Nº de Brotinhos Visitantes

sábado, 16 de junho de 2012

O CARRINHO DE LOMBA E SEUS BONS TEMPOS

Foi nos anos sessenta e eu me lembro muito bem. Fui um dos protagonistas. Carrinho de lomba. Era o máximo.
A rua Costa Lima no bairro Teresópolis em Porto Alegre tremia com aquela frota de carrinhos de lomba à toda velocidade descendo lomba abaixo, muitos sem freio, contando com a sola dos kichutes ou congas de seus pilotos para parar.
Naquela época, de 1967 a 1969, nem a rua e nem a calçada tinham calçamento, era terra pura, levantando poeira mesmo. A maioria das casas tinha cerquinhas de madeira. A minha casa não fugia à regra. Era conhecida como a casa das camélias, porque tinha (ainda tem) dois pés de camélias na frente. Muitos chamavam de jasmin. Moro na mesma rua, mas não na mesma casa. Mas quando passo na frente do número 88, ainda vejo os pés de camélia. A cerquinha não existe mais, foi substituída por um muro. Era a casa mal-assombrada, ouvia-se barulho á noite. 
Nos fundos de minha casa tinha uma carpintaria. A entrada dela era um pouco mais abaixo da minha casa. Um dia fui na carpintaria perguntar se eles não tinham um pedaço de madeira. Disse que era para minha mãe fazer uma prateleira. O homem que me atendeu disse que sabia para o que eu queria a táboa. Claro, a moda na rua era o carrinho de lomba. Fiquei sem jeito, mas ganhei a táboa e feliz da vida fui fazer meu carrinho de lomba. Minha tia Ilma me ajudou a serrar a parte da frente para fazer aquele triângulo onde vai o eixo da direção.
Meu carrinho era o maior de todos. Pintei de verde com tinta à óleo e coloquei nele o número "um" com um pedaço de napa branco. Minha tia Ilma (novamente ela, que também é minha madrinha) costurou uns saquinhos de leite "Mimi" para cobrir o banco que era fofo recheado com pedaços de tecidos. Consegui as rolimãs em uma troca com o pessoal dos outros carrinhos, por bolitas e figurinhas de álbum. Pronto, alí estava ele. O carrinho número um. O maior. Talvez o melhor. Aquele que todos gostariam de andar. Estudava de manhã e quando chegava almoçava e depois de um tempo ia andar de carrinho de lomba. Não demorava muito e o pessoal começava a chegar. Durante a tarde toda era um sobe e desce. Que exercício. A subida é que não era muito agradável. Tinha que subir a pé carregando o carrinho. Mas a descida é que era o máximo. Certa vez, descendo a rua com um carona no carrinho, quase fomos parar em baixo do caminhãozinho da carpintaria que estava saindo para a rua. Foram tres anos assim de competições e desafios, até eu me mudar para o bairro Medianeira.
Hoje li num jornal, que no bairro Glória tem uns "guris" que ainda brincam de carrinho de lomba e que em muitas cidades do interior existem competições.
Num momento atual onde as crianças preferem jogos eletrônicos e internet, é muito bom saber que ainda existem crianças que procuram brincadeiras sadias e que muitos ainda fabricam seus brinquedos como fazíamos em nossa infância.
Hoje a rua Costa Lima tem asfalto e calçamento, bem diferente daqueles anos sessenta. Não se vê mais carrinhos de lomba, somente alguns meninos com skate. Moro na mesma rua e quando passo em frente ao número 88, lembro daquela época dos carrinhos de lomba.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

