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sábado, 24 de novembro de 2012

A HISTÓRIA DO VIDEO TAPE

No ano de 1956, em 14 de abril, dois cientistas da americana Ampex, Charles Ginsberg e Ray Dolby, revolucionaram o modo de fazer televisão com o invento do "videoteipe". Deste modo não chegaria mais aos olhos do telespectador os erros e improvisos da televisão feita ao vivo. As produções podiam ter seus trabalhos melhor acabados.
Mas não foi fácil chegar ao invento. A dificuldade estava em armazenar muito mais informações que o áudio. Se fosse utilizado o mesmo processo de gravação do som, haveria a necessidade de 35,5 metros de fita para armazenar informações de 01 segundo de imagem, e para 01 hora, 127.800 metros de fita, sem contar é lógico que a fita teria de passar na cabeça magnética a uma velocidade de mais ou menos 130 quilômetros por hora.
O que foi feito então? Manteve-se a mesma velocidade de fita que do gravador de som, ou seja, 38 centímetros por segundo (15 polegadas por segundo), mas para que a gravação ganhasse maior velocidade fizeram também com que a cabeça magnética também girasse.
Resumindo, o videoteipe inventado era assim: a fita teria de ser de 05 centímetros ou 02 polegadas de largura, tendo uma velocidade de 38 centímetros ou 15 polegadas por segundo, passando por um conjunto em forma cilíndrica de 04 cabeças dispostas a 90 graus cada uma que tanto gravavam quanto reproduziam e giravam a 240 rotações por segundo, e recebeu o nome de Quadruplex devido as cabeças se encontrarem em forma de quadrante.
 
O videoteipe foi usado pela primeira vez no Brasil em 1958, com a apresentação de "O Duelo", de Guimarães Rosa, pelo programa "TV de Vanguarda", da TV Tupi de São Paulo. O equipamento era utilizado de forma precária pois não havia possibilidade da edição (montagem). Walter George Durst, responsável pelo programa, dispunha de uma fita de apenas uma hora de duração e por isso as cenas tiveram de ser exaustivamente ensaiadas e cronometradas. Quando a fita terminou, ainda faltavam as cenas finais, que foram feitas "ao vivo" após a exibição da parte gravada.
 
O VT estreou no Brasil em uma festa no Copacabana Palace, em 1959. A primeira cena foi um close no relógio do repórter Carlos Pallut, da TV Continental do Rio de Janeiro (canal 9) marcando 15h. O show apresentado por Riva Blanche, Pallut e dirigido por Haroldo Costa (aquele mesmo dos carnavais da Manchete!) entrou no ar às 21h. Foi surpreendente! O diretor da emissora, Demirval Costa Lima, gritou no estúdio quando assistiu à cena do relógio:
 
Muitos dizem que a primeira grande utilização oficial do videotape foi na inauguração de Brasília, onde a Record gravou através da TV Alvorada uma fita e mandou-a o mais rápido possível para São Paulo, sendo que a noite, depois do primeiro grande link aéreo que a Tupi havia inventado (matéria para outra coluna), a mesma exibiu um resumo de suas atividades. Era o VT entrado em cena no país.
 
A primeira e mais fantástica utilização do VT foi em 1961 no programa Chico Anysio Show, da TV Rio, onde Chico contracenava com ele mesmo, fazendo diversos papéis. Imaginem a trabalheira que deu editar este episódio! Mesmo truque foi utilizado depois em "Mulheres de Areia", com Eva Wilma fazendo Ruth e Raquel na versão da TV Tupi. Sendo que a primeira novela a utilizar o VT foi "Gabriela, Cravo e Canela", da TV Tupi do Rio de Janeiro, que ficou famosa por muitos dos seus personagens, entre eles o Doutor Mundinho Falcão (Paulo Autran).
 

A revolução era vista claramente, a reportagem poderia ao ar, sem precisar levar o filme para o laboratório revelar, os erros eram consertados antes da exibição. No caso das novelas, estas puderam ser gravadas com antecedência e surgia também o "inédito" replay . Já era possível ver novamente um gol, ver se o jogador estava impedido, ou assistir de novo o show de música de ontem! Era possível fazer com que a TV tivesse uma memória viva em suas fitas de vídeo. O videotape foi para a televisão o que o microcomputador foi para a antiga máquina de escrever.
 
Era uma dificuldade imensa para editar essas fitas ! David Grimberg (diretor de novelas, que mais tarde foi chamado do "Papa das Novelas") era especialista nisto. Rodava o Ampex, via mais ou menos onde deveria entrar a outra imagem. Segurava a fita com os dedos no ponto "que deveria ser o certo" , parava o VT, e cortava a fita com uma gilete, já colando a outra cena com cola em alguns casos. Mais tarde a cola foi substituída pelo splicer, uma fita adesiva própria para o audiotape. Era algo incrível!
Ou se cortava no ponto certo ou perdia-se trechos de fitas (até mesmo fitas inteiras!), dando um habitual "pulo" na imagem, só que um pulo sem uma seqüência perfeita entre as ações de uma cena e de outra. Mas não podíamos negar, o futuro tinha chegado à televisão.

Fontes: blog sellerink e blog Sampa on line

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CLAUDIO FONTANA


Cláudio Fontana fez sucesso na década de 1960 com a gravação Adeus, Ingrata, pela Copacabana. A música vendeu mais de cem mil cópias. 
Participou de muitos programas de televisão da época e se apresentou nos palcos brasileiros e latino-americanos. 
O cantor e compositor maranhense de São Luís, Cláudio Fontana pode ser classificado como um artista versátil. Com uma influencia musical popular através do rádio e ouvindo desde cedo o caucionário maranhense: Bumba-meu-Boi, Tambor de Crioula, Tambor de Mina. Chegou a São Paulo em 1967, trazido pelo produtor musical: Genival Melo. Canções de Cláudio faziam sucesso na voz de Wanderley Cardoso 
(Não Posso controlar meu Pensamento e Canudinho).
 Em conseqüência dos sucessos das suas canções e como era um interprete de primeira linha, gravou seu primeiro disco e muitos compactos simples. Fez duas canções que mudaram a referencia de uma cidade para o titulo de sua canção: Ilha do Amor em homenagem a São Luiz. E criou um sinônimo para Jesus Cristo na canção: O Homem de Nazareth, a qual o próprio Roberto Carlos confidenciou ao autor que gostaria de ter gravado antes do sucesso que se tornou. São trinta e cinco anos de carreira, mais de quinhentas músicas gravadas nos mais variados gêneros. Na década de noventa junto com os filhos e a esposa criou o grupo infantil "Chocolate", que por motivo de particularidade da vida pessoal dos filhos que seguiram projetos pessoais, terminou a formação. Cláudio apresentou programas de TV e lançou em 2002 um CD de Forró com composições suas nesse gênero e com outras canções que ficaram famosas em outros gêneros, mas que o mesmo gostaria de gravar em Forró. Atualmente reside em São Paulo, SP.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

