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terça-feira, 31 de julho de 2012

AI-5 - O ATO INSTITUCIONAL MAIS RIGOROSO

O Ato Institucional nº 5, ou AI-5, é conhecido por ser o mais cruel dos Atos Institucionais decretados pelo Regime Militar (1964-1985). Assinado pelo presidente Arthur Costa e Silva, em 13 de dezembro de 1968, o ato se sobrepôs aos dispositivos da Constituição de 1967 e deu poderes supremos ao chefe do Executivo.
O ano de 1968 é relembrado até hoje pelo intenso envolvimento da sociedade civil nas manifestações contrárias à ditadura. No início deste ano, os estudantes da UNE reivindicavam contra a privatização do ensino superior e o fim da repressão, principalmente após a morte do estudante Edson Luís de Lima Souto.
Em setembro, o deputado Márcio Moreira Alves provocou os militares na Câmara, questionando seu caráter abusivo e amplamente autoritário. “Quando não será o Exército um valhacouto de torturadores?”, disse ele, enfatizando o fim das celebrações da Independência do Brasil em 7 de setembro.
Costa e Silva ordenou que o deputado fosse processado, mas a Câmara não acatou sua decisão. Sentindo-se insultado, o chefe do Gabinete Militar Jayme Portella exigiu que medidas mais radicais fossem tomadas pelo governo.
No fatídico dia 13 de dezembro, o Conselho de Segurança, formado por 24 membros, se reuniu para votar o texto do Ato Institucional, redigido pelo Ministro da Justiça Luis Antônio da Gama e Silva. De todos os membros presentes, somente o vice-presidente Pedro Aleixo votou contra a proposta.
Segundo o AI-5, os direitos políticos de qualquer cidadão estariam suspensos por 10 anos em caso de manifestação contrária ao regime. Também foi suprimido o direito ao habeas corpus o que, na prática, significaria a prisão efetiva de manifestantes sem que eles pudessem recorrer aos seus direitos constitucionais.
Além disso, o Congresso Nacional permaneceria fechado por um ano, e só seria reaberto quando fosse consultado. O Poder Judiciário também não podia intervir no Poder Executivo, o que deu margem para que o exercício do magistrado fosse vigiado. O Poder Executivo também tinha liberdade de confiscar bens materiais que não fossem devidamente declarados.
O AI-5 foi responsável pelo endurecimento da censura do Regime Militar, estendendo a fiscalização prévia aos artigos e reportagens da imprensa, às letras de música, às peças teatrais e às cenas de filmes. Ele só foi revogado constitucionalmente exatos dez anos depois, no governo de Ernesto Geisel, que impedia que “todos os atos institucionais e complementares (…) fossem contrários à Constituição Federal de 1967”. Foi durante o AI-5 que a ditadura mostrou sua faceta mais cruel contra os dissidentes e contrários ao Regime Militar.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

CELLY CAMPELO - RAINHA DA JUVENTUDE

 


**NO TUNEL DO TEMPO CELLY E TONY CAMPELO E UMA BRASA MORA**Celly Campelo (Célia Campelo Gomes Chacon), cantora, nasceu em São Paulo SP em 18/06/1942. Aos seis anos apresentou-se pela primeira vez na Rádio Cacique, de Taubaté SP, cidade onde se criou. Ainda criança, estudou violão, piano e balé e, aos 12 anos, já tinha programa próprio na Rádio Cacique. Gravou seu primeiro disco (Odeon), aos 15 anos, cantando Handsome boy (Mário Genari Filho e Celeste Novais), a mesma dupla de autores de Forgive me, interpretada por seu irmão, Tony Campelo, do outro lado do disco.
Ainda em 1958 estreou na televisão, no programa Campeões do Disco, da TV Tupi, de São Paulo.

Durante dois anos, a partir de 1959, apresentou o programa Celly e Tony em Hi-Fi, na TV Record, de São Paulo, e nesse mesmo ano, começou a colecionar prêmios: ganhou o troféu Chico Viola (1959, 1960, 1961, 1962, este em conjunto com Tony Campelo), o Roquete Pinto (1959, 1960 e 1961) e o Tupiniquim (1959).

Quando se casou, parou de cantar, só voltando para participar do Festival de Música Popular de Juiz de Fora MG, em 1972, e para uma temporada, em 1975, na série Cuba-libre em Hi-Fi, da boate paulista Igrejinha, onde se apresentou ao lado de outros cantores que fizeram sucesso na sua época, como Tony Campelo, Carlos Gonzaga, Ronnie Cord, George Friedman, Baby Santiago e Dan Rockabilly.

Em 1975-1976, seu sucesso Estúpido Cupido serviu de tema e inspiração da telenovela homônima, da TV Globo. Na década de 1970 gravou um LP e vários compactos pela RCA. Continuava fazendo shows esporádicos pelo interior paulista.

Em 1996 tomou conhecimento de que havia contraído um câncer de mama e não se deixou vencer. Fez uma cirurgia e um tratamento de quimioterapia, concluindo-se que estava curada. Todavia, dois anos após a doença voltou em uma costela, atingindo a pleura. Operada pela segunda vez, ocasião em que perdeu uma costela, fez novo tratamento quimioterápico e, com muita garra, iniciou nova luta contra a doença. "Nem liguei de ficar sem costela", disse ela em entrevista concedida à repórter Ana Muniz, publicada na revista Contigo de julho de 2000. E completou: "O que importa mesmo é viver". Devota de Nossa Senhora, Celly entendia que "a vida é um presente de Deus". Deliberadamente afastada da mídia (somente se propunha a receber a imprensa em circunstâncias especiais e, assim mesmo, em sua residência), Celly definia assim, a fase que estava vivendo: "Hoje, quero mesmo é curtir a vida!"

A luta desigual teve fim. Celly faleceu em Campinas/SP, no Hospital Evangélico Samaritano onde já estava internada há 20 dias, vítima do câncer. O corpo foi velado a partir das 19,00 horas e sepultado às 10,00 h, do dia seguinte, no Cemitério Flamboyant, naquela cidade. Cerca de 500 pessoas, entre familiares, fãs e populares, compareceram ao sepultamento. Conforme depoimento do visitante Kaio La Fontaine, residente em Taubaté/SP e que esteve presente, "a cerimônia foi muito comovente. Havia muitas pessoas; acredito que o círculo de amigos dela e da família, em Campinas. Além do seu irmão Tony Campello, muito abatido, não havia nenhum artista. A mãe dela, dona Dea, 92 anos, estava lá. Triste, mas ainda dando mostras de ser uma mulher forte".

Aos 60 anos de idade, Celly deixou, além do marido Eduardo, os filhos Cristiane (39 anos) e Eduardo (38 anos) e os netinhos Gustavo (10 anos, filho de Cristiane) e Henrique (filho de Eduardo, com uns poucos meses de nascido).

