Nº de Brotinhos Visitantes

sábado, 29 de outubro de 2011

SÁBADO ANIMADO POR ROCK E TWIST

Olá meus brotinhos de todas as idades. O programa de hoje 29/10/2011 começa bastante animado com a turma do rock e do twist. Betinho e seu Conjunto, Tony Campello, Ronnie Cord, Cely Campello e Carlos Gonzaga soltam o seu ritmo que é impossível ficar parado.
Tem também as românticas, com Roberto Carlos, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso e a Ternurinha Wanderléa.
Os ouvintes pediram e vamos falar novamente sobre Wladimir Herzog, que foi mais uma das vítimas da ditadura militar.
É hoje às 16 horas, na rádio Fátima FM de Canoas, 87,9 ou pelo www.fatimafm.com.br (internet explorer). Não dá prá perder. Até mais.
Cely Campello

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O INICIO DO ROCK NO BRASIL

Em meados de 1956, os jornais estampavam em suas páginas que jovens haviam quebrado o cine Rian em Copacabana, durante a exibição de ao Balanço das Horas (Rock Around the Clock) com Bill Haley and his Comets. Roberto Carlos, que já morava em Niterói, leu a matéria e, intrigado, foi assistir ao filme no cinema de seu bairro. Tinha apenas quinze anos.
                     Bati palmas como todos, mas não houve quebra-quebra

           Depois viria Elvis com Love Me Tender, e novas sensações povoaram o adolescente.


                     Eu sentia uma alegria, uma vontade de dançar e, principalmente, de cantar. Não de quebrar qualquer coisa, violência. As guitarras coloridas também me impressionaram muito.


                    Do outro lado da baía de Guanabara, na zona norte do Rio de Janeiro, morava um outro adolescente, também de quinze anos - Erasmo Esteves. Estudante do colégio Lafaiete, não conseguia passar do lº ano do curso científico, apesar de já ter estudado nos colégios Vera Cruz e Batista. Um dia escutando a música num rádio sintonizado no programa A hora da Broadway, pela primeira vez, ouviu um rock: Rock Around the Clock. Foi assim que o "capeta" despertou nele, e Erasmo começou a colecionar recortes de revistas, letras de músicas e fotos de todos os roqueiros da época.





                  








    Em 1956, a cantora Geny Martins já se apresentava no programa Espetáculos Tonelux, na TV Tupi, e passou a ser ouvida também no Programa Carlos Henrique, da rádio Mayrink Veiga. Vencendo a competição com várias outras cantoras, foi eleita a "Rainha dos músicos do Rio de Janeiro". como premio, foi contratada pela emissora, num hilário episódio em que não recebeu a coroa de sua antecessora. Em seguida, pela gravadora Todamérica, surgiu seu primeiro disco, um 78 rpm contendo Tarde Feliz (Bidu Reis) e Só Você (Cesar Cruz-Silvinha Drummond). Também atuava nas rádios Nacional e Tupi, e só não foi contratada pela gravadora Odeon porque seu diretor artístico, Aloísio de Oliveira, era namorado de Silvinha Telles, uma cantora "do mesmo naipe e diapasão" de Geny - seria concorrência direta.
                   
                     No final de 1956, na zona sul carioca, o jovem Paulo Ricardo Silvino, estava animado com a idéia de entrar seriamente para a música. Filho do compositor e humorista Silvino Neto - na época um sucesso absoluto do rádio - , e da professora de canto e piano, Nádia, cresceu em meio a artistas, e, por causa de seu pai, convivia com Orlando Silva, Cauby Peixoto, Ângela Maria, e a turma da rádio, Paulo Gracindo e Brandão Filho, com quem, anos mais tarde, trabalharia em programas humorísticos de televisão. Acompanhado pela mãe ao piano, começou a cantar músicas como Rosas de Maio e Felicidade, em exercícios em que aprendia a impostar a vóz.
                    Depois formou seu "conjunto de baile", com uma moçada que reunia Eumir Deodato (acordeom), Durval Ferreira (violão), Alfredinho (contrabaixo) e Fernando Costa (bateria). Ocasionalmente, Gilberto, ou melhor, Bebeto, tocava contrabaixo. Anos mais tarde, faria parte do Tamba Trio, grupo em que Silvino era crooner. Com apenas quinze anos, Eumir Deodato já fazia arranjos, e transitava entre o acordeom e o piano com desenvoltura. Silvino adorava cantar em inglês, e montava seu repertório a partir de um song book publicado pela rádio América, com letras dos anos 1930 até o final da década de 1950.
                    Finalmente o rock and roll ecoava no Brasil, e eles entraram na onda. No meio dos bailes tocavam um ou outro rock, como Long Tall Sally, Tutti Frutti. Nesses dias de rock, Silvino começou a desenvolver sua veia humorística. Tremia todo , tirava a calça e ficava de cuecas, "aquela loucura toda" que ele via no cinema, e imitava. O primeiro programa de rádio em que cantaram rock foi o de César de Alencar, na rádio Nacional. O grupo havia mudado um pouco, com Eumir Deodato ainda no acordeom, Zé Paulo no violão, Edivaldo no outro violão, Gilberto no contrabaixo e Fernando Costa na bateria. Cantaram duas músicas e o auditório veio abaixo. Silvino só faltou plantar bananeira com o microfone! Ao final, César de Alencar chamou o conjunto e a ele pelo nome, Paulo Ricardo, e, quando disse que era filho de Silvino Neto, ouve outra ovação.
           