ANTONIO MARCOS

 
Antônio Marcos Pensamento da Silva nasceu em São Paulo, em 8 de novembro de 1945 foi ator, compositor, humorista e cantor.
Antônio Marcos trabalhou como office-boy, vendedor de varejo e balconista de loja de calçados, passando pelos programas de calouros, para chegar ao rádio e finalmente à televisão. De 1960 a 1962, destacou-se no programa de Estevam Sangirardi, cantando, tocando violão e fazendo humorismo.
Em 1967 integrou o coral Golden Gate e atuou nas peças Pé Coxinho e Samba Contra 00 Dólar, de Moraci do Val, no Teatro de Arena. Convidado por Ramalho Neto, gravou seu primeiro disco pela RCA, como integrante do conjunto Os Iguais, tornando-se logo solista e fazendo sucesso com a música Tenho Um Amor Melhor Que O Seu (Roberto Carlos), que reapareceu em seu primeiro LP e vendeu mais de 300 mil exemplares.
A partir daí, seguiram-se outros sucessos, como Oração De Um Jovem Triste (Alberto Luís) e Como Vai Você (com Mário Marcos). Foi lançado no cinema por J. B. Tanko, no filme Pais Quadrados... Filhos Avançados (1970), participando também de Som, Amor E Curtição (1972) e de outros, além de atuar em peças teatrais, como Arena Conta Zumbi (Teatro de Arena, direção de Augusto Boal, 1969) e Hair (Teatro Aquarius, direção de Altair Lima, 1970). Atingiu seu maior sucesso em 1973, com O Homem De Nazaré (Cláudio Fontana). Um de seus últimos sucessos foi a canção-tema de O Profeta, telenovela da TV Tupi na qual participava sua futura esposa Débora Duarte. Já casado com a atriz, participaria com ela da telenovela da TV Bandeirantes, Cara a Cara, na qual também interpretava a canção-tema.
Tem oito LPs em português e quatro em castelhano, além de gravações feitas no exterior.
Em 1991 pretendia lançar um LP contendo uma versão de Imagine, de John Lennon, mas Yoko Ono, viúva de John, vetou a versão, o que, aliado à falência da gravadora (Esfinge), impediu o lançamento do disco.
Foi casado com Vanusa — com quem teve as filhas Amanda e Aretha —, e com Débora Duarte — com quem teve Paloma Duarte.
Morreu em São Paulo em 05 de abril de 1992, vítima de complicações resultantes do alcoolismo. Após sua morte, foram lançados os CDs Acervo (1994, coletânea RCA/BMG) e Aplauso (1996, coletânea RCA/BMG). A música Como Vai Você foi regravada pela intérprete Daniela Mercury.

 
 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

TONY CAMPELLO


Sérgio Beneli Campelo nasceu em São Paulo, em 24 de fevereiro de 1936, mais conhecido como Tony Campello, é cantor e produtor musical.
Ao lado da irmã Celly Campello, Tony fez sucesso no final da década de 50 e na década de 60.
Nos anos 50 integrou algumas bandas no interior de São Paulo, tendo participado em programas de rádio e televisão.
Intérprete de vários sucessos como "Lobo Mau", "Boogie do Bebé", "Pertinho do Mar" e "Canário", Tony e Celly lançaram o seu primeiro compacto em 1958, que tinha as faixas "Perdoa-me" ("Forgive Me") e "Belo Rapaz" ("Handsome Boy") e em seguida passou a apresentar junto com ela o programa Celly e Tony em Hi-Fi, na TV Record de São Paulo.
Nos anos seguintes continuou gravando e começou também a atuar como produtor de discos de rock'n'roll, lançando discos de Deny e Dino, Silvinha, Sérgio Reis, Os Incríveis e outros.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

MARCIO GREICK

 
Márcio Greyck nasceu em Belo Horizonte,em 30 de agosto de 1947 é músico, cantor e compositor dos mais bem sucedidos no cenário artístico do Brasil.
A sua carreira teve início em 1967 quando lançou o seu primeiro disco com canções dos Beatles, incluindo a sua primeira composição Venha sorrindo.
O sucesso nacional chegou na década de 1970, com a canção Impossível acreditar que perdi você, parceria com o seu irmão Cobel. O disco vendeu mais de 500 mil cópias, sendo considerado à época como um fenômeno de vendas, tendo ficado nas paradas durante seis meses consecutivos. A canção foi regravada por mais de 60 artistas de diferentes estilos de interpretação, entre eles Fábio Júnior, Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Wilson Simonal, Rosana, e Toni Platão.
É o autor de sucessos como O Infinito, O mais importante é o verdadeiro amor, Aparências, O Travesseiro, Reencontro e outros.
Lançou um disco em espanhol para toda a América Latina e foi reconhecido também em Portugal.
Foi um dos artistas que mais atuou em programas de TV, tendo inclusive apresentado o seu próprio programa (O mundo é dos jovens) na extinta TV Tupi de São Paulo, além de participar de festivais internacionais e ganhar prêmios importantes como a Gaviota de Plata em Viña del Mar no Chile, em 1983.
Como compositor também tem canções gravadas por Roberto Carlos, como Tentativa e Vivendo por viver. Esta última foi também gravada por Zezé di Camargo e Luciano, e ainda por Sérgio Reis.
 
Atualmente reside em Belo Horizonte de onde se desloca para atender a inúmeros convites para shows em todo o Brasil. Trabalha também em parceria com o seu filho mais novo, Bruno Miguel que também prepara um CD com músicas inéditas a ser lançado em breve, depois de fazer sucesso com a canção Faz Assim incluida na trilha de Malhação da TV Globo em 2003, e recentemente como a mais executada em programas de rádio em todo o país na voz do grupo jovem Sorriso Maroto.
Recentemente autorizou a inclusão de sua mais famosa canção nas trilhas sonoras dos filmes - 1972 de José Emílio Rondeau em 2006, e também em Árido Movie cujo personagem leva o seu nome, além do filme O homem que desafiou o diabo com Marcos Palmeira, em que seu outro filho, o Rafael Greyck participa cantando Impossivel acreditar que perdi você.
 

domingo, 28 de outubro de 2012

MOACIR FRANCO

 
Moacyr de Oliveira Franco nasceu em Ituiutaba, em 5 de outubro de 1936. É um ator, cantor, compositor, autor, apresentador de TV, humorista, e político brasileiro.
 