 

domingo, 29 de julho de 2012

RETRATOS QUE O TEMPO NÃO APAGA VI


O BAIRRO AZENHA EM PORTO ALEGRE

A Azenha teve início quando Francisco Antônio da Silveira, um açoriano que chegou a Porto Alegre na metade do século XVIII, instalou-se na margem esquerda do arroio Dilúvio, nas proximidades do atual Hospital Ernesto Dornelles. A construção, neste local, por volta de 1760, de uma máquina para moer trigo — uma azenha — transformou Silveira no "Chico da Azenha" e batizou a região. Silveira converteu-se no primeiro plantador de trigo e fabricante de farinha de Porto Alegre.
Tendo em vista o desenvolvimento de suas atividades comerciais, o açoriano ergueu uma ponte sobre o arroio Dilúvio para viabilizar o tráfego entre as duas margens, a Ponte da Azenha. A estrada que se dirigia desta ponte até o atual Centro da cidade ficou conhecida como o Caminho da Azenha. Atualmente ela corresponde à Avenida João Pessoa e à Avenida da Azenha. A ponte de pedra da Azenha foi também local da primeira batalha entre revolucionários e legalistas na Guerra dos Farrapos, no dia 19 de setembro de 1835, com vitória dos farroupilhas que, no dia seguinte, tomariam a cidade.
Com o tempo, o bairro acabou por se desenvolver em direção à região sul da cidade. O processo de urbanização teve avanço a partir de 1870, quando um abaixo assinado de moradores solicitou ao poder público a instalação de lampiões nas ruas. Em 1905 teve início o trabalho de calçamento do antigo Caminho, já chamado de Rua da Azenha.
Na Azenha, até meados do século XX, existiam vários comércios populares, a maioria de imigrantes ou descendentes, como a padaria Esteves; a confeitaria do "seu" Cardoso; a alfaiataria Castel, cujo proprietário, Henrique Falk, era um judeu que fugiu dos pogroms na Ucrânia. Todos esses estabelecimentos ficavam próximos ao cinema Castelo.
Lá também ficava a antiga Rua Cabo Rocha, onde se concentravam os prostíbulos, muito visitados por turistas, principalmente pelos marinheiros que chegavam de navio na cidade. Nesta mesma rua também ficava o Cabaré do Galo, frequentado por Lupicínio Rodrigues, que lá compôs e cantava muitas de suas famosas canções de dor-de-cotevelo. A rua teve seu nome mudado e, atualmente, é a Rua Professor Freitas e Castro.
O bairro Azenha foi criado pela lei 2022 de 7 de dezembro de 1959 com os limites alterados pela lei 4685 de 21 de dezembro de 1979.

Av.Oscar Pereira com Azenha, ao fundo a lomba do cemitério na década de 1890

Av.Oscar Pereira com Azenha vista de outro ângulo
 
 
A ORIGEM DO NOME
 
O significado da palavra que deu origem a denominação do bairro Azenha – “moinho de roda movido à água; atafona” – vincula-se à atividade de moagem de trigo que foi iniciada na região em meados da metade do século XVIII, por iniciativa do açoriano Francisco Antônio da Silveira, que possuía extensas plantações junto aos altos do atual bairro. Conhecido popularmente como o “Chico da Azenha”, foi o primeiro plantador de trigo e fabricante de farinha de Porto Alegre e, para tanto, utilizou-se do trecho do Arroio Dilúvio, antigamente denominado como Arroio da Azenha, no represamento da água necessária para o funcionamento de seu moinho.


Mas, o Arroio que beneficiava o moinho, também colaborava para o isolamento de boa parte da região leste e sul da cidade. Assim, foi construída uma ponte de madeira que, até metade do século XX, passou por inúmeros reparos e substituições, em decorrência das enxurradas do Arroio. Apesar da precariedade de acesso ao bairro, a ponte era o modo de contato com a estrada do Mato Grosso que, mais tarde, ficou conhecida como Caminho da Azenha, bem como estabelecia o vínculo de Porto Alegre com a antiga capital, Viamão. A atual ponte, mais larga e mais sólida que as anteriores, foi iniciada em setembro de 1935 e concluída no ano seguinte pelo Intendente Alberto Bins.




quinta-feira, 26 de julho de 2012

GIGLIOLA CINQUETTI - DIO COME TI AMO


Gigliola Cinquetti nasceu em 20 de dezembro de 1947, numa família abastada de Verona, na Itália. Formou-se no Liceu Artístico de Verona e começou a cantar ainda jovem.
Estreou aos 15 anos, em 1963, vencendo o Festival de Castrocaro com a canção "Le strade di notte", de Giorgio Gaber. No ano seguinte, venceu o Festival de Sanremo de 1964 com a canção Non Ho L'Età (per amarti), de Nicola Salerno e letra de Mário Panzeri. Dois meses depois, venceu, com a mesma canção, o Festival Eurovisão da Canção, em Copenhague. Das doze edições de Sanremo das quais participou, Gigliola arrematou duas. A segunda foi, em 1966, interpretando "Dio, come ti amo!", de Domenico Modugno, cujo sucesso levou à produção do filme homônimo, protagonizado pela própria Gigliola.
Em 1973, ganhou o concurso do programa Canzonissima com a canção "Alle porte del sole" — que, reeditada dois anos depois pelo cantor ítalo-americano Al Martino, chegou à 17ª posição no Billboard.
En 1974, obteve o segundo lugar no Festival Eurovisão para a canção "Sì" (perdendo para "Waterloo", do grupo sueco ABBA). A versão inglesa dessa canção chegou ao 7º lugar de vendas na Inglaterra.
Gigliola casou-se com o jornalista Luciano Teodori, ficando vários anos afastada da mídia para se dedicar à família. Voltou em 1981, dessa vez como jornalista, no programa Linea Verde, de Frederick Fazzuoli, além de escrever uma coluna semanal para um jornal. Em 1982, apresentou o programa Portobello, cantando e dançando o twist. Passou a colaborar com diversos jornais. Em 1996, apresentou um programa de verão em cinco episódios, intitulado Donne - Viaggio nella storia delle donne italiane, veiculado pela RAI International. Em 1991, conduziu um talk show na televisão de Montecarlo. No mesmo ano apresentou a edição do "Euro Festival".
Além da música, Gigliola sempre gostou de pintura e arte. Algumas capas dos seus álbuns, como La Bohème e Mystery, foram elaboradas por ela. Em 1973, ilustrou o livro infantil O pescatelle, de Umbertino di Caprio. Em 1976, foi a vez de Inchistrino, do mesmo autor.
A última participação de Gigliola no Festival de Sanremo foi em 1995. Três anos antes, lançou seu último álbum de estúdio — La Poèsie d'une Femme —, que a levou a apresentar-se na televisão francesa.

Desde os anos 1990, trabalha na televisão pública italiana RAI. Em 2008, recebeu o Prémio Giulietta alla Donna, em homenagem à sua carreira.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O BALANÇO DA VIDA


Chega uma hora em que é necessário dar uma pequena pausa e fazer uma auto-análise de nossos projetos de vida. Analisar o que pretendíamos para nossa caminhada e qual o rumo que estão tomando nossos planos. Talvez o que temos como realidade nos dias de hoje, não seja exatamente o que pretendíamos que fosse para a atualidade. E aí ? O que houve de errado? Uma involuntária mudança de curso? Talvez um relaxamento de nossa parte em não seguir exatamente a rota que traçamos? 
Poderíamos enumerar várias causas, ou desculpas. Motivos não faltariam: pessoas, acontecimentos, imprevistos.
Mas nada, realmente nada, que tenha causado um desvio de rota, pode nos impedir de analisar minuciosamente o que pode ter dado errado e, após um balanço de nossa trajetória, corrigirmos o que ainda pode ser corrigido, e retomarmos o caminho, seguindo o curso traçado para nossas realizações, quer sejam pessoais, profissionais ou até em relação à nossa saúde. O importante é lembrarmos que nunca é tarde para consertarmos a trajetória de nossa existência. Enquanto respirarmos, não é a idade que vai nos impedir. Basta determinação. 
Mas, se tudo estiver conforme planejamos, então só nos resta melhorar cada vez mais.