UM ANO DO BLOG

Olá Brotinhos de todas as idades. Nosso blog está completando hoje um ano. Passou rápido. Ele surgiu devido ao sucesso do programa e diante da necessidade de levar aos ouvintes do "Jovem Guarda - Recordar é Viver" informações sobre as atrações que iriam ao ar aos sábados e também relatar fatos que marcaram os anos sessenta.
Foram muitos os assuntos que tiveram pauta no blog: Histórias e curiosidades dos ídolos da Jovem Guarda, Ditadura Militar, Retratos que o Tempo Não Apaga, lembranças de acontecimentos por mim vividos, artistas que inspiraram os ídolos da Jovem Guarda, revistas em quadrinhos, futebol de botões, a bravura na Campanha da Legalidade.
Os anos sessenta foram anos especiais. Uma época realmente diferenciada das demais. Os verdadeiros Anos Dourados. Só quem viveu este período pode confirmar. Anos mágicos. Um período de grandes mudanças no mundo. Podemos fazer uma divisão entre o antes e o depois dos anos sessenta. Época de revoluções em diversas áreas. Os jovens decretaram sua forma de viver e sua moda. Grandes manifestações anti-ditadura tanto de estudantes quanto de sindicatos. Torturas e desaparecimentos foi uma das características do regime militar. O surgimento dos Hippies no Brasil. A afirmação do Rock nascido nos anos 50.   
 É um prazer imenso pesquisar e levar até nossos ouvintes e leitores estas informações históricas, oportunizando a quem não "participou" dos Anos Dourados, a informação do que acontecia no tempo de seus pais ou avós. Nosso objetivo é continuar sempre em busca de informações e fatos que se destacaram nos anos sessenta e sua respectiva reflexão nos anos atuais.
Roberto Bahy

terça-feira, 12 de junho de 2012

BAOBÁS

Baobás foi um grupo de rock criado em São Paulo em 1965, com seis integrantes, entre os quais, Arnolpho Batista, o Liminha e Tico Terpins. No ano seguinte lançou pela Mocambo um compacto simples com as músicas "Bye bye my baby" e "Pintada de preto". Especializado em versões dos Rolling Stones, The Doors e Jimi Hendrix. No seu início fez parte do grupo o baixista Arnolpho Lima, o Liminha, que depois integrou Os Mutantes e que nos anos 1980 e 1990 se tornou o principal produtor musical do país. Deixou o conjunto em 1967 sendo substituído por Tico Terpins, que anos depois fundou o grupo de punk rock Joelho de Porco. Ainda em 1967 o conjunto lançou "Don't bring me down" e "When loves come knocking". No ano seguinte gravou seu único LP.
O LP original (1968) é um disco basicamente de covers, que devido ao mistério em torno da história da banda levou muita gente aos “sebos”(lojas de vinil antigo) do Brasil atrás de uma cópia do LP. Aquela capa colorida, apenas com o nome da banda em vermelho (sem o "Os"), no entanto, fez a alegria de poucos. Gravado por uma pequena editora - Mocambo/Rozenblit - em 1968, o álbum é uma das maiores raridades da discografia nacional.

A história recontada dos Baobás tem seu ponto alto na presença entre os seus integrantes do atual produtor e ex-baixista dos Mutantes, Arnolpho Lima Filho, o Liminha. Aliás, com uma passagem meteórica pela banda, pois participa do único álbum, por tabela: ele gravou apenas o compacto com "Ligth My Fire (Doors) e Tonite (Guga, cantor da banda), esta última presente no LP. Liminha, que aparece na capa do compacto, é geralmente confundido fisicamente com o também baixista Nescau, presente na foto do LP.

A história inteira da banda, que desembocou na gravação deste álbum Antologia, começa com a beatlemania, quando adotaram o nome de Rubber Souls, e participavam de programas de televisão na capital paulista. Em 1966, estrearam-se com o compacto Pintada de Preto (Painted It Black, dos Rolling Stones) / Bye Bye My Darling (deles), ao qual se seguiram mais quatro singles, entre eles Happy Together (Turtles) e Down Down, um punk na linha "nuggets", de autoria do ex-O'Seis (o pré-Mutantes), Rafael Vilardi, então membro da banda.