Começou sua carreira com o nome de Billy Fontana, quando em 1959, acompanhado do conjunto "Rockmakers", gravou um disco em 78 rotações com as músicas Baby Rock e Nairobi. Nos anos 60 participou do programa Praça da Alegria. Interpretando o personagem "Mendigo", emplacou um grande sucesso ao gravar a marchinha de carnaval "Me Dá Um Dinheiro Aí". Estourou com outras músicas, como Suave é a Noite (versão de Tender is the Night), "Pelé agradece", "E tu te vais" , "Pedagio" e Eu Nunca Mais Vou Te Esquecer. Sofreu um sério acidente automobilístico na década de 70, o que lhe prejudicou a carreira. Depois do sucesso que vivenciara na primeira metade da década de 70, nunca recuperou a imensa popularidade que tinha.
Desde então lançou vários discos (fez muito sucesso com a canção Balada número sete, homenagem ao grande jogador de futebol Mané Garrincha), além de trabalhar nas principais emissoras do país apresentando, produzindo, escrevendo e atuando em diversos programas. Continua a seguir paralelamente a carreira de cantor, apresentando-se por todo o Brasil.
Em 1978 explodiu em todo o país com o sucesso "Turbilhão" (A nossa vida é um carnaval...), música mais tocada no carnaval daquele ano.
Nas décadas de 80 e 90 compôs várias músicas no gênero sertanejo, que alcançaram os primeiros lugares nas paradas, tais como: "Dia de Formatura", com Nalva Aguiar, "Seu amor ainda é tudo", "Ainda ontem chorei de saudade" e "Se eu não puder te esquecer", com João Mineiro e Marciano.
Na TV apresentou vários programas como Pequenos Brilhantes, A Mulher é um Show, Concurso de Paródias, Moacyr Franco Show e Moacyr TV, na Rede Globo (sempre tendo como redator o amigo de infância Gilberto Garcia, falecido em 1996) além de atuar nos humorísticos Meu Cunhado, ao lado de Ronald Golias, Ô… Coitado!, A Praça é Nossa (onde interpreta também o homossexual caipira Jeca Gay), SBT Palace Hotel entre outros. Participou também da versão da Rede Globo, Praça da Alegria, apresentada por Luís Carlos Miéli.
No Programa "Moacyr Franco Show", revelou vários artistas como: Isabela Garcia, Guto Franco, Carla Daniel, Nizo Neto, Rosana Garcia, sua afilhada de batismo, entre outros.
Em 2011, ganhou o Troféu Menina de Ouro de melhor ator coadjuvante no Festival de Cinema de Paulínia por conta do personagem Delegado Justo no filme O Palhaço, de Selton Mello.
Seu filho Guto Franco fez sucesso ao ser lançado ainda criança em programas do pai, chegando a participar como ator da telenovela O Grito produzida e exibida pela TV Globo na década de 1970. Guto participou da Praça interpretando o personagem Dona Guajarina e atualmente é diretor e redator chefe do humorístico A Turma do Didi exibido pela Rede Globo aos domingos. Seu filho mais velho, Moacyr Franco Jr., é comandante dos aviões da TAM e faz voos internacionais. João Vitor, fez programa de televisão ainda novo assim como Guto, participou de Meu Cunhado e hoje com seu nome artístico Johnny Franco segue carreira na área musical, cantando, especificamente músicas com letras em inglês.

sábado, 27 de outubro de 2012

MAYSA


Maysa Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa (São Paulo ou Rio de Janeiro, 6 de junho de 1936 — Niterói, 22 de janeiro de 1977), foi uma cantora, compositora e atriz brasileira. Ao longo da sua carreira imortalizou uma discografia com mais de 25 títulos. Cristalizou uma das mais sensíveis obras da Música Popular Brasileira.
Segundo algumas fontes, Maysa teria nascido na capital paulista, numa tradicional família do estado do Espírito Santo que logo se mudou para o Rio de Janeiro. Outras fontes, porém, afirmam que o seu nascimento foi mesmo no Rio. Da capital paulista ou do Rio, é certo, no entanto, que em 1947 a família se transferiu para Bauru, no interior paulista. Logo depois, mudaram-se novamente para a capital. Mesmo fixada em São Paulo, a família ainda mudaria de endereço várias vezes.
Maysa era neta do barão de Monjardim, que foi presidente da província do Espírito Santo por cinco vezes. Estudou no tradicional colégio paulistano Assunção, no Ginásio Ofélia Fonseca e no Sacré-Cœur de Marie, em São Paulo. As férias eram passadas em Vitória, onde reencontrava os tios e os primos.
Casou-se aos dezessete anos com o empresário André Matarazzo, dezessete anos mais velho, amigo dos seus pais, e membro do ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo.
Separou-se do marido em 1957, pois ele se opôs à carreira musical. Maysa. Teve vários relacionamentos amorosos, entre eles, com o compositor Ronaldo Bôscoli, o empresário espanhol Miguel Azanza, o ator Carlos Alberto, o maestro Julio Medaglia, entre vários outros. Ao assumir o relacionamento com Miguel Azanza em 1963, Maysa estabeleceu residência em Espanha onde morou durante anos com o marido e o filho. Só regressou definitivamente ao Brasil em 1969. Na década de 70, Maysa se aventuraria pelo mundo das telenovelas e do teatro participando em produções como O Cafona, Bel-Ami e o espetáculo Woyzeck de George Büchner. Em 1977, um trágico acidente automobilístico na Ponte Rio-Niterói encerrava a carreira e o brilho da estrela, que foi um dos maiores nomes da música popular brasileira.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ZÉ COLMÉIA

 
Yogi Bear (conhecido como Zé Colmeia no Brasil e em Portugal) é um personagem de desenho animado, um urso antropomórfico (animal com características humanas), que estrelou várias séries animadas criada por William Hanna e Joseph Barbera. Foi criado em 1958 como um personagem secundário, num dos segmentos do programa de desenho animado The Huckleberry Hound Show (Dom Pixote). O programa todo tinha meia hora de duração e era composto de três desenhos animados: Dom Pixote, Plic e Ploc e Zé Colmeia, cada um deles com seis minutos e meio. Zé Colmeia fez tanto sucesso que ganhou sua própria série em 1961 acompanhado de mais dois desenhos, Snagglepuss (Leão da Montanha) e Yakky Doodle (O Patinho Duque). As aventuras de Zé Colmeia e seu fiel amigo Catatau continuaram desde então, até meados de 1990.

Como a maioria dos personagens criados por Hanna-Barbera, a peculiaridade e personalidade de Zé Colmeia foram baseadas em alguma celebridade popular daquela época. Muitos autores apontam como sendo a fonte inspiradora de Zé Colmeia, Ed Norton (Art Carney), personagem da série de televisão "The Honeymooners" e o seu nome Yogi (nome original de Zé Colmeia) foi baseado no astro famoso do beisebol Yogi Berra. Outros autores no entanto, afirmam que Hanna e Barbera se inspiram num urso tranqüilo que existia no parque Yellowstone e que adorava fazer visitas furtivas nas cestas dos turistas.
Na maioria dos episódios de Zé Colmeia, ele aparece no Parque Jellystone, que é uma imitação caracaterizada do famoso Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Zé é sempre acompanhado do seu melhor amigo Catatau (Boo-Boo), tentando ou arquitetando uma forma de roubar as cestas de piquenique dos visitantes distraídos do parque. Geralmente Zé Colmeia também se define como "mais esperto do que a maioria dos ursos". Ele é bastante alegre, usa um chapéu e não pensa em outra coisa que não seja transgredir as severas regras do parque. Em alguma ocasiões, a noiva de Zé Colmeia chamada Cindy aparece desaprovando esse tipo de práticas normalmente cometidas pelos ursos. Existe também o guarda florestal que conhece bem as artimanhas de Zé Colmeia e impede a todo custo as espertezas de Zé Colmeia e Catatau.
A relação de Zé Colmeia com Catatau ultrapassa fronteiras e pode ser comparada com a relação de Dom Quixote e Sancho Pança. Eles são bons amigos, aventureiros e curiosos, além disso compartilham a mesma característica de ter um líder e um seguidor. Catatau também era um urso, só que bem menorzinho e de raciocínio bem lerdo. Ao contrário de Zé Colmeia, Catatau não gosta de transgredir as regras do parque, mas devido a sua ingenuidade acaba sempre caindo na conversa do Zé Colmeia.
 