Roberto Bahy

segunda-feira, 23 de julho de 2012

DITADURA MILITAR - DIVULGAÇÃO DE PROCESSOS

Mais de 700 processos da ditadura militar serão divulgados na internet

Mais de 700 processos judiciais da época da ditadura militar no Brasil, muitos dos quais contêm provas de torturas e outras humilhações, vão ser publicados na internet, conforme informaram fontes da Justiça.
Os documentos foram repatriados ao Brasil pela organização religiosa Conselho Mundial de Igrejas, que os reuniu de forma clandestina e os guardava nos Estados Unidos.
Os responsáveis da entidade entregaram os processos ao procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, em cerimônia realizada em São Paulo, segundo a Procuradoria informou em comunicado.
A reunião dos papéis começou por iniciativa da advogada Eny Raimundo Moreira, que entre 1964 e 1979 fotocopiou os processos do Superior Tribunal Militar, aproveitando que a lei permitia que os advogados estudassem os processos durante 24 horas.
Os advogados receberam apoio logístico e financeiro do então cardeal de São Paulo dom Paulo Evaristo Arns e do reverendo presbiteriano Jaime Wright, que microfilmavam os documentos e os enviavam aos EUA.
Foram copiados 707 processos judiciais, que somam cerca de um milhão de cópias em papel e 543 rolos de microfilme. O material serviu de base para o livro "Brasil: Nunca Mais", publicado em julho de 1985, em meio ao processo de democratização do país.
O livro teve 20 reimpressões em seus dois primeiros anos e atualmente está em sua 31ª edição, de 2009.
A Arquidiocese de São Paulo decidiu agora doar toda a documentação à Unicamp, que se comprometeu a publicar o material na internet, segundo o comunicado.
Atualmente tramita no Senado um projeto de lei que permitiria o acesso da população e de historiadores a documentos considerados como segredo de Estado e reduziria o prazo de sigilo dos papéis.

O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e limita a uma única vez a possibilidade de renovação do prazo máximo do sigilo (25 anos), o que faria com que os documentos considerados "muito secretos" perdessem essa condição aos 50 anos.

domingo, 22 de julho de 2012

MORRE O CANTOR MARCOS ROBERTO AOS 71 ANOS

 

O cantor Marcos Roberto, de 71 anos morreu no último sábado (21) devido a falência múltipla dos órgãos. O cantor estava internado no Hospital Municipal Antônio Giglio, na cidade de Osasco, em São Paulo.
Seu velório foi realizado no cemitério municipal da cidade e o enterro no Cemitério Santo Antônio às 11 horas da manhã deste domingo (22). Uma funcionária do cemitério falou ao UOL e disse que alguns fãs do músico também estiveram presentes no local, além de familiares e amigos.
Marcos Roberto era cantor e compositor e fez sucesso entre as décadas de 1960 e 1980. A música "A última carta" foi seu maior sucesso, ficando meses em primeiro lugar nas rádios e vendeu mais de dois milhões de álbuns. O cantor também era um dos nomes ligados à Jovem Guarda, nos anos 60.
Atualmente Marco trabalhava como produtor de novos cantores e bandas musicais e continuava compondo músicas. Entre os prêmios recebidos pelo compositor estão o troféu Chico Viola e vários discos de platina e diamante.

sábado, 21 de julho de 2012

BAT MASTERSON



Bat Masterson é uma série de televisão com 108 episódios, produzida para o canal americano NBC, entre 1958 e 1961. O papel principal é do ator Gene Barry (Bat Masterson). Na série, Masterson aparece como um galante jogador, sempre bem vestido com seu chapéu coco e sua inseparável bengala. A música tema ficou famosa no Brasil, sendo que uma versão em português foi um dos maiores sucessos do cantor Carlos Gonzaga. Veja o trecho de um episódio da série Bat Masterson, com dublagem original:             

BAT MASTERSON EXISTIU MESMO
William Barclay "Bat" Masterson nasceu em 26 de Novembro de 1853 e morreu em 25 de Outubro de 1921, foi uma figura legendária do Velho Oeste americano.
Ele foi caçador de búfalos, batedor do exército, jogador, delegado de fronteira, delegado federal, além de uma carreira como colunista e editor de esportes de um jornal de Nova Iorque. Descendente de Irlandeses, ele nasceu em Henryville, Quebec. Dizem que sua mãe (irlandesa com ascendência espanhola), era filha de Adrian Tenório, delegado e comerciante na região central espanhola. Conta-se que o apelido de "Bat" (Morcego), surgiu quando um desses animais sibilou pela igreja quando de seu batismo.

PISTOLEIRO E DELEGADO
Seu primeiro tiroteio ocorreu em Sweetwater, Texas (depois Mobeetie), (1876) quando arrumou uma briga por causa de uma garota. Nesse mesmo ano encontrou Wyatt Earp em Dodge City, de quem foi ajudante. Nessa cidade ele publicou em 1884 o Vox Populi, sobre a política da cidade (continuaria a escrever como jornalista até a sua morte). Foi eleito xerife em Ford County, Kansas, ficando no cargo até 1879. Depois disso ele se tornou jogador, embora tenha sido ainda delegado federal em Trinidad, Colorado. Deixando o Oeste, ele foi para Nova Iorque onde se tornou deputado indicado pelo presidente Theodore Roosevelt. Ficou no cargo de 1908-1912.
Ele morreu de um ataque do coração em 1921.


Bat Masterson - 1879

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A CONQUISTA DA LUA - 1969


20 de julho de 1969
Um Grande Salto para a Humanidade!


A chegada do Homem à Lua foi sem sombra de dúvida uma das maiores conquistas concebidas pelo engenho humano. Foi a coroação de uma história repleta de descobertas e experimentos que começou com os chineses há mais de 700 anos e continua até os dias de hoje com as fantásticas missões que nos fascinam cada vez mais.
Depois de Armstrong e Aldrin, apenas 10 homens tiveram o privilégio de colocar os pés na Lua e caminhar em sua superfície, mas as lições deixadas pelo Projeto Apollo mostram que são os sonhos que impulsionam os Homens e nos fazem ir muito mais além.
De 1969 para cá muita coisa mudou.
Em 1969 não se imaginava que as naves Voyager existiriam e até ultrapassariam os limites do Sistema Solar, nem que mais de 200 planetas além do nosso Sol seriam descobertos em tão pouco tempo. Também era impensado que uma Estação Espacial seria construída com a colaboração de duas nações até então inimigas e imaginar que a China seria uma potência espacial era algo completamente fora de cogitação.
Realmente, de lá para cá muita coisa mudou, mas aquela vontade de ir um pouco mais além parece que não deixa mesmo os homens sossegados. Vira e mexe tem sempre uma sonda indo até Júpiter, Saturno e Plutão, mas a impensada colonização de Marte ainda continua sendo apenas um grande sonho.

