A Vemag S.A. – Veículos e Máquinas Agrícolas era uma empresa brasileira do Grupo Novo Mundo que fabricava o DKW sob licença da Auto Union GmbH, de Düsseldorf, Alemanha. Foi o primeiro automóvel nacional de fato, já que de direito o crédito de pioneira cabe à Indústrias Romi, que em setembro de 1956 lançou o Romi-Isetta, dois meses antes de a Vemag apresentar a perua DKW Universal.
No seu tempo, a Vemag era um verdadeiro orgulho nacional, semelhante ao que ocorre hoje com a Embraer. Era uma fábrica de verdade, pujante, em que os destaques eram a ala de prensas, a ferramentaria e um produto ao mesmo tempo peculiar e sensacional.
O DKW-Vemag trazia uma imagem de robustez e engenhosidade desde o tempo em que era importado, nos anos anteriores à Segunda Guerra Mundial. Carro pequeno, seu motor de dois tempos sempre impressionou pelo bom desempenho com baixo consumo. Ao ruído característico do motor juntavam-se a peculiar alavanca de câmbio que saía do painel de instrumentos e uma solução no mínimo audaciosa, o dínamo e motor de partida conjugados, chamado Dynastart. O sistema era tão avançado que decorreriam 70 anos até que outro fabricante adotasse solução semelhante: a Citroën anunciou em agosto de 2004 a produção do modelo C3 com uma solução semelhante, o alternoarranque.
SUCESSO IMEDIATO
Por isso, quando começou a ser comercializado no Brasil, o sucesso do DKW-Vemag foi imediato. Mesmo que se tratasse, no começo, da série F-91, uma perua pequena e estreita, que na verdade seria apresentada no Salão de Berlim de 1940, que a guerra fez cancelar. Portanto, era um tanto fora de época. Foi produzida durante praticamente todo o ano de 1957.
No ano seguinte foi lançada a série F-94, tanto a versão perua quanto a novidade absoluta, o sedan de quatro portas.
O Presidente Juscelino Kubitscheck inaugura a linha de produção da Vemag-DKW e a frota nas ruas = orgulho nacional !
Entraria em produção também o jipe DKW-Vemag "Candango", um 4x4 de excepcional capacidade para trafegar fora da estrada.
Em 1959 o motor tricilíndrico de 896 cm3 e 38 cv dava ao lugar ao 1000 (980 cm3) de 44 cv, e partir daí o DKW-Vemag conquistou definitivamente seu espaço no mercado brasileiro e seu prestígio atingia níveis inimagináveis, tornando-se o sonho de consumo para os que queriam sair do Fusca.
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