 Os direitos de transmissão e sua marca registrada da série, assim como do personagem a princípio pertenciam a Hanna-Barbera Production. Atualmente, a Cartoon Network Studios é quem possuiu todos os direitos sobre o personagem, depois que a Hanna-Barbera Production foi vendida em 2001. No Brasil este personagem é exibido desde os anos 60 por diversas emissoras, fazendo um sucesso até os dias de hoje.

sábado, 13 de outubro de 2012

RUBENS PAIVA


Rubens Beyrodt Paiva nasceu em Santos em 26 de dezembro de 1929 — desaparecido em 20 de janeiro de 1971) foi um engenheiro civil e político brasileiro desaparecido durante o regime militar. Era filho de Jaime Almeida Paiva, advogado, fazendeiro do Vale do Ribeira e despachante do Porto de Santos, e de Araci Beyrodt.
Casou-se com Maria Lucrécia Eunice Facciolla nascida em 1929, com quem teve cinco filhos: Marcelo Rubens Paiva, escritor e jornalista, além de mais quatro filhas; Vera Silvia Facciolla Paiva (psicóloga e professora); Maria Eliana Facciolla Paiva (jornalista, editora de arte e professora); Ana Lucia Facciolla Paiva (matemática e empresária); e Maria Beatriz Facciolla Paiva (psicóloga e professora).
Formou-se em Engenharia Civil pela Universidade Mackenzie, em São Paulo, em 1954. Militou no movimento estudantil na campanha do "Petróleo é Nosso". Foi presidente do centro acadêmico e vice-presidente da UEE de São Paulo.

Carreira política

Sua vida política tomou impulso em outubro de 1962, quando foi eleito deputado federal por São Paulo, na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Assumiu o mandato em fevereiro do ano seguinte e participou da Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI, criada na Câmara dos Deputados para examinar as atividades do IPES-IBAD (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais – Instituto Brasileiro de Ação Democrática). A instituição financiava palestrantes e escritores que escreviam artigos avisando sobre a chamada "ameaça vermelha" no Brasil. Nas investigações da CPI, Rubens Paiva começou a descobrir os cheques que eram depositados nas contas de alguns militares.
Com o Golpe Militar de 1964, devido ao fato de ter participado da CPI do IBAD, teve seu mandato cassado no dia 10 de abril de 1964) editado no dia anterior (AI-1) pela junta militar que assumiu o poder a partir da deposição de João Goulart.

O exílio e a volta ao Brasil

Rubens Paiva se exilou na Iugoslávia e depois em Paris, França. Passados nove meses, iria para Buenos Aires, se encontrar com Jango e com Brizola, quando em uma escala do vôo no Rio de Janeiro disse à aeromoça que ia comprar cigarro, saiu do avião e pegou outro vôo para São Paulo, seguindo para a casa de sua família. Teria aparecido de surpresa, dizendo: "Entrei no Brasil, estou no Brasil, vou ficar no Brasil". Se mudaram então para o Rio de Janeiro e Rubens Paiva voltou a exercer a engenharia e cuidar de seus negócios, mas sempre fazendo contatos com os exilados.
Fundou com o editor Fernando Gasparian o Jornal de Debates e foi diretor do jornal Última Hora de São Paulo, até o mesmo ser vendido por Samuel Weiner ao Grupo Folha da Manhã, de Octavio Frias de Oliveira, que se expandia.
Depois de estar em visita em Santiago, Chile, para ajudar a filha de seu amigo Bocaiúva Cunha, Rubens Paiva voltou para o Brasil. Nisso, após a prisão das pessoas que traziam a carta para Rubens de Helena Bocayuva, antes implicada no sequestro do embaixador americano. Outras cartas trazidas pelas mesmas pessoas fizeram com que os agentes da repressão identificassem Rubens Paiva como contato de "Adriano", codinome de Carlos Alberto Muniz , que foi vice-prefeito da cidade do Rio de Janeiro, militante do MR-8 e contato de Lamarca, à época o homem mais procurado do país.

Prisão, desaparecimento e possível morte

Na esperança de prender "Adriano" e consequentemente chegar à Lamarca, sua casa no Rio de Janeiro, em 20 de janeiro de 1971, foi invadida por pessoas armadas de metralhadoras que, sem apresentar qualquer mandado de prisão, se diziam da Aeronáutica. Teve tempo de se arrumar e saiu de terno e gravata, guiando o próprio carro, cuja recuperação posterior seria a prova de que fora preso, já que os órgãos de repressão se negavam a afirmar oficialmente tal ação.

 
Desde então Rubens Paiva foi dado como desaparecido. Segundo nota oficial dos órgãos de segurança, o carro que o conduziu dois dias depois da prisão ao Centro de Operações de Defesa Interna (CODI) teria sido abalroado e atacado por indivíduos desconhecidos que o teriam seqüestrado.
Maria Lucrécia Eunice Facciolla Paiva, sua esposa, permaneceu durante doze dias incomunicável, após haver sido detida com sua filha Eliana, então com 15 anos, esta presa por 24 horas e solta no dia seguinte e deixada, na Praça Saens Peña, na Tijuca.
Eliana e Maria Lucrécia Eunice Paiva foram interrogadas na mesma sala em que as pessoas eram torturadas, tendo visto o pau-de-arara, sangue e o retrato do marido nas fichas de reconhecimento, além de ouvir os gritos dos torturados no DOI-Codi. Entre esse dia e o seguinte, Rubens Paiva foi transferido para o Destacamento de Operações Internas (DOI), situado no Quartel da Polícia do Exército, onde teria sido novamente torturado.
Rubens Paiva possivelmente morreu em seguida por causa dos ferimentos, e com o testemunho do médico do exército Amilcar Lobo. Anos depois, Amilcar Lobo, que na época era médico do DOI-Codi, declara em reportagem especial à revista Veja que o ex-deputado teria sido morto após sessões de tortura.
Em carta, ainda em 1971, ao Conselho de Defesa dos Direitos Humanos, com base em relato de testemunhas, Eunice Paiva afirmava que provavelmente seu marido começara a ser torturado no mesmo dia de sua prisão, durante o interrogatório realizado na III Zona Aérea, localizada junto ao aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, à época sob o comando do brigadeiro João Paulo Burnier
O brigadeiro Burnier é também acusado de matar Stuart Angel Jones, que teria sido obrigado a "fumar" um escapamento de jipe até morrer.
Rubens Paiva é reconhecido legalmente como morto, mas mesmo com a realização de escavações em locais em que possivelmente teria sido enterrado, seu corpo até hoje não foi encontrado.
Em 1996, após projeto de lei dos Desaparecidos enviado ao Congresso pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, foi entregue à viúva e família um atestado de óbito reconhecendo a sua morte.