A REALIZAÇÃO DE UM SONHO

COMO FOI A AVENTURA

No dia 16 de julho de 1969, um enorme foguete, o Saturno V, era lançado ao espaço levando uma cápsula tripulada, a Apollo 11. A cápsula deveria se separar do foguete a uma determinada distância da Terra e continuar sua viagem em direção à Lua.
Assim que escapasse do campo gravitacional da Terra e entrasse no campo gravitacional da Lua, a Apollo 11 ficaria girando ao seu redor. O astronauta Michel Collins permaneceria em seu interior e Armstrong e Aldrin, dentro do módulo lunar, se separariam da Apollo e prosseguiriam sua viagem em direção ao satélite da Terra.
Tudo deu certo. No dia 20 de julho de 1969, quando Armstrong e Aldrin abriram a porta da pequena cápsula espacial que pousou na Lua, desceram a escada e pisaram no solo lunar, boa parte da humanidade, cerca de 1 bilhão de pessoas, estavam de olhos fixos em seus aparelhos de televisão, acompanhando um fato histórico que muitos acreditavam que nunca iriam ver em suas vidas.
O lugar onde Armstrong desembarcou é chamado de Mar da Tranqüilidade. O astronauta saiu de um pequeno módulo, o Eagle - o módulo lunar -, que fez todo o trajeto da Terra à Lua acoplado ao módulo de comando, o Colúmbia. A nave espacial que fez o vôo pioneiro chamava-se Apollo 11.
Três astronautas norte-americanos participaram da aventura histórica, todos aos 38 anos de idade. Neil Armstrong havia lutado na Guerra da Coréia como piloto, em 1950. Em 1962, começou sua carreira na Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa), a agência espacial norte-americana, órgão encarregado de coordenar as pesquisas para o desenvolvimento de foguetes e artefatos espaciais.
O segundo astronauta a pisar na Lua foi Edwin Buzz E. Aldrin Jr. que, assim como Armstrong, participou da Guerra da Coréia em 1950, entrou para a Nasa em 1963 e foi ao espaço pela primeira vez com a Gemini 12, em 1966. Neil Armstrong e Edwin Aldrin foram os autores de duas frases célebres ao pisar o solo lunar. O primeiro declarou: "Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade". Aldrin, por sua vez, optou por um enfoque subjetivo, porém muito verdadeiro: "Magnífica desolação".
O terceiro pioneiro da primeira jornada do ser humano à Lua foi Michel Collins. Esse astronauta fez carreira como piloto de testes da Força Aérea Americana, entrou na Nasa em 1963 e foi ao espaço pela primeira vez na missão Gemini 10, em 1966. Michel Collins não saiu do Colúmbia, o módulo de comando da Apollo 11. Dos três tripulantes da Apollo 11, foi, portanto, o único a não pisar na Lua.
Um dos sonhos da humanidade, explorado pela literatura de ficção científica e pelo cinema, tornava-se realidade. O ser humano pisava no solo de nosso satélite e de lá observava a Terra, a aproximadamente 400 mil quilômetros de distância. As marcas das botas especiais que protegiam os pés do astronauta norte-americano Neil Armstrong foram os primeiros sinais de um ser humano para sempre deixados no poeirento solo da Lua, o satélite natural da Terra.
As marcas humanas na Lua - Depois da passagem de catorze naves e sondas russas e de vinte e quatro americanas, o ser humano deixou na Lua, entre dezenas de objetos:
1. Uma placa onde se lê: Aqui, homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua, em julho de 1969. Viemos em paz em nome de toda a humanidade. Abaixo, as assinaturas de Armstrong, Aldrin e Collins e a do então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon.
2. Duas bolas de golfe
3. Uma Bíblia
4. Três veículos lunares
5. Seis bandeiras dos Estados Unidos
6. Frasco com cinzas do astrônomo americano Eugene Shoemaker (1928/1977)
A DESCIDA NA LUA
Os riscos pelos quais os astronautas passariam em sua viagem pioneira eram tão grandes que, pelos critérios de segurança atuais, provavelmente a viagem não seria autorizada.
Para se ter uma idéia, já na descida do Eagle ao solo lunar, o comandante Neil Armstrong, desorientado, tentava encontrar pela janela o local indicado para o pouso. Junto dele, na cabine de apenas 2,4 m2, o piloto Edwin Buzz Aldrin ficava de olho no indicador do combustível, que se aproximava perigosamente do fim. Dava para apenas 30 segundos de vôo quando o frágil módulo Eagle finalmente tocou a superfície poeirenta do Mar da Tranqüilidade, no equador lunar, a um quilômetro do alvo.
"A Águia pousou", avisou Armstrong para os controladores da missão em Houston, a mais de 380 mil quilômetros de distância. Nem os técnicos da Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa), nem 1 bilhão de pessoas (quase um terço da população mundial de então) que assistiam à façanha pela televisão ficaram sabendo do pequeno incidente.
O som da voz do comandante Armstrong chegou à Terra entrecortada pela estática, quase ao mesmo tempo em que seu pé esquerdo deixava sua marca no poeirento solo lunar. Tanto sua frase como a marca de seu pé ficaram gravadas na memória do século XX. Pelo horário de Brasília eram exatamente 23h56min20s.
Armstrong ainda preocupou-se em constatar que "a poeira adere às botas como uma fina camada de carvão". Ele que, ao descer do módulo lunar, chegou a tropeçar na escada e por pouco não deixou as marcas de suas mãos como primeiro registro humano em solo lunar. Vinte minutos depois, Buzz Aldrin juntou-se ao comandante, descendo alegre as escadas do Eagle.
"É lindo e desolador", disse Aldrin, cujo primeiro desejo na Lua foi o de fazer xixi, o que efetivamente fez em um tubo conectado a pequenas bolsas, única forma de os astronautas se aliviarem.
Preparados para morrer - Documentos encontrados recentemente no Arquivo Nacional dos Estados Unidos mostram que os riscos para a viagem à Lua eram tão grandes que os astronautas foram preparados, inclusive, para morrer. A operação considerada mais delicada de toda a viagem era o retorno do módulo Eagle da superfície lunar até o seu acoplamento no módulo de comando, que ficou girando em torna da Lua, pilotado por Michael Collins. Armstrong e Edwin Aldrin tinham em seus macacões cápsulas de cianureto (veneno que leva o homem à morte em minutos), caso não pudessem voltar ao módulo comandado por Collins. O governo americano também estava preparado: já havia um discurso pronto do presidente Richard Nixon, caso houvesse um acidente. Leia alguns trechos:
* "Outros exploradores seguirão rumo ao espaço e certamente encontrarão o caminho de volta. A busca humana não será abandonada. Mas esses homens foram os primeiros e eles permanecerão para sempre no nosso coração como os verdadeiros pioneiros."
* "Esses bravos homens, Neil Armstrong e Edwin Aldrin, sabem que para eles não há esperança de resgate. Mas eles também sabem que há esperança para a humanidade em seu sacrifício."
* "O destino determinou que esses homens que foram à Lua explorá-la em paz nela descansassem em paz para sempre."
* "Em sua jornada eles instigaram todos os seres humanos a se sentir como se fossem uma única pessoa. Em seu sacrifício, eles estreitam ainda mais a fraternidade entre os homens."


quarta-feira, 18 de julho de 2012

ED WILSON



Edson Vieira de Barros nasceu no Rio de Janeiro em 29 de Julho de 1945 e faleceu em 4 de Outubro de 2010, mais conhecido como Ed Wilson. Fez parte do movimento da Jovem Guarda, fundou a banda Renato e Seus Blue Caps juntamente com o seu irmão Renato Barros e no final da sua carreira esteve ligado à música gospel. Foi vitimado por um cancro na tiróide, durante cerca de três meses.