A primeira e original formação do grupo contava com Ricardo Contins (guitarra), Jorge Pagura (bateria), Carlos (baixo), Renato (guitarra solo) e Arquimedes (pandeiro). Mas pela banda ainda passaram, além dos já citados, Tito, Tuca (ex-Lunáticos, depois Beatniks, Galaxies e Sunday), Guga, Calia e Tico Terpins (depois Joelho de Porco). Do disco, participam (da esquerda para a direita na foto da capa): Tuca, Nescau, Guga, Calia, Tico Terpins e Pagura.

O repertório do álbum é um mergulho na clássica e importada psicodelia da época, incluindo covers para Doors ("Hello, I Love You"), Love ("Orange Skies") e Kinks ("Well, Respected Man"). Conta ainda com hits do momento ("The Dock Of The Bay" - Otis Redding), standars como "Hey Joe" (Jimi Hendrix) e duas interessantes composições próprias - "Tonite" e "Got To Say Goodbye" (do guitarrista Tuca), ambas cantadas em inglês.
O nome Baobás - árvore gigante e frondosa da África - retirado do livro "O Pequeno Princípe", foi sugestão de Ronnie Von, que também batizou os Mutantes. Além do padrinho, com quem gravou um compacto ("Menina Azul", em 67), o grupo também acompanhou Caetano Veloso em programas de televisão e shows, substituindo os Beat Boys. Clássica banda de garagem, com as conhecidas exceções, a maioria dos integrantes virou os anos setenta nas universidades, de onde saíram médicos, dentistas e empresários.

Baseado no Texto de Fernando Rosa, publicado no site Senhor F.

Durante a sua existência, a banda lançou cinco compactos/singles e um LP, além de participações.
Discografia:
Compactos simples/singles:

Bye Bye My Baby / Pintada de Preto (Paint It Black) (Mocambo / Rozenblit CS-1.182) – 07/1966
Happy Together / Down Down (Mocambo / Rozenblit CS-1246) – 12/1966
Don’t Bring Me Down / When Love Comes Knocking (At Your Door) (Mocambo / Rozenblit CS-1.272) - 03/1967
Light My Fire (Acenda Meu Fogo) / Tonite (Esta Noite) (Mocambo / Rozenblit CS-1.307) – 06/1967
The Dock Of The Bay (As Docas da Bahia) / Spooky (Mocambo / Rozenblit CS-1.334) – 03/1968

Long play/L.P.:
Baobás (Mocambo / Rozenblit 40.388) – Junho/1968

Faixas/Tracks:

Bye Bye Darling
Pintada de Preto
Happy Together
Down Down
Light My Fire
Don't Bring Me Down
When Love Comes Knocking
Spooky
Baby Come Back
Night In White Satin
Well Respected Man
Undecided Man
Sunny Afternoon
Orange Skies
The Dock Of The Bay
Hey Joe

domingo, 10 de junho de 2012

BONNIE & CLYDE

Bonnie & Clyde
Clyde Chestnut Barrow, ou, como preferia se apresentar, Clyde Champion Barrow, nasceu em Teleco, no Texas, em 1909, e começou a carreira criminosa roubando um peru, aos 16 anos. Logo seguiram-se os furtos em lojas, residências e o roubo de um carro.
Bonnie Parker nasceu em 1910. Aos 18 anos, já tinha um casamento fracassado (ela se casara aos 16). Na escola, havia sido premiada várias vezes por escrever poesias e peças de teatro. Os dois conheceram-se em 1928, provavelmente na casa de uma amiga comum.
Dali a poucos dias, Clyde foi preso e condenado a dois anos de reclusão. Ela contrabandeou um revólver para dentro da cela, ajudando-o a fugir. Poucas semanas depois, no entanto, ele voltou a ser preso e, desta vez, condenado a 14 anos de cadeia.
O casal, que entrou para a história como "Bonnie & Clyde", ficou famoso na época da depressão econômica por assaltar bancos e postos de gasolina. Ficaram conhecidos não só pela carreira criminosa de gângsteres e talento para fugir da polícia, como também pelo romance entre os dois, que fascinou o mundo.