 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

THE JET BLACKS

 
Formado na Cidade de São Paulo em 1961. Inicialmente, seu nome era The Vampires, porém, logo foi modificado para o atual em homenagem ao grupo inglês Shadows, cujo um dos maiores sucessos foi a canção "Jet Black". Além dos Shadows, outra influência do grupo foi a do conjunto norte-americano Ventures. Ambos tinham como repertório básico rocks e twists instrumentais feitos para bailes. Em 1962, assinaram com a Chantecler e lançaram seu primeiro disco, um 78 rpm, no qual fizeram dois covers dos Shadows: "Apache" e "Kon-Tiki". Com o sucesso da estréia, a gravadora investiu no grupo com o lançamento de dois LPs.
O primeiro, lançado ainda no mesmo ano, foi "Hully Gully", e o segundo foi gravado no ano seguinte, "Twist - The Jet Blacks again". Ao longo da década de 1960 foi um dos grupos mais requisitados para shows e gravações de intérpretes como Celly Campelo, Ronnie Cord (que acompanhou na gravação do sucesso "Rua Augusta"), Roberto Carlos, Sérgio Reis e outros astros da Jovem Guarda. Em 1965, passaram a fazer gravações vocais e lançaram o LP "Jet Blacks", no qual se destacaria a regravação do clássico do rock norte-americano "Suzie Q", de Dale Hawkins.
Ainda no mesmo ano, gravaram aquele que seria seu maior sucesso: "Tema para jovens enamorados", versão para "Theme for young lovers", lançado em compacto que incluía também "Suzie Q". A partir de 1968, o guitarrista Gato saiu e foi substituído por Guilherme Dotta. Com o declínio da Jovem Guarda, no final dos anos 1960, o grupo entrou em crise apresentando várias formações, sempre em torno de Jurandi. Na década de 1970, caíram no ostracismo e encerraram as suas atividades, somente retomadas no início da década seguinte, com a revitalização do rock no Brasil.
Em 1982, os remanescentes do grupo, Jurandi e Guilherme, assinaram com a Som Livre e lançaram o LP "Rides again", com novas versões para sucessos da década de 1960. Em 1998, Douglas Dotta, filho de Guilherme, retomou o trabalho do grupo. Participaram das comemorações referentes aos 30 anos da Jovem Guarda, regravando "Apache" para a caixa de CDs "30 anos da Jovem Guarda", lançada pela PolyGram, em 1995.
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

B.J. THOMAS


Personagem importante no meio artisco, se destaca tanto na música como nos cinemas, pelo motivo de suas canções serem incluídas em trilhas sonoras.

Billy Joe Thomas, mais conhecido por seu nome artístico B. J. Thomas, é um grande cantor americano famoso por seus hits nos anos 1960 e 1970.

No Brasil ele é conhecido pelos sucessos que se destacaram por décadas seguidas no top das paradas de sucesso, o maior exemplo desse ícone da música americana é o mega sucesso “Rock And Roll Lullaby”, que foi incluído na trilha sonora da novela Selva de Pedra, “Long Ago Tomorrow” da novela O Primeiro Amor e "Oh Me Oh My" da nove Assim na Terra como no Céu. Vale lembrar que o sucesso, “Rock And Roll Lullaby”, foi incluido nas duas versões da novela Selva de Pedra.

O cantor B. J. Thomas, com seu gênero de música variante como, baladas, pop, rock e country; espalhou seus sucesso nos anos 1960 a 1980, e que até os dias de hoje são lembradas e tocadas. Canções como “Hooked on a Feeling” (1968), “Raindrops Keep Falling On My Head” (1969), “I Just Can’t Help Believing” (1970), “Rock and Roll Lullaby” (1972). “Hey Won’t you Play” (1975), “Oh Me Oh My” (anos 1970), etc; e que gravou mais de 60 álbums; 5 Grammy e mais de 80.000.000 de discos em 50 paises.

Atualmente o cantor B. J. Thomas, se dedica a Música cristã contemporânea.

Que converter-se ao Evangelho tem um preço, todo mundo sabe. Mas para alguns o custo de seguir Jesus pode soar muito alto. Para Billy Joe Thomas - ou simplesmente B.J. Thomas, cantor americano internacionalmente conhe­cido - o preço foi abrir mão da fama, no auge da carreira. B. J. Thomas sumiu da cena artística pouco depois de ganhar um Oscar com Raindrops keep falling on my head, da trilha sonora do filme Butch Cassid and Sundance Kid, e estraçalhar corações com a melódica Rock'n roll lullaby, música-tema da novela Selva de Pedra, exibida pela Rede Globo nos anos 70. Sua decisão deixou perplexos o mundo artístico e legiões de fãs em todo o mundo. Afinal, abandonar uma carreira que o aproximou de monstros como Elvis Presley — que gravou várias de suas músicas —, e rendeu-lhe uma fortuna em milhões de discos vendidos, só seria razoável por um motivo muito forte. B.J. Thomas revela, entretanto, que a escolha não foi bem sua. Seu cobrador foi o preconceito, tanto da igreja de 20 anos atrás, quando se converteu ao Evangelho, e da mídia, que não compreendeu sua escolha.

B.J. Thomas - Raindrops Keep Fallin' On My Head


Raindrops are falling on my head
And just like the guy whose feet
Are too big for his bed
Nothing seems to fit, those
Raindrops are falling on my head, they keep falling

So I just did me some talking to the sun
And I said I didn't like the way he got things done
Sleeping on the job, those
Raindrops are falling on my head they keep falling

But there's one thing I know
The blues they sent to meet me
Won't defeat me
It won't be long 'til happiness
Steps up to greet me

Raindrops keep falling on my head
But that doesn't mean my eyes
Will soon be turning red
Crying's not for me, 'cause
I'm never gonna stop the rain by complaining
Because I'm free
Nothing's worrying me

It won't be long till happiness steps up to greet me

Raindrops keep falling on my head
But that doesn't mean my eyes
Will soon be turning red
Crying's not for me, 'cause
I'm never gonna stop the rain by complaining
Because I'm free
Nothing's worrying me


domingo, 7 de outubro de 2012

SERGIO MURILO

 
O cantor Sérgio Murilo nasceu como Sérgio Murilo Moreira Rosa, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro no dia 2 de Agosto de 1941 e foi um garoto precoce, pois aos 12 anos de idade já animava um programa infantil na extinta TV Rio. Aos 15 anos já cantava no programa “Os Curumins” da Rádio Tamoio.

Em 1956, já era considerado como melhor de cantor de rock and roll e aparecia com frequência no programa “Trem da Alegria” da Rádio Tamoio, com músicas rock-balada muito em voga na época e principalmente embaladas no mesmo caminho do estilo de canções que faziam sucesso com cantores como Tony e Celly Campello.

