock Down the Walls". Proprietário de seu próprio restaurante, Chubby Checker continua a apresentar-se em público regularmente.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

TRIO ESPERANÇA

Trio Esperança foi um conjunto vocal formado no Rio de Janeiro em 1958 pelos irmãos Mário, Regina e Evinha.
Estreou em 1961 no programa de calouros de Hélio Ricardo e em seguida passou a apresentar-se no programa de José Messias, na Rádio Mundial, do Rio de Janeiro,
O sucesso foi atingido com o lançamento de Filme Triste (Loudermilk, versão de Romeu Nunes), incluído no LP "Nós Somos Sucesso" em 1963, juntamente com a música, O Sapo (Jaime Silva e Neusa Teixeira).
O trio apresentou-se no programa Jovem Guarda, da TV Record, de São Paulo, destacando-se com Meu Bem Lollipop (Morris, versão de Gerson Gonçalves), Festa do Bolinha (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), Gasparzinho (Renato Correia).
Em 1968 a cantora Evinha deixou o grupo e passou a cantar sozinha, conseguindo o primeiro lugar, no "IV FIC", com o tema, Cantiga por Luciana (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto).
Integrado por outra irmã, Marisa, o conjunto gravou o LP "Trio Esperança", em 1970, com Primavera (Cassiano e Rochael); "Trio Esperança", em 1971, com Na Hora do Almoço (Belchior); "Trio Esperança", em 1974, com Arrasta a Sandália (Roberto Correia e John Lemos); e "Trio Esperança", em 1975, com Marambaia (Henricão e Rubens Campos), todos pela EMI-Odeon.
Eram irmãos dos integrantes do grupo "Golden Boys"
Residindo na Europa, as irmãs Eva, Regina e Mariza continuam ativas.