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quarta-feira, 16 de maio de 2012

RETRATOS QUE O TEMPO NÃO APAGA IV

A AVENIDA GETÚLIO VARGAS

Lá por volta de 1948, logo depois da Revolução Farroupilha, a Avenida José de Alencar, no arrabalde do Menino Deus, se chamava Rua Caxias. A Avenida Venâncio Aires era, então a Rua da Imperatriz. Eram vias recém-traçadas e abertas e careciam de uma ligação entre elas. Para isso foi concebida a Rua do Menino Deus, também chamada na época de estrada do Menino Deus, cuja largura foi fixada em cem palmos.

Acabou recebendo temporariamente o nome de Santa Teresa, por ser o caminho de acesso ao colégio de mesmo nome, fundado por Dom Pedro II e dona Teresa Cristina em 1846.

A rua era reta e plana, e o único obstáculo era um arroio sobre o qual foi construída uma ponte de madeira. Em 1873, começaram a circular por ela os bondes de tração animal.

Em 1903, depois de a ponte ter sido vítima de problemas a cada enchente,  foi construída outra, com estrutura de ferro e com 25 metros de vão.


Em 1888, como homenagem à abolição da escravatura, a via foi batizada de Rua 13 de Maio, em 1935, o nome foi mudado para Av. Getúlio Vargas. No princípio da década de 1940, o Arroio Dilúvio foi desviado e canalizado, e a ponte que existe hoje num nível um puco mais elevado, substitui a antiga que era de metal.

Década de 1890

Ano de 1918
Década de 1920

Década de 1940

Dias atuais
A igreja ao fundo em estilo moderno


Acima vemos uma sequência de fotos que mostram a evolução da avenida através do anos. Nota-se que a igreja aparece sempre ao fundo das fotos. Na década de 1890, na esquina da Rua José de Alencar com a Avenida Getúlio Vargas, em frente à igreja,  ficava o fim da linha do bonde de tração animal. Quando a linha foi eletrificada, o ponto final foi estendido até a esquina da Av. Praia de Belas indo pela José de  Alencar.




A Avenida vista a partir da igreja em direção ao centro



DUAS ÉPOCAS DA PONTE

















TRÓLEBUS - UMA HISTÓRIA À PARTE

    O sistema de transporte por trólebus na cidade de Porto Alegre, foi inaugurado em 1963, sendo adquiridos 4 trólebus do tipo Caio/Massari/FNM/Villares e 5 veículos do tipo Massari/Villares.

    A extensão do percurso atingiu apenas 10 Km de rede elétrica.

   Em cinco anos de funcionamento, houve apenas duas linhas de trólebus: Gasômetro e Menino Deus, transportando em média, respectivamente, 900 e 400 passageiros por dia, segundo dados da Companhia Carris Porto Alegrense, a mesma dos bondes.

    Sua desativação ocorreu em 1969.

   Grande parte dos equipamentos, assim como os trólebus Massari/Villares foram adquiridos e recuperados pelo sistema de Araraquara.





Quando vim com minha família de Uruguaiana, fomos morar na Av. Getúlio Vargas, próximo à esquina da Rua Botafogo. Nessa época eu tinha 3 anos de idade. Moramos por cerca de três ou quatro anos. Mas lembro de como era a  avenida com suas palmeiras no canteiro central, do trólebus passando e revezando-se com o bonde e da churrascaria Itabira. Lembro também do dia em que vi um amigo meu ser atropelado por um fusca.
Na minha opinião acho que deveriam ter mantido o nome da rua como 13 de Maio, justa homenagem à libertação dos escravos no País, e não homenagear uma pessoa que, por covardia, querendo passar-se por herói nacional, suicidou-se.







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