Em 1959, começou a participar no programa do Paulo Gracindo na rádio Nacional, quando conheceu o compositor Edson Borges e por intermédio dele conseguiu um contrato com a gravadora Columbia e lançou o seu primeiro disco cantando a toada “Mudou Muito”, composição de Edson Borges e Enrico Simonetti e também um samba canção chamado “Menino Triste” de Edson Borges.

Nessa mesma época chegou ao sucesso com a música “Marcianita” de Marconi e Alderete, uma versão de Fernando César, que se tornou um clássico, que chegou a ser regravado mais tarde por Raul Seixas e Caetano Veloso.

Também obteve um grande sucesso com a música “Broto Legal” de Barnhat, cuja versão foi feita pelo humorista Renato Corte Real. O sucesso levou-o a participar em filmes como “Alegria de Viver” e também recebeu uma grande reportagem na revista Radiolandia.

Participou igualmente no filme “Matemática Zero, Amor Dez” de Carlos Augusto Hugo Christensen, onde cantou a música “Rock da Morte”. Os seus sucessos continuaram até cerca de 1963 a 1964, onde se apresentava frequentemente no programa “Alô Brotos”, com Sónia Delfino. No auge de sua carreira foi considerado pela Revista do Rock como o Rei do Rock devido ao seu sucesso cantando versões de sucessos norte-americanos, em especial de Neil Sedaka e Paul Anka.

Sérgio Murilo também foi um dos primeiros cantores brasileiros de rock a mexer os quadris ao estilo de Elvis Presley e igualmente considerado como o pioneiro do rock pauleira ao lançar a música “Lúcifer” que chegou a ser bastante criticada, por ser muito avançada para a época.

Depois desse período sua carreira já entrava em decadência e quando surgiu o programa Jovem Guarda, Sérgio Murilo já era um nome pouco cogitado. Na realidade o seu estilo já não combinava com a época.

Em 1963 obteve um grande sucesso no Peru chegando a receber um prémio como o “Artista Estrangeiro mais Popular” e o “Microfone de Prata”. Com o seu sucesso em decadência no Brasil, há notícias de que trabalhou cantando no Peru e também continuou a gravar os seus discos até o início dos anos 70.

Depois disso muito pouco se sabe a respeito da sua carreira, da sua vida de um modo geral. Sabe-se apenas que se formou em Direito pela Faculdade Cândido Mendes e por muitos anos trabalhou como advogado. Também há notícias que gravou em 1978 músicas em ritmo de discoteca no Peru, incluindo a música “Eu sou a Mosca que Pousou na sua Sopa” de autoria de Raul Seixas, em estilo discoteca.

Em 1989 chegou a gravar um LP com colectâneas dos seus antigos sucessos, e também com algumas músicas inéditas, mas não funcionou. O cantor morreu no dia 19 de Fevereiro de 1992, bem jovem, aos 50 anos de idade.
 
Sérgio Murilo, assim como Meire Pavão, Wilson Miranda e alguns outros artistas, que fizeram grande sucesso em determinada época passada, foi praticamente esquecido pela “mídia” falada ou escrita.

domingo, 30 de setembro de 2012

SETEMBRO CHEGA AO FIM

Numa das manhãs desse mês de setembro acordei com uma sinfonia de sabiás e alguns outros pássaros cantando. Como não estava ainda bem acordado, pensei já estar em outro plano espiritual, tal era a paz que aquele som do canto dos pássaros transmitia. Parecia ser um paraíso, pelo menos de forma sonora. Lembrei que era setembro, o mês que troca da estação fria para a primavera e que as árvores florescem com mais vontade, atraindo grande quantidade de pássaros.
Pois este setembro está chegando ao fim. Mas a estação fica um pouco mais agradável sem aquele calor terrível do verão e sem o frio que assusta muita gente (eu não tenho nada contra o frio).
No dia 1º de setembro, um sábado, abri o programa com a música "Manhãs de setembro" cantada pela Vanusa. Ontem dia 29, fechamos o programa do mês com a notícia da ida de Hebe Camargo para outro plano espiritual. São coisas que não queremos aceitar, mas fazem parte da vida. Outros meses virão, na sequência as estações alterarão o clima. Notícias de todas as naturezas chegarão aos nossos olhos e ouvidos. Coisas inevitáveis, que estão fora de nosso alcance e comando.
Mas desejamos sempre que o que está por vir seja o melhor possível, pleno de realizações e muito sucesso. 
Roberto Bahy

sábado, 29 de setembro de 2012

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL

 
Creedence Clearwater Revival foi uma banda de rock californiana formada por John Fogerty (guitarra e vocais principais), Tom Fogerty (guitarra), Stu Cook(baixo) e Doug Clifford (bateria), que, sob outras denominações, tocavam juntos desde 1959.
O embrião da banda Creedence Clearwater Revival foi fundado em 1959, chamava-se Blue Velvets e era formada pelos irmãos John Fogerty (vocalista e guitarrista), e Tom Fogerty (guitarrista), Stuart Cook (baixo) e Douglas Clifford (bateria). Em 1966 conseguiram seu primeiro contrato com uma gravadora, a Fantasy, e com o nome de The Golliwogs gravaram dois singles. Embora não tivessem grandes pretensões o single foi bem aceite. Em 1967 mudaram o nome da banda para Creedence Clearwater Revival e a boa aceitação dos primeiros singles levou-os a deixar de ser apenas uma banda de covers dos anos 50 para se arriscar em suas próprias composições.


Em 1968 lançaram o seu primeiro álbum, auto-intitulado. Em meio ainda ao fenómeno das bandas inglesas os Creedence foi uma das primeiras bandas americanas a firmar-se no topo das paradas (entre outros com os singles "Susie Q" e "I Put a Spell on You").
Em 1971, após mais três álbuns de sucesso, os Creedence Clearwater Revival tornou-se na primeira banda a superar os Beatles como grupo de rock mais popular. O seu maior hit de todos os tempos, "Have You Ever Seen The Rain", do álbum Pendulum, trata-se de uma das músicas mais coverizadas até hoje. As suas músicas de pouco mais de três minutos, com refrões fáceis e cativantes pavimentaram caminho para as bandas de Hard Rock que se seguiriam.