Ed Wilson foi criado no bairro carioca de Piedade, Rio de Janeiro. Os seus irmãos Renato Barros e Paulo César Barros, fazem parte do grupo Renato e Seus Blue Caps onde Ed Wilson iniciou a sua carreira musical e permaneceu até 1961. Em 1962, Ed Wilson iniciou a sua carreira a solo e posteriormente o próprio grupo Renato e Seus Blue Caps gravou uma das suas músicas, denominada "Comanche". Nos anos 90, Ed Wilson regravou uma colectânea de sucessos da Jovem Guarda ao lado de artistas da MPB como Erasmo Carlos, Leno e Lilian, Wanderléia e Golden Boys. Teve algumas das suas músicas regravadas por Alex Gonzaga, vocalista da banda Novo Som.

O cantor passou também por diversas gravadoras como RCA, Odeon, CBS, Line Records e Top Gospel.

Foi um dos criadores da banda The Originals em 2005 onde gravou os três CDs/DVDs da banda.

Faleceu na madrugada do dia 4 de Outubro de 2010.

terça-feira, 17 de julho de 2012

OS ANOS 60 E A JUVENTUDE BRASILEIRA

No início da década de 60, a modernização do Brasil e o desenvolvimento das telecomunicações tinham causado o crescimento das cidades e o desenvolvimento de uma cultura urbana, sintonizada com os acontecimentos políticos, sociais e culturais de outros países.

O rock'n'roll e a música pop internacional conquistaram amplas parcelas da nossa juventude desde o final dos anos 50, influenciando posteriormente os cantores e compositores da jovem guarda e do tropicalismo. Junto com a música dos Beatles e dos Rolling Stones chegavam ao País novos costumes e uma nova moda: cabelos compridos e calças justas para os homens, minissaias para as mulheres, o uso de drogas alucinógenas e o questionamento de valores tradicionais, como a virgindade e o casamento. A segunda metade da década de 60 foi a época do lema ''Paz e Amor'', bandeira do movimento Hippie.
Nos filmes do cinema novo e nas peças do teatro de arenas e do teatro oficina jovens artistas brasileiros procuravam uma nova estética que expressasse as transformações que o País vinha sofrendo, ao mesmo tempo que a televisão se tornava uma presença cada vez mais influente nos lares brasileiros.


Foi também uma década de ativa participação política da juventude. Em 1967, o guerrilheiro Ernesto ''Che'' Guevara foi morto na Bolívia ao tentar implantar uma guerra de guerrilhas semelhante à que tinha sido vitoriosa em Cuba em 1959. Depois de morto, Guevara tornou-se um ídolo para os jovens brasileiros que lutavam contra o regime militar. Em 1968, os movimentos de protesto realizados por jovens (principalmente estudantes) explodiram em todo o mundo. Nos Estados Unidos, protestava-se contra a guerra do Vietnã. Na França, os estudantes ocupavam as universidades e tentavam aliar-se aos trabalhadores para derrubar o governo. No Brasil, passeatas contestavam o poder dos militares.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

CARLOS GONZAGA

Carlos Gonzaga nasceu em Paraisópolis, MG, em 10 de fevereiro de 1926. Carlos Gonzaga fez sucesso nacional com a versão de Diana (gravação original de Paul Anka) em 1958, com a versão de Oh! Carol e Cavaleiros do Céu.
Aos 17 anos, mudou-se para Campos do Jordão.
Começou a carreira cantando guarânias e boleros, incorporou o rock'n'roll ao seu repertório em meados dos anos 50.


Carlos Gonzaga, além das versões das canções de Paul Anka, alcançaria um grande êxito quando gravou a versão em português da música tema da série de TV Bat Masterson, provavelmente o mais famoso no estilo "Western" dos que foram exibidos na televisão brasileira nos anos de 1960.
Continuou como cantor de rock até meados da década de 60.
Fez shows por todo o país e é reconhecido internacionalmente, apresentando-se nos principais palcos da América Latina.
No cinema, atuou em Virou Bagunça. Em 2005 participou do programa Cidade Nota 10, da Rede Bandeirantes, representando Santo André. Em 2006 recebeu o título de "Cidadão Andreense".

sábado, 14 de julho de 2012

DENISE BARRETO


Denise Barreto, carioca de Jacarepaguá, iniciou cedo a sua carreira artística. Após ganhar o título de Favorita da Juventude num concurso de TV, Denise foi lançada como cover assumida de Rita Pavone - cantora que exercia forte influência entre as cantoras jovens na época - chegando a ser chamada de "Rita Pavone brasileira". Foi levada à RCA Victor em 1965 pelas mãos de José Messias, e lançou Na Minha Idade (versão para o original Alla mia etá de Rita Pavone, assinada por Erasmo Carlos). Porém foi em 1966 com o segundo disco que o sucesso aconteceu com Supercalifragilistic (também de Rita Pavone),. Em seguida viria Meu boletim, que alcançou grande índice de execução e vendas em todo o país, ainda surgiu com Chato e atrevido, Sol demais, Aleluia, Garota Astronauta. Participou ativamente do movimento Jovem Guarda, encerrou a carreira artística em 1969, deixando uma importante contribuição para a primeira fase do rock brasileiro.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

DIA INTERNACIONAL DO ROCK

13 de julho - Dia internacional do Rock

Mas porque 13 de julho? Foi no dia 13 de julho de 1985 que um cara chamado Bob Geldof, vocalista da banda Boomtown Rats, organizou aquele que foi sem dúvida o maior show de rock da Terra, o Live Aid - uma perfeita combinação de artistas lendários da história da pop music e do rock mundial.

Além de contar com nomes de peso da música internacional, o Live Aid tinha um teor mais elevado, que era a tentativa nobre de conseguir fundos para que a miséria e a fome na África pudessem ser pelo menos minimizadas. Dois shows foram realizados, sendo um no lendário Wembley Stadium de Londres (Inglaterra) e outro no não menos lendário JFK Stadium na Filadélfia (EUA).

Os shows traziam um elenco de megastars, como Paul McCartney, The Who, Elton John, Boomtown Rats, Adam Ant, Ultavox, Elvis Costello, Black Sabbath, Run DMC, Sting, Brian Adams, U2, Dire Straits, David Bowie, The Pretenders, The Who, Santana, Madona, Eric Clapton, Led Zeppelin, Duran Duran, Bob Dylan, Lionel Ritchie, Rolling Stones, Queen, The Cars, The Four Tops, Beach Boys, entre outros, alcançando uma audiência pela TV de cerca de 2 bilhões de telespectadores em todo planeta, em cerca de 140 paises. Ao contrário do festival Woodstock (tanto o 1 como o 2), o Live Aid conseguiu tocar não somente os bolsos e as mentes das pessoas, mas também os corações.

No show da Filadélfia, Joan Baez abriu o evento executando "Amazing Grace", com cerca de 101 mil pessoas cantando em coro o trecho "eu estava perdido e agora me encontrei, eu estava cego e agora consigo ver". Este show marcou também a única reunião dos tres sobreviventes da banda Led Zeppelin, Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones, com a presença ilustre de Phil Collins na bateria.

No final deste show, Mick Jagger e Tina Turner juntos, cantando "State of Shock" e"It's only Rock and Roll", com Daryl Hall, John Oates e os ex-integrantes dos Temptations, David Ruffin e Eddie Kendrichs fazendo os backing vocals. Foi realmente um momento único na história do ROCK!