Brutalidade e fascinação
Bonnie Parker
Bonnie saiu da prisão em 1932, depois de dois anos de reclusão. Foi a partir daí que surgiu o casal Bonnye & Clyde. A chamada Bloody Barrow Gang fazia tremer o comércio: sinônimo de brutalidade impiedosa, mas também vista como um sinal de revolta contra a miséria, em tempos de crise. Em 1932 houve o primeiro assassinato. Os gângsters começaram a ser perseguidos por todo o território pela polícia norte-americana.
A gangue entrou em fuga permanente, roubando cada vez mais carros e cada vez mais fortemente armada. Seguiram-se 14 assassinatos e várias escapadas espetaculares dos cercos da polícia. Todo o país acompanhava os passos do bando.
No começo do ano de 1934, Bonnie e Clyde libertaram três companheiros de gangue da prisão. Foi o diretor desse presídio, Frank Hamer, que armou a armadilha mortal contra a dupla.
Ele fez contato com o pai de um dos rapazes da gangue e acenou com chances de impunidade, se este colaborasse na prisão da dupla. O golpe deu certo. Acreditando tratar-se de uma pane no carro do cúmplice, Bonnie e Clyde pararam para socorrê-lo, e foram atacados por seis francoatiradores. A salva de tiros acabou com suas vidas, mas iniciou uma lenda.
Bonnie & Clyde o filme com Warren Beaty e Faye Dunaway

sexta-feira, 8 de junho de 2012

RINGUEDOZE - PROGRAMA DE DOMINGO

Nada de Domingão do Faustão nem de Fantástico. Programa de domingo nos anos 60 era o SHOW DO GORDO, com Ivan Castro, que antes era o GORDO E O MAGRO, com Ivan Castro e Glenio Reis e na sequência o RINGUEDOZE.
O Show do Gordo era um programa de auditório, ao vivo, com atrações diversas e curiosidades. Tinha um quadro que se chamava Amor à Primeira Vista, no qual uma  candidata entrevistava três pretendentes a namorado sem vê-los. No final escolhia um deles para o qual era apresentada. Se o namoro evoluísse e virasse casamento, o casal recebia uma casa da contrutora Estrutural toda mobiliada e mais a festa com tudo pago. Sucesso também faziam as apresentações de curiosidades, que eram semelhantes ao "se vira nos trinta" do Faustão. Nas brincadeiras de colégio ou até em casa, dizia-se quando alguém fazia algo surpreendente: Vou te levar no Show do Gordo ou tem que ir no Show do Gordo.
Ivan Castro
RINGUEDOZE

Mas a apoteose do domingo era o Ringuedoze. Crianças e adultos ficavam acordados até mais tarde só para assistir ao show de lutas livres. O nome completo variava conforme o patrocinador. No começo era Ringuedoze Tevelar, depois virou Ringuedoze Liquigás, teve até o Marinha Magazine de patrocinador.
Apresentado por Éldio Macedo, os astros principais eram o Fantomas (mascarado), Scaramouche, Cigano Stiner e o ídolo Ted Boy Marino. Existiam os vilões e os mocinhos, previamente escolhidos pela produção.

O Ringuedoze foi um dos maiores sucessos de público da televisão gaúcha. Durante os anos de 1960 e 1970, não havia quem deixasse de olhar as lutas televisionadas, ao vivo, que ocorriam no ginásio da Brigada Militar (que era tipo o gigantinho da época) em Porto Alegre.
Os cinemas do interior chegaram a mudar seus horários de filme, pois as 20 horas ninguém saia da frente da TV. Quem ainda não possuia o aparelho, se deslocava cinco, dez, até quarenta quilometros para assistir nas casas de quem tinha.
Apesar de serem duelos de luta livre, o Ringuedoze não era apenas um esporte. O diretor e idealizador da atração, Ary dos Santos, queria montar um espetáculo e, para isso, precisava de artistas. As lutas eram cheias de passos e malabarismos ensaiados na antiga Academia Ringue Doze localizada na avenida Cristóvão Colombo e administrada pelo empresário dos lutadores do programa, Irineu Nilo Rizzo. Para deixar a atração com cara de show, existia uma mesa com comentaristas dentro do ginásio, junto com a presença de juízes, do cartunista Sampaio, que reproduzia as lutas ao vivo, e personagens que interagiam com o público, como o animador marreta. Ele controlava o gongo do programa e, caso um lutador caísse próximo a ele, levava marretada.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A ORIGEM DA TELEVISÃO NO BRASIL



