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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

MAIZENA - CONHEÇA A ORIGEM

“Maizena faz mais do que você imagina”. Desde sua estréia no País, a famosa caixa amarela é aliada das donas-de-casa no preparo de alimentos. Gerações foram criadas com os mingaus, biscoitos, doces e molhos à base dessa fina farinha. De tão popular, a marca virou sinônimo de amido de milho. Versátil, barata e nutritiva, Maizena tem uma longa relação de intimidade e confiança com as mulheres brasileiras, em um percurso curioso que começa na lavanderia. Conheça um pouco dessa história de mais de 130 anos.
 
 
A história
 
Inglaterra, 1840. A indústria têxtil estava a todo o vapor e, para encorpar os tecidos recém-saídos dos teares, era aplicada goma feita com farinha de milho. Os resultados com o pó grosseiro, no entanto, estavam longe do ideal. Dois ingleses, William Brown e John Polson, decidiram aprimorar o produto para atender à demanda das fábricas que se multiplicavam pelas ilhas britânicas. Fundaram uma refinaria e chegaram a um processo que resultava em um amido excelente para as tecelagens e lavanderias domésticas. Com um pouco mais de apuro, transformava-se até em alimento, lançado no mercado como farinha de milho Brown & Polson. Eles foram os pioneiros. Estados Unidos, 1842. Do outro lado do Atlântico, Thomas Kingsford passava por situação semelhante à de seus conterrâneos. Funcionário de uma refinaria de milho ele quebrava a cabeça para encontrar um processo mais simples de extração de amido. Suas experiências deram tão certo que alguns anos depois ele abriu uma fábrica para produzir farinha do seu jeito. O amido de milho Kingsford servia, a princípio, às indústrias que precisavam de goma. Mas a invenção era boa demais para ter somente essa função. Kingsford sabia disso e começou a produzir amido para o setor de alimentos.
Estados Unidos, 1854. Wright Duryea pediu demissão e abriu um negócio. Deixou o emprego de encarregado de manutenção da fábrica de Kingsford e fundou a mais nova concorrente do antigo chefe: a Fábrica de Amido Rio Oswego. Dois anos depois, Duryea recrutou a família para ampliar os negócios e criar a Companhia Produtora de Amido Duryea. Seu carro-chefe era MAIZENA, um amido para uso doméstico, culinário inclusive, embora na época, o produto ainda fosse mais popular na lavanderia. A caixa amarela fez sucesso entre as donas-de-casa de americanas, ganhou prêmios de qualidade e, em 1859, começou a ser exportada para a Europa. Em 1906, as empresas de Duryea e Kingsford passaram a integrar o grupo norte-americano Corn Products Refining Company, mais tarde conhecido apenas como Corn Products Company (CPC).


Brasil, 1874. As mercearias, como eram conhecidos os supermercados na época, pareciam mais feiras. Produtos como arroz e feijão eram dispostos em sacos e vendidos a granel. O surgimento de caixinhas amarelas entre pilhas de batatas e tomates causou impressão nas donas-de-casa brasileiras. A novidade atendia por MAIZENA e era multiuso. Servia para engrossar caldos, dava um bom mingau, substituía a farinha de trigo no preparo de bolos e, na falta de goma, deixava as camisas perfeitas. O sucesso era inevitável. MAIZENA entrou no cardápio de restaurantes, nos livros de culinária e nas receitas passadas de mãe para filha, vizinha a vizinha, geração a geração.
 
No começo do século XX, a empresa Corn Products Company instituiu uma campanha para aumentar o uso de MAIZENA fora das cozinhas domésticas. Padeiros e fabricantes de biscoitos foram estimulados a empregar o amido de milho da marca em receitas, em substituição à farinha de trigo. Uma das invenções caiu nas graças do povo. Era a bolacha Maizena, mais leve e crocante do que os biscoitos comuns. No início, o nome dos quitutes estava vinculado à compra do amido fornecido pela CPC. Mas a popularização das receitas fugiu ao controle e o biscoitinho começou a ser produzido nos quatro cantos do país, mesmo sem levar o amido original entre os ingredientes.

Foi esse cenário de confiança que o engenheiro L. E. Miner encontrou ao chegar ao Brasil em 1927. Representante da CPC, ele dirigiu-se a São Paulo para analisar o mercado local. Até então, MAIZENA era produzida nos Estados Unidos e apenas embalada no Brasil. Ele precisava descobrir se era viável abrir uma fábrica de amido de milho por aqui. Não precisou de muito tempo para tomar a decisão. Três anos depois, a Refinações de Milho Brasil (RMB), subsidiária da CPC, começava a funcionar na capital paulista. Na década de 30, com a fundação da primeira fábrica da marca no Brasil, a CPC tentou proibir o uso do nome MAIZENA em produtos que não a contivessem. Mas o período para uma reclamação legal havia expirado e o biscoito, já bastante popular, ficou com o nome. Durante a Segunda Guerra Mundial, o produto usado pelas donas de casa passou a ser procurado também pelos padeiros por causa da falta do trigo, que era importado. A solução foi usar a MAIZENA para fazer o pão.
A origem do nome

O amido de Duryea foi batizado de MAIZENA em referência à palavra maíz, que significa “milho” em espanhol. Embora cada região das Américas adotasse um nome para o cereal, o termo empregado pelas tribos sioux e iroquês, habitantes do sul dos Estados Unidos de hoje, foi o preferido pela Espanha para designar as espigas levadas por Cristóvão Colombo. A mesma inspiração seria usada na embalagem de maizena. A caixa amarela remete aos grãos, enquanto a ilustração, feita com caneta de bico de pena, representa uma tribo norte-americana extraindo amido, relembrando assim seus antecessores na produção de farinha de milho. Em sua longa existência, a caixa passou por poucas mudanças. O nome MAIZENA é tão popular que ganhou lugar nos dicionários da Língua Portuguesa. Aportuguesada a marca virou maisena, sem o Z.

A tradicional embalagem amarela sofreu pouquíssimas alterações ao longo das décadas, e apesar disso, MAIZENA continua um sucesso de vendas. A conhecida cena dos índios Sioux extraindo amido do milho, num desenho em bico de pena, permanece intocável na nova caixa do produto. Este desenho compõe a embalagem de MAIZENA desde a sua introdução. Em 2005 passou a conter receitas saudáveis e informações sobre nutrição.

3 comentários:

  1. Ai fica a dúvida se este tal capim grosso notícias é idiota de nascimento, se é idiota por maioria de votos ou se sua vida é tão insignificante e miserável que precisa chamar atenção negativa desta forma.

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