Contrastando com o sucesso crescente surgiu a notícia de que Tom Fogerty havia abandonado a banda para seguir carreira solo. Os Creedence (como um trio) ainda lançou um álbum decepcionante, "Mardi Gras", antes de ser declarados extintos em 1972. Desde então reuniram-se eventualmente para aparições em festivais diversos. Stu Cook e Doug Clifford chegaram a montar uma banda chamada Creedence Clearwater Revisited e apresentaram-se tocando músicas do seu grupo antigo.
Todos os membros da banda participaram das gravações do álbum a solo de Tom Fogerty lançado em 1974, "Zephyr National". Tom Fogerty morreu em 1990 vítima de problemas respiratórios.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

WANDERLEY CARDOSO


Wanderley Cardoso nasceu no bairro paulistano do Belenzinho em 10 de março de 1945. Começou a carreira de intérprete aos 13 anos. Morou nos bairros de Pirituba e Lapa em São Paulo. Estudou na escola Guilherme Kuhlmann, onde concluiu o primário (1º a 4º série), no Largo da Lapa, Lapa de Baixo, em São Paulo.
Depois de cinco anos dedicados ao estudos, investiu com força no showbiz. Seu primeiro sucesso, gravado em 1965, chamava-se "Preste atenção". Rapidamente se tornou um dos ídolos da Jovem Guarda, ganhando o apelido de "O bom rapaz", título de seu grande sucesso gravado em 1967, que vendeu mais de cinco milhões de cópias.
Foi apresentador de rádio e televisão e participou como um dos trapalhões no programa "Os Adoráveis Trapalhões" na extinta TV Excelsior, ao lado de Renato Aragão, Ted Boy Marino e Ivon Curi. O cantor aparece em um número musical no filme de 1966 de Renato Aragão, Na Onda do Iê-iê-iê, no qual também pode ser visto Wilton Franco, que criou o famoso programa humorístico para a TV Excelsior.
Depois da Jovem Guarda e dos Adoráveis Trapalhões, foi contratado por Silvio Santos em 1970, juntamente com Paulo Sérgio e Antônio Marcos, para se apresentar semanalmente no quadro "Os galãs cantam e dançam na TV", que trazia além dos 3 (três) contratados fixos, vários cantores convidados. Manteve o romantismo em seus shows e discos. No início dos anos 70 foi barbaramente espancado na cidade de Uberlândia, Minas Gerais,onde realizaria um show. O ato de violência foi praticado por vários "playboys", ricos fazendeiros e industriais da região. Os fatos não foram devidamente apurados, devido ao grande poder dos empresários de Uberlândia junto aos militares que governavam o país.
No cinema, protagonizou vários filmes e participou de algumas peças de teatro e telenovelas. Outro de seus sucessos foi "Adeus Ingrata" que lançou no filme "O pobre príncipe encantado", o qual conta com a participação de Flávio Migliaccio e Vanusa.
Ao longo de sua carreira, gravou mais de 900 músicas e vendeu cerca de dezesseis milhões de cópias de seus 84 discos. Morando no Rio de Janeiro, mais preciso na Ilha do Governador, é evangélico e canta músicas da áurea época da Jovem Guarda, e suas mais novas canções gospel. Lançou um DVD, com participações de vários artistas brasileiros.
Em 2003, já no cenário cristão, foi premiado no Troféu Talento na categoria Revelação masculina.
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

BETINHO & SEU CONJUNTO

 

Betinho & Seu Conjunto foi um grupo musical surgido no início dos anos 50 formado pelo guitarrista, compositor e cantor Alberto Borges de Barros, o Betinho, considerado pelos pesquisadores musicais como sendo o primeiro grupo de rock'n'roll no Brasil. O grupo era eclético e tocava jazz, calipso, baião, choro, rock'n'roll, fox, música cubana, entre outros. Os músicos que acompanhavam Betinho eram; Renatinho (acordeão), Salinas (piano), Navajas (contrabaixo), Bolão (sax) e Pirituba e Rafael (percussões/baterias). Além de donos de uma impecável técnica musical e modernos, ajudaram à abrir as portas para novos estilos e movimentos da música brasileira como a jovem guarda.

 
Filho de Josué de Barros, quem descobriu Carmen Miranda, Betinho nasceu na cidade de Rio de Janeiro/RJ em 1918 e faleceu em 30 de março de 2000, aos 82 anos em Maringá/PR. Chegou a acompanhar a cantora ao violão, ao lado do pai, quando era adolescente. Juntos, introduziram o violão elétrico nas apresentações musicais, uma novidade para aquela ocasião. Betinho, na época que integrava orquestras de jazz onde se apresentava na Argentina, compôs sucessos como Fel, Abandono, Moral da História, O Vendedor de Laranjas e Parte. Entre 1941 e 1946 foi solista da orquestra de Carlos Machado, no Rio de Janeiro e Niterói.
 
Betinho & Seu Conjunto foi um dos maiores conjuntos de boate de São Paulo, eleito o melhor em 1957. As primeiras canções do grupo são em 1953 com, 78 RPM Baião e Sobremesa, Betinho no Choro, Batuca Jojo, entre outros. Em 1954 lança o fox Neurastênico, um dos clássicos mais conhecidos do grupo. A fase rock'n'roll chega em 1957 com Enrolando o Rock e o LP Rock & Calypso em 1958. Lança mais clássicos no fim dos anos de 1950 e primeira metade dos anos de 1960. A banda se desfez no início dos anos 60.
Em meados da década de 1960, Betinho se torna evangélico e mais tarde, um renomado pastor. Passou a compor músicas religiosas no estilo rock-balada, sendo o primeiro guitarrista evangélico do Brasil. Participou de gravações de alguns LPs de cantores do meio evangélico como por exemplo, Luiz de Carvalho.
 
DISCOGRAFIA:
 
78 RPM
  • Baião e Sobremesa / Betinho no Choro - Copacabana (1953)
  • Batuca Jojo / Baianinho - Copacabana (1953)
  • Lig Le no Baião / Ralando Coco - Copacabana (1953)
  • Corridinho 1951 / Burrinho Garboso - Copacabana (1954)
  • Neurastênico / Burrinho Leiteiro - Copacabana (1954)
  • Johnny Apaixonado / O Califa no Mambo - Copacabana (1955)
  • Violão Borocochô / A Polca do Véio - Copacabana (1955)
  • Casa da Vizinha / Não Caio Noutra - Copacabana (1955)
  • Enrolando o Rock / Cha Cha Cura - Copacabana (1957)
  • Loucamente (Little Darling) / Se Ela Vier - Copacabana (1958)
  • Baby Lover / Peanuts - Copacabana (1958)
  • Quero Beijar-te as Mãos / A Lágrima Rolou Copacabana (1959)
  • Limelight / Aquarela do Brasil - Copacabana (1960)
  • Theme From a Summer Place / Love Is a Many Splendoured Thing - Copacabana (1961)

 LP

  • Betinho & Seu Conjunto Dançante - Copacabana (1961)
  • Betinho, Rock e Calypso - Copacabana (1962)
  • O Rei da Noite - Copacabana (1963)
  • Betinho, Twist e Bossa Nova - Copacabana (1963)
  • Queimando a Sanfona - Tropicana
  • LP Estupido Cupido Nacional - música "Neurastênico" - Som Livre (1976)
  • LP Rock dos Anos 60 - música "Enrolando o Rock" - Phonodisc (1987)  CD

 CD
  • Série BIS Jovem Guarda "Betinho & Seu Conjunto" (2000)

sábado, 22 de setembro de 2012

TERRY WINTER




Thomas Willian Standen nasceu em 08 de maio de 1941. Filho de Maria Thereza Standen e Charles Walter Standen, brasileiro, neto de ingleses. O avô materno era veterinário, a avó dona de casa e residiam no Brasil. A família de seu pai firmou-se na cidade de Penedo, subdistrito de Resende (RJ) onde passou grande parte de sua infância.
Seu pai tinha uma pequena fábrica e a família tinha uma fazenda em Penedo. Todos estudaram em colégio inglês, e mantinham as tradições e os costumes ingleses, além de falarem muito bem o português e inglês.