O Live Aid conseguiu em 16 horas de show acumular cerca de 100 milhões de dólares, totalmente destinados ao povo faminto e miserável da África. Isso é a cara do ROCK AND ROLL.

Tina Turner e Mick Jagger
Paul McCartney e Elton John



Robert Plant e Jimmy Page (Led Zeppelin)
Pete Towshend (The Who)

quinta-feira, 12 de julho de 2012

BONANZA - UM CLÁSSICO DO WESTERN


O seriado de western Bonanza foi exibido na TV americana NBC, de 12 de setembro de 1959 até 16 de janeiro de 1973. Colorido, co-patrocinado pela fábrica de TVs RCA, um dos braços da NBC e também pela Chevrolet. Tornou-se um dos maiores sucessos da TV de todos os tempos e no gênero somente o seriado Gunsmoke o igualou em popularidade e longevidade.
Narra a saga do rancheiro viúvo Ben Cartwright (Lorne Greene), um homem de propósitos, e de seus três filhos (de mães diferentes), na defesa de seu rancho Ponderosa em Nevada. Além de Greene, outro ator da série que fez bastante sucesso foi Michael Landon (que depois estrelaria os seriados Os pioneiros e O Homem que veio do céu, 1984-1989).Lorne Greene também apareceria em outras séries, como Battlestar Galactica.
O filme piloto foi escrito por David Dortort, também produtor da série. Dortort criaria outras séries e filmes de TV similares como The Restless GunThe High Chaparral,The Cowboys, e a prequela de Bonanza, chamada Ponderosa.
Com personagens bastante humanizados, Bonanza conquistou fãs ao redor do mundo todo com suas histórias de bravura, honradez e coragem no Velho Oeste. Apesar do seu grande êxito, pelo menos no Brasil o seriado quase não foi reprisado provavelmente devido ao declínio do gênero western.Atualmente seus episódios têm sido lançados em DVD,para deleite de velhos fãs. Em 2009 o canal Rede Brasil de Televisão Começa a exibir a serie e em 2010 o canal a cabo TCM tambem passou a exibir o seriado.
O também famoso tema musical de Bonanza, foi criado por Jay Livingston e Ray Evans. O conhecido cantor country Johnny Cash regravou uma versão em seu álbum "Ring of Fire: The Best of Johnny Cash", de 1963. A canção teve novos arranjos em 1968 e nova versão em 1970. No período de 1970-1972 foi usada uma nova canção como tema.


As histórias se baseam nas aventuras da família Cartwright do viúvo Ben Cartwright e de seus três filhos: Adam Cartwright, o arquiteto da casa onde eles moram; o amável e gigantesco Eric, mais conhecido pelo apelido de "Hoss"; e o caçula impetuoso Joseph ou "Little Joe". A medida que a série avança,nos episódios não aparecem sempre todos. A família tem como cozinheiro o imigrante chinês Hop Sing.
A família vive no rancho "Ponderosa", em Lake Tahoe, Nevada. Próximo do rancho fica a cidade de Virginia City (Nevada), onde eles se encontram com o xerife Roy Coffee e seu auxiliar Clem Foster.

terça-feira, 10 de julho de 2012

ROLLING STONES COMPLETAM 50 ANOS DE CARREIRA

UM DOS GRUPOS DE ROCK MAIS ANTIGOS AINDA EM ATIVIDADE, ESTÁ CELEBRANDO 50 ANOS DE CARREIRA DESDE SUA ESTRÉIA EM 12 DE JULHO DE 1962 AINDA EMOCIONANDO MULTIDÕES.



O número 165 de Oxford Street em Londres, local do clube do início da carreira, está bem diferente, mas os Rolling Stones continuam apaixonando multidões, 50 anos depois do primeiro show e de uma trajetória revolucionária no mundo do rock & roll.

Uma agência bancária está no local da grande avenida comercial londrina que era ocupado pelo Marquee Club, onde em 12 de julho de 1962 um novo grupo formado por Brian Jones, Mick Jagger, Keith Richards e outros três músicos deu seus primeiros passos em um palco.

Jagger e Richards, amigos de infância, tinham então 19 anos, e Brian Jones, que morreu tragicamente afogado em uma piscina em 1969, 20.

Reis da provocação, que nos anos seguintes passaram a contar com Bill Wyman e Charlie Watts, não podiam imaginar que se tornariam uma referência para gerações de músicos e venderiam mais de 200 milhões de álbuns, com direito a clássicos como "(I Can't Get No) Satisfaction" e "Jumpin' Jack Flash".

"Começamos como um grupo de blues, tocando em clubes, e nos vimos lotando os maiores estádios do mundo com o tipo de espetáculo que nenhum de nós teria imaginado no início", afirma uma nota publicada em março no site oficial do grupo, um resumo de "50 anos fantásticos".

O grupo, que alcançou o apogeu artístico entre o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970 com álbuns "Beggars' Banquet", "Sticky Fingers" e "Exile on Main Street", superou crises, abuso de drogas e mudanças em sua formação.

O sinal de que a popularidade dos Stones permanece alta é comprovado pelas especulações sobre um possível show para celebrar o 50º aniversário.

A revista Rolling Stone, que como o grupo tem o nome de uma canção da lenda do blues Muddy Waters, informou que a possibilidade da apresentação é grande.

E, com a reunião dos Rolling Stones para os primeiros ensaios em cinco anos, começam os boatos sobre uma turnê no próximo ano. A última série de apresentações aconteceu de 2005 a 2007, para promover o último álbum de estúdio da banda, "A Bigger Bang".

"Para 2012 não estamos prontos", declarou Keith Richards em março, antes de afirmar que 2013 era uma data mais realista.

Mick Jagger também negou uma apresentação nos Jogos Olímpicos de Londres, que começam em 27 de julho.

"Não tocaremos nos Jogos Olímpicos, mas tenho vontade de assistir ao evento como todos!", escreveu no mês passado em sua conta no Twitter.

Para celebrar meio século de carreira, os fãs poderão visitar uma exposição de fotos do grupo que será aberta ao público na quinta-feira na Somerset House de Londres, "The Rolling Stones: 50". Além disso, será lançado um livro de mesmo nome.

Um documentário sobre a agitada história do grupo deve chegar aos cinemas em setembro.

Será uma nova oportunidade de abordar a tensa relação da dupla central formada pelo carismático vocalista Jagger e pelo turbulento guitarrista Richards, famoso por seus geniais 'riffs' e por histórias lendárias de abusos das drogas.

A divergência ressurgiu em 2010 com a publicação da autobiografia de Keith Richards, que, entre outras alfinetadas, criticou Jagger por ter aceitado um título de nobreza da rainha Elizabeth II.

Em um trecho do livro, Richards chama Jagger ironicamente de "Sua Majestade".


O INÍCIO

Os maiores rivais dos Beatles, os Rolling Stones são um dos principais grupos britânicos que conseguiram se tornar bem sucedidos nos Estados Unidos abrindo as portas para a famosa “Invasão Britânica” nos anos 60.  Ganhou o status de a Maior Banda de Rock and Roll do ‘Rock and Roll Hall of Fame’. Esses adjetivos são apenas uma introdução de uma das bandas mais proeminentes da história da música. 50 anos de atividade e de muito sucesso. 