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O PRESENTE DA NOSSA VIDA

              Certa vez em sonho, vi que havia voltado ao passado. Vi todas as coisas boas que se foram no tempo. Meus brinquedos, meus amigos, minha escola. Vi, também, meus pais me dando bons conselhos. Tudo era lindo. A vida era um paraíso.
              Mas de repente, senti saudades do futuro, que na verdade era o presente. Quis falar com meus filhos. Mas onde achá-los? Tentei achar meu telefone celular, mas ele ainda não existia. Pensei, então, mandar um e-mail. Mas onde encontrar um computador? Ninguém sabia o que era isso.
              Então me disseram para eu mandar um telegrama. Mas... E meus filhos, saberiam o que é um telegrama?
              Me senti perdido no tempo.
              Quando era menino, queria crescer logo para ser adulto e estar no futuro. Quando cresci, lembrava do passado e sentia saudades.
              Descobri que deixamos algumas coisas e conquistamos outras. Tudo ao seu tempo.
              A vida evolui e, tanto o passado quanto o futuro, são feitos no presente. E o importante são as ações que praticamos no agora. Elas é que farão os momentos bons ou maus que iremos lembrar no futuro.
              Pois o presente é um presente que a vida nos dá.

                        Roberto Bahy

terça-feira, 18 de outubro de 2011

ROBERTO CARLOS E O TRAUMA DE SUA VIDA

Roberto Carlos criança

Jovem
Quando começou a cantar no rádio, Roberto Carlos já sofrera algum tempo o acidente cuja lembrança o acompanharia por toda a vida até o momento. Aos seis anos, teve a perna direita prensada pela roda de um trem. Socorrido por um homem que fez um garrote com seu paletó de linho, foi levado ao hospital, onde sofreu amputação na altura da parte superior da canela. Como a família não tinha recursos suficientes para a prótese, Roberto Carlos passou o restante da infância andando de muleta.
          Embora não fale publicamente sobre o acidente, Roberto Carlos aborda o tema em duas músicas do início dos anos 70 que se relacionam já a partir dos títulos. "O Divã" tem letra descritiva: "Relembro bem a festa, o apito / E na multidão um grito / O sangue no linho branco / A paz de quem carregava / Em seus braços quem chorava". Em "Traumas", a referência é mais sensorial: o "delírio da febre que ardia / no meu pequeno corpo que sofria / sem nada entender".
          O acidente o marcou - nem poderia ser de outro modo. Em "O Divã", ele próprio indica, de forma confessional, que o trauma de infância ainda o acompanha: "São problemas superados / Mas o meu passado vive / Em tudo que eu faço agora / Ele está no meu presente". E insiste no refrão: "Essas recordações me matam". Mas avaliar a intensidade do impacto que essa fatalidade significou para a sua vida, música e carreira é uma questão em aberto. Supõe-se que o acidente contribuiu para despertar em Roberto Carlos o interêsse pela música, "apartando-o de vez do futuro previsível para jovens de sua condição".


          Como quer que tudo isso tenha se processado na cabeça de Roberto Carlos, o fato é que a música logo se sobrepôs à dor. É uma metáfora dessa superação o fato de que, dos objetos que carregava naquela partida definitiva de Cachoeiro do Itapemirim, tenha sido o violão - e não as muletas, logo substituídas por uma prótese - que o acompanharia no Rio de Janeiro.
Roberto Carlos

Quase gravei a música "As Rosas não Choram", do Cartola, mas não fiz justamente por achar que elas falam.
(Roberto Carlos)


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

SUCESSOS PRÁ SEMPRE

A Jovem Guarda é e sempre será lembrada. Foi uma época muito marcante. Sucessos de ontem, sucessos de hoje. Página de ouro da nossa história musical, tanto o movimento quanto o programa exibido nas jovens tardes de domingo, ilustram num colorido especial o período dos anos sessenta que mais sucesso fez.
Neste sábado, 15 de outubro, os ídolos da jovem guarda vem com tudo. Roberto Carlos, Erasmo, Jerry Adriani, Wanderlei Cardoso, Rosimere, Wanderléa e muitos outros, vão desfilar pelo programa a partir das l6 horas.
Saiba como eram os hippies e seus costumes. Não dá prá perder.
Roberto Bahy