Thomas William Standen era um rapaz bonito, de olhos verdes, e começou sua carreira ainda muito jovem. No início da era da Jovem Guarda (Terry nao fez parte), apresentava-se no programa de auditório Alegria dos bairros (TV Excelsior), produzido por Geraldo Blotta. Conhecido como Tommy Standen, ele abria os programas cantando algumas músicas em português. O programa era transmitido ao vivo.
Começou gravando no pequeno selo V.S. (1963). Depois foi contratado pela RCA e gravou com o nome Tommy Standen. Uma das músicas tem um certo destaque: A Varanda (1967). Tommy muda para a gravadora Beverly e faz uma última tentativa de sucesso como Tommy Standen, gravando Tomorrow Tomorrow dos Bee Gees (1969), mas o original lançado na mesma época sufoca a sua gravação.

Faltavam duas músicas para completar o primeiro LP New Tonton. Adiel Macedo de Carvalho pediu para Tommy fazer duas músicas em inglês, e saiu You’ll Notice Me e Mission To Carrie. O sucesso que alavancou as vendas do LP New Tonton é You’ll Notice Me, uma música com um estilo parecido com Burt Bacharach, e Terry até fez um trocadilho, colocando o nome do compositor como sendo Bart Baraboskin, o sobrenome de sua esposa. Tommy assumiu o pseudônimo Terry Winter, criado a partir de suas iniciais (T.W). You'll Notice Me faz um relativo sucesso vendendo 40.000 cópias. O pessoal das rádios chega a acreditar que se trata de uma genuína música americana.
 
Os lojistas começam a pedir um LP de Terry Winter, e assim Thomas lança seu primeiro LP. Sua música fez um sucesso estrondoso. Summer Holliday (1972) é uma produção muito bem cuidada, gravada no Estúdio Reunidos, e se tornou um dos maiores sucessos do ano. Summer Holliday lembra um pouco o clima do musical Hair, evocando um clima de festa de praia. O maestro Lemke fez os arranjos, Os Carbonos fizeram a base, e em uma só noite Terry foi ao estúdio B para colocar a voz. Quem não presta muita atenção pensa que se trata da prensagem brasileira de um disco internacional, produzido originalmente por uma gravadora chamada New Records. Na capa de fundo escuro, ele aparece de cabelos longos que escondem seu rosto.
 
Summer Holliday fez sucesso em 42 países, vendeu mais de três milhões de cópias.
 

Sua verdadeira identidade é revelada no Programa Silvio Santos. 
O programa inicia com Terry falando em inglês e tem o auxílio de um intérprete. Após o intervalo, a entrevista continua em português normalmente e as colegas de trabalho do Silvio Santos não entendem nada.

Mas, este fato é bem recebido pelo público e finalmente descobrem que Terry Winter é de fato brasileiro, filho e neto de britânicos, tímido, bem educado, bonito, sendo uma figura extravagante que quando sobe ao palco se revela quase que um autêntico roqueiro inglês.
 
Terry amava compor e cantar.  Acreditava que o fato de cantar em inglês mostraria ao mundo exterior que o Brasil possuía músicos talentosos capazes de levar ótima música e de excelente qualidade além de serem conhecidos mundialmente. Orgulhava-se profundamente de ser brasileiro e nunca quis trocar o Brasil por nenhum outro país.

Participou da novela A Viagem (Rede Tupi - 1975), fazendo o personagem Rui.

Ao longo de toda sua carreira, Terry ganhou oito discos de Ouro, cinco discos de platina e cinco discos de diamante. Mas foi uma luta compensadora, por mostrar para o mundo que o brasileiro sabe fazer boa música.
 
Terry voltou a liderar as paradas com a música Our Love (1975), ganhando um disco de ouro ao vender mais de meio milhão de discos. O sucesso de Our Love levou Terry a lançar este LP em Espanhol pela gravadora RCA.
 
Durante alguns anos, sua vida foi dedicada à divulgação de seus discos e shows realizados por toda a América Latina, Canadá, Holanda e Estados Unidos. Apesar do pedido da gravadora RCA para ficasse nos Estados Unidos, Terry preferiu ficar definitivamente no Brasil em 1980. Tinha agora 04 filhos e queria criá-los aqui.

Na década de 80 lança um compacto gravado com seu parceiro Neil Bernardes chamado Look at Me.

Lança ainda outro compacto cantando ao lado de Silvia Massari, Lovely Love, música tema da novela A Gata Comeu, da Rede Globo.

Terry Winter deixou um enorme rastro músicas lindas. Um artista que cantou sempre músicas de sua própria autoria e compôs mais de 300 canções gravadas por muitos intérpretes. Suas canções falam de amor, da natureza, do homem do campo.

Como sempre usou pseudônimos em suas autorias, passou a ser Chico Valente em 1982, ao compor com Neil Bernardes a canção Sonho de Um Caminhoneiro, gravada pela dupla sertaneja Milionário e José Rico. Um verdadeiro sucesso.

Neil Bernardes foi o maior parceiro de sua carreira, e melhor amigo. Trabalharam juntos e aprenderam o valor da amizade. Sonho de um caminhoneiro mais parece a história de dois amigos inseparáveis lutando pela vida e o pão e no fim da estrada um tem que seguir. Esta música marca o início de uma parceria de muitos sucessos.

A partir daí, Terry como Chico Valente compõe Filho Pródigo, na época gravada pela dupla Junio e Julio e, atualmente, gravada por Bruno e Marrone.

Compõe para artistas como Gugu Liberato (Bugaloo da da), Gretchen (Hula hula), Fofão (Guerra nas Estrelas), Doce alegria (Vanessa), entre muitos outros.....

Atuou como compositor e produtor para duplas como Mato Grosso e Mathias (onde o disco foi considerado o disco mais bem produzido e o mais bonito da dupla), Carlos Cesar e Cristiano e as Irmãs Galvão.

Montou uma Editora Musical e teve como sócios Neil Bernardes, seu empresário e amigo Álvaro Gomes e Orival Pessini. Pessini fazia o personagem Fofão na tv e Terry compôs e produziu os discos do personagem além dos trabalhos da editora.

Participou junto com Neil Bernardes do festival Agroceres exibido pela Rede Bandeirantes com a Canção Coração Caipira que ficou em 1º lugar. Neil Bernardes gravou esta música em seu disco solo.

Chico Valente e Neil Bernardes tem sua última apresentação juntos nos festivais Rimula, patrocinados pela Shell e exibidos no SBT com apresentação do Gugu Liberato. No primeiro festival, a canção Chão Vermelho (que representa um protesto em defesa do homem do campo e do mundo) fica entre as 10 melhores e vai para o LP do festival. No segundo, a canção Sinfonia Sertaneja (que fala harmonia da natureza e toda a sua beleza) é apresentada apenas por Neil Bernardes