Em 18 de setembro de 1950 o Brasil viu, pela primeira vez, a televisão em funcionamento. A transmissão sofreu problemas, os aparelhos eram escassos e a programação uma incógnita. Ainda assim, inaugurou-se uma nova relação do brasileiro com o mundo da imagem. Hoje, não importa onde seja o lar, uma modesta casa de quarto e sala ou um sofisticado apartamento: lá reinará um aparelho de televisão. Com tela de alta definição, acesso aos canais pagos ou simplesmente um antigo modelo movido a óleo, a televisão é onipresente na nossa sociedade. Mas nem sempre foi assim.
Trazida por Assis Chateaubriand que fundou o primeiro canal de televisão no país, a TV Tupi em São Paulo e em 20 de janeiro de 1951, entra no ar a TV Tupi no Rio. Desde então a televisão cresceu no país e hoje representa um fator importante na cultura popular moderna da sociedade Brasil. Em 1955 é inaugurada a TV Rio, aliando-se à TV Record, inaugurada em 1953, às Emissoras Unidas. Em agosto de 1957 inicia-se as transmissões entre cidades no Brasil, com um link montado entre a TV Rio e a TV Record, ligando as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, com a transmissão do Grande Prêmio Brasil de Turfe, direto do Hipódromo da Gávea no Rio. Em 1959 surge a TV Continental canal 9 no Rio, trazendo a novidade do video-tape para o Brasil, ela seria cassada em 1972. Em 1960 é inaugurada a primeira TV Excelsior em São Paulo, a segunda viria em 1963 no Rio. As duas sairam do ar por decisão do governo em 1970.
Em 1960 foram inauguradas as duas primeiras emissoras de televisão do Recife: TV Jornal do Commercio e TV Rádio Clube de Pernambuco. Em 26 de abril de 1965, entra no ar a TV Globo canal 4 do Rio, embrião da Rede Globo de Televisão. Em março de 1966 a TV Globo do Rio compra a TV Paulista transformando-a em TV Globo de São Paulo, primeiro passo para a criação da Rede Globo. Em 13 de maio de 1967, começa a funcionar a TV Bandeirantes canal 13 de São Paulo, primeira emissora da Rede Bandeirantes. Em 1968 foi inaugurada a primeira emissora de TV educativa do Brasil: TV Universitária, da Universidade Federal de Pernambuco. Em 28 de fevereiro de 1969, inaugura-se no Brasil as primeiras torres de rastreamento de satélites pela Embratel, então uma empresa estatal, localizadas no município de Tanguá no Estado do Rio de Janeiro, ligando em linha direta o Brasil entre si e com o restante do mundo. Em 31 de março de 1972, foi inaugurada oficialmente a TV em Cores no Brasil. Em abril de 1977 é cassada a TV Rio.
Em 16 de julho de 1980, foi fechada pelo governo federal a Rede Tupi de Televisão, emissoras pioneiras da TV no Brasil, no ar desde a década de 1950. No dia 19 de agosto de 1981, Silvio Santos unifica suas emissoras fundando o SBT. Em 5 de junho de 1983, é fundada no Rio de Janeiro, a Rede Manchete composta de canais no Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e com representação em Brasília. Em março de 1985, o Brasil começa a operar com o seu primeiro satélite, o Brasil-Sat. Em 1987 volta a funcionar a TV Rio que mais tarde seria vendida a Igreja Universal. Em 9 de novembro de 1989, a TV Record de São Paulo é vendida para Edir Macedo, iniciando então a Rede Record de Televisão. A primeira TV por assinatura no Brasil surgiu em 1990 nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, no sistema "MMDS", a empresa pioneira foi comprada no ano seguinte pela Editora Abril, que transformou-a em TVA. Em 16 de maio de 1999 a Rede Manchete foi vendida a um grupo de empresários paulistas que fundaram a Rede TV!. A TV Digital no Brasil teve início as 20h30min do dia 2 de dezembro de 2007, inicialmente na cidade de São Paulo, pelo padrão SBTVD (Sistema Brasileiro de Televisão Digital), o mais completo e avançado do mundo.