Em 1950, Mick Jagger e Keith Richards eram amigos de infância e estudavam juntos em Wentworth Primary School em Dartford até suas familias se mudarem. Depois de se encontrarem em um trem no caminho para a faculdade ambos conversaram sobre a grande amizade que eles tinham e o quanto eles adoravam Chuck Berry e Muddy Waters quando descobriram interessados em formar uma banda até mesmo para ter um motivo para continuarem amigos.
Então eles formaram sua primeira banda chamada Blues Incorporated, a proposta era fazer um som R&B com o toque londrino. Passaram pelo Blues Incorporated dois futuros membros dos Stones: Ian Stewart e Charlie Watts. Alguns desentendimentos com o estilo da banda levaram a deserção de alguns membros do Blues Incorporated.  Em Junho de 1962, a banda era formada por Jagger, Jones, Richards, Stewart e Tony Chapman. A Blue Incorporated estava morrendo e outra banda estava nascendo Os Rolling Stones. O nome “The Rolling Stones” surgiu de maneira inusitada. Segundo Keith Richards, o nome surgiu quando Jones falava ao telefone com produtores do Jazz News. Quando foi perguntado qual era o nome da banda ele olhou para o chão e viu um LP de Muddy Waters que tinha uma música chamada: “Rollin’ Stones”.

domingo, 8 de julho de 2012

O JEANS, SUA HISTÓRIA E SUCESSO

A calça jeans completou 139 anos no dia 22 de maio de 2012, mas quase ninguém sabe da história da peça preferida por grande parte da população mundial.
De onde vem o nome jeans? A palavra surgiu de genes, nome das calças que os marinheiros de Gênova usavam em 1567, mas a história da calça jeans começa mesmo em 1850, quando o imigrante alemão Levi Strauss, em conjunto com Jacob Davis, decidiu criar uma roupa resistente para os trabalhadores das minas americanas a partir da lona que era usada para cobrir as carruagens. Strauss confeccionou duas ou três peças reforçadas com o tecido e disponibilizou-as aos mineradores.

Em 1860, Strauss substitui a lona pela sarja de Nîmes, tecido francês de resistência similar, na cor azul, que deu origem ao nome denim. Em prol da resistência, em 1873 Jacobs sugeriu que as costuras das calças fossem reforçadas com rebites. O sucesso foi estrondoso e os dois patentearam a novidade.

A consagração da calça jeans veio com o filme Juventude Transviada, com James Dean vestindo jeans surrados e descorados. Hoje, as variações da peça são inúmeras e estão sempre presentes no guarda-roupa de homens, mulheres e até de crianças.

HISTÓRIA

Durante o século XIX, acontecia nos Estados Unidos a corrida pelo ouro. Os mineradores trabalhavam incessantemente, sujeitos a todo tipo de situação, e precisavam de roupas que fossem resistentes o suficiente para o trabalho pesado nas minas. Em 1853, o jovem Levi Strauss, um judeu alemão, foi ao velho oeste americano vender lona para cobrir as carroças dos mineradores, mas devido à saturação do mercado, seus produtos começaram a se acumular nas prateleiras. Ao observar o trabalho dos mineradores, percebeu que suas roupas não resistiam ao trabalho pesado, e que eles necessitavam de algo mais durável para a atividade que exerciam. Ao notar o que acontecia, sem perder tempo, Levi Strauss levou um dos trabalhadores a um alfaiate, e com o tecido que não conseguia vender, confeccionou uma calça para ele, na cor marrom.

Logo, as calças feitas com a lona se espalharam entre os mineradores. No entanto, esse material era muito rígido e desconfortável, o que fez Strauss buscar um tecido de igual resistência, porém, mais flexível. O tecido de algodão sarjado, uma espécie de brim, vinha da região de Nîmes, na França e era utilizado pelos marinheiros genoveses. Do seu local de origem, veio o nome denim, “de Nîmes”. A cor azul do tecido veio só depois, quando Levi Strauss decidiu tingir as peças com o corante de uma planta chamada Indigus, dando a cor pela qual o jeans é hoje conhecido. Em parceria com seus irmãos e cunhados fundou a Levi Strauss & Co.

Em 1872, o então fabricante de capas para eqüinos, Jacob Davis, escreveu uma carta para Strauss, dizendo que, com o tempo e o peso das pepitas de ouro, os bolsos das calças dos mineradores começavam a cair. Propôs, então, uma solução: unir os bolsos às calças com o mesmo tipo de rebite de metal que se utilizava nas correias dos cavalos. Entretanto, Davis queria a patente da idéia, que foi paga por Strauss. A partir daí, os dois se juntaram em uma próspera sociedade na produção das calças de denim.

O primeiro lote de calças tinha como código o número 501, que nomeou o clássico e mais famoso modelo da Levi’s. Aos poucos, as calças jeans foram sendo aprimoradas. Em 1860 foram adicionados os botões de metal. Em 1886, veio a etiqueta de couro presa ao cós da calça. A cor índigo, pela qual o jeans é conhecido hoje, só apareceu por volta de 1890. Foi mais uma estratégia de Strauss para transformar a sua criação em uma peça mais atraente. Os bolsos traseiros só foram inseridos em 1910.

O jeans começou a se popularizar na década de 30, quando, usado pelos cowboys norte-americanos, quando apareceu em filmes que retratavam o clima western, que se tornou moda. Durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados norte-americanos usavam uniformes confeccionados com o tecido, dando ao denim uma imagem de virilidade. Após a vitória dos Aliados, o jeans se espalhou pelo continente Europeu.

O denim atravessou o século XX, se transformando no artigo de moda mais democrático e popular existente. Na década de 40, os cowboys do asfalto montavam suas motos Harley-Davidson trajando o jeans. Mas foi na década de 50 que o jeans se transformou em símbolo de rebeldia, quando, no filme Juventude Transviada, o ator James Dean, no papel do jovem e rebelde Jim Stark, apareceu usando a combinação clássica: calça jeans e camiseta branca. Além de Dean, Marlon Brando e Elvis Presley contribuíram para que o artigo se disseminasse entre os jovens da época, que teve sua imagem intrinsecamente ao rock. A imagem rebelde do jeans se tornou tão forte, que o traje passou a ser proibido nas escolas e em lugares como cinemas e restaurantes. Logo depois, novas modelos, como Marylin Monroe, usavam o jeans com um apelo sensual.

Depois de James Dean e Marlon Brando, vieram os Beatles, Bob Dylan e Jimi Hendrix, e o jeans continuou se colocando como peça principal do visual jovem. Na década de 70, com a guerra do Vietnã, surgia um novo grupo, cujos ideais eram baseados na busca pela paz. Os hippies americanos adotaram o jeans como peça essencial do visual largado, e mais uma vez ele se tornou parte de uma cultura jovem. Foram os hippies que introduziram a idéia de customização das peças, feita por meios artesanais, que logo entrou em processos industriais. Ele havia entrado de vez para o vestuário, como uma peça funcional e barata, sempre ligado a um símbolo de juventude. Na mesma época o jeans inicia sua globalização e se insere na indústria européia, que transformou a aprimorou o design e o acabamento, se tornando grande referência na produção do artigo na indústria da moda. Levi’s, Lee e Mustang se consagravam como marcas de grande nome no segmento.