A TV EM PORTO ALEGRE

A primeira emissora de televisão em Porto Alegre foi a TV Piratini canal 5 (já extinta), seguida da TV Gaúcha canal 12 (atual RBS TV). Logo em seguida, outubro de 1969, surgiu a TV Difusora canal 10 (hoje Bandeirantes) no morro Santo Antônio.
Tanto a TV Piratini quanto a TV Gaúcha (localizadas no morro Santa Teresa), foram vítimas de incêndios.
O prédio onde ficava a TV Piratini, após o fechamento desta pelo governo, passou a ser utilizado pela TV Educativa canal 7 do governo estadual, e o SBT obteve a concessão do canal 5.

sábado, 2 de junho de 2012

AS REVISTAS DISNEY E O APRENDIZADO DA LEITURA.

Durante muitos anos, principalmente na década de sessenta, a leitura das revistas em quadrinhos com os personagens de Walt Disney foi muito comum.
Eram quatro títulos que muito ajudaram a criançada a aprender a ler; O Pato Donald, Mickey, Zé Carioca e o Almanaque Tio Patinhas. Chamados de gibis, as revistas em quadrinhos eram não só um instrumento de leitura, mas também serviam para coleção. Muitos, após lerem, faziam a troca com outros leitores. Era comum nos cinemas antes das matinés, a troca de gibis.
O almanaque Tio Patinhas era maior e portanto com mais estórias.

Tio Patinhas é um pato quaquilionário conhecido como pão duro. Sua relíquia maior era a moedinha número um que foi o que lhe deu sorte e fortuna. Sua Caixa forte mais parece uma piscina de dinheiro, na qual ele toma "banho" para se sentir melhor.
Pato Donald é seu sobrinho, e por sua vez tem também seus três sobrinhos: Huguinho, Zézinho e Luisinho. Sua namorada é a Margarida, uma pata charmosa e elegante, que também tem suas sobrinhas: Lalá, Lelé e Lili. Eles moram em Patópolis.
Dessa turma tem também o primo Peninha, meio desastrado, o Gastão, um pato galã.

O camundongo Mickey é muito inteligente, e foi o primeiro personagem de Walt Disney. Sua namorada é a Minnie e seu amigo é o Pateta, que é um cachorro tipo pessoa, seu cachorro tipo cachorro é o Pluto.

Os irmãos Metralhas com suas roupas de presidiários sempre planejando algum roubo. O Mancha-Negra ajuda a compor a lista dos vilões.
Tem também a Clarabela (uma vaca que usa salto alto), o Horácio (um cavalo). As bruxas Maga Patalógica e a madame Mim, que estão sempre de olho na moedinha nº 1 do tio Patinhas.
São muitos os personagens, que seria preciso uma página inteira para lista-los.
Lembro que as revistas Disney muito me auxiliaram quando estava aprendendo a ler. Ganhei a primeira de uma amiga de minha mãe que disse que aquela revista me ajudaria muito na leitura. Não foi à toa que tive que trocar de sala no colégio, pois estava numa turma que ainda não sabia ler e fui surpreendido pela professora quando lia um papel que encontrei no chão.