A primeira vez que o jeans subiu nas passarelas foi ainda nos anos 70, durante uma apresentação de Calvin Klein. O estilista foi bastante criticado pelos mais conservadores, que não imaginavam o que se tornaria aquele artigo. A campanha publicitária da grife colocava a jovem Brooke Shields trajando uma calça jeans, e então, a seguinte frase: “Você sabe o que há entre mim e a minha Calvin? Nada”.Desde então, a Clavin Klein estabelece campanhas ousadas e polêmicas. Aos poucos, muitos estilistas importantes adotaram o jeans, por perceberem que se tratava de uma peça simples e de expressão. Na década de 80, as pessoas começaram a desejar mais criatividade na hora de se vestir, e o jeans havia se consolidado como uma peça de estilo autêntico, se fortalecendo como moda casual.

O jeans atravessou o século XX sofrendo incessantes transformações, resistindo às tendências e modismos, propagando estilos e comportamentos e se tornando o maior fenômeno já visto na história da moda, um acontecimento sem precedentes. O jeans transcende a moda, e talvez já não possa ser denominado como tal; está acima dela, pois, embora sofra alterações ao longo do tempo, ele permanece, vestindo homens, mulheres e crianças, há 150 anos.


Resistente, porém nada confortáveis!

Por ser uma peça usada principalmente por trabalhadores braçais o jeans (que na época nem era chamado dessa forma) não era lá muito confortável. As calças produzidas nesse material eram resistentes, no entanto, não possuíam nenhum atrativo adicional para os clientes, não tinham estilo, conforto ou beleza.

De olho no mercado crescente, Strauss novamente resolveu procurar um novo tecido tão resistente quanto a lona, mas mais maleável. Assim, foi a Nîmes, na França, e voltou com um tecido semelhante a uma sarja bem trançada, de algodão. As pessoas o conheciam como “aquele tecido de Nîmes”, que após anos sendo pronunciado de forma errada se tornou Denim.


Mas afinal por que Jean?

Os marinheiros genoveses chamavam suas calças de trabalho de “genes” que era uma espécie de abreviação de Genova, cidade portuária italiana. E ao falar “Genes”, com o forte sotaque italiano, acabou se tornando “jeans” e assim se espalhou pelo mundo.


Inovações no design

Em 1872, Jacob Davis, um fabricante de capas para eqüinos, escreveu a Levis falando que os usuários estavam tendo problemas com os bolsos das calças, que invariavelmente soltava conforme o uso. E apontava uma solução: prender os bolsos com os mesmos rebites que eram usados nas correias para cavalos. A idéia não saiu de graça, e a partir de então Davis se tornaria sócio de Strauss.

O primeiro modelo com essa inovação recebeu o código 501, originando dessa forma o nome do mais famoso modelo da Levi´s. Aos poucos outros detalhes foram sendo incorporados a peça como os botões metálicos (a partir de 1860) , os pespontos em cor laranja e a etiqueta em couro no cós ( em 1886). Já a cor índigo, provavelmente a característica principal do jeans, apareceria apenas em 1890. A idéia viria de Strauss, que provavelmente pensando no apelo visual que uma cor diferenciada daria a suas peças, resolveu tingir o brim cru com o corante forte proveniente de uma plantinha indiana capaz de dar ao tecido um tom natural. Esse corante dava uma cor inicialmente verde as peças, mas com a exposição ao sol se tornava azul, cor que ficaria conhecida universalmente como “Indigo Azul”.

Antes dos anos 80 o jeans ainda era muito desconfortável, pois chegavam ao consumidores sem nenhuma lavagem e engomado. Esse desconforto só desaparecia após algumas lavagens domésticas.

Foi justamente nessa época que as lavanderias industriais surgiram, e essas passaram a ser responsável por desengomarem e amaciam o Jeans proporcionando um toque diferenciado. Com a criação do “stone wash”, nome conferido ao uso de pedras no processo, as calças passaram a ter um efeito envelhecido, permitindo assim criar vários tons de azul. Jeans claros e escuros, pela primeira vez, andavam lado a lado nas ruas.

Passou-se a época que o jeans era apenas encontrado em variações de azul. A tecnologia no tratamento do jeans não para de evoluir e atualmente o tecido não é mais trabalhado na lavanderia apenas na estonagem. Pode-se também dar a ele vários aspectos como efeito marmorizado, desbote em negativo, dirty (manchados), destroyed (destruídos), delavê (esbranquiçado), used (usado), e até imitar madeira e pele de animal.

O Jeans nunca esteve tão na moda e tão versátil como agora. E se nossos objetos pudessem falar, concerteza o nosso querido jeans seria o que mais teria histórias para contar. Afinal durante os 158 anos de sua existência ele passou por várias transformações de formas e significados. Já foi roupa de minerador, operário, soldado, rebelde, e hoje é usada por todos sem distinção de classe social ou idade.


. Foto:hippies, o Jeans anos 50
Os hippies e o uso do jeans







quinta-feira, 5 de julho de 2012

DKW WEMAG - ORGULHO NACIONAL


A Vemag S.A. – Veículos e Máquinas Agrícolas era uma empresa brasileira do Grupo Novo Mundo que fabricava o DKW sob licença da Auto Union GmbH, de Düsseldorf, Alemanha. Foi o primeiro automóvel nacional de fato, já que de direito o crédito de pioneira cabe à Indústrias Romi, que em setembro de 1956 lançou o Romi-Isetta, dois meses antes de a Vemag apresentar a perua DKW Universal.
No seu tempo, a Vemag era um verdadeiro orgulho nacional, semelhante ao que ocorre hoje com a Embraer. Era uma fábrica de verdade, pujante, em que os destaques eram a ala de prensas, a ferramentaria e um produto ao mesmo tempo peculiar e sensacional.
               
O DKW-Vemag trazia uma imagem de robustez e engenhosidade desde o tempo em que era importado, nos anos anteriores à Segunda Guerra Mundial. Carro pequeno, seu motor de dois tempos sempre impressionou pelo bom desempenho com baixo consumo. Ao ruído característico do motor juntavam-se a peculiar alavanca de câmbio que saía do painel de instrumentos e uma solução no mínimo audaciosa, o dínamo e motor de partida conjugados, chamado Dynastart. O sistema era tão avançado que decorreriam 70 anos até que outro fabricante adotasse solução semelhante: a Citroën anunciou em agosto de 2004 a produção do modelo C3 com uma solução semelhante, o alternoarranque.
SUCESSO IMEDIATO
Por isso, quando começou a ser comercializado no Brasil, o sucesso do DKW-Vemag foi imediato. Mesmo que se tratasse, no começo, da série F-91, uma perua pequena e estreita, que na verdade seria apresentada no Salão de Berlim de 1940, que a guerra fez cancelar. Portanto, era um tanto fora de época. Foi produzida durante praticamente todo o ano de 1957.
 
No ano seguinte foi lançada a série F-94, tanto a versão perua quanto a novidade absoluta, o sedan de quatro portas.
  
O Presidente Juscelino Kubitscheck inaugura a linha de produção da Vemag-DKW e a frota nas ruas = orgulho nacional !
        
       
Entraria em produção também o jipe DKW-Vemag "Candango", um 4x4 de excepcional capacidade para trafegar fora da estrada.
  
Em 1959 o motor tricilíndrico de 896 cm3 e 38 cv dava ao lugar ao 1000 (980 cm3) de 44 cv, e partir daí o DKW-Vemag conquistou definitivamente seu espaço no mercado brasileiro e seu prestígio atingia níveis inimagináveis, tornando-se o sonho de consumo para os que queriam sair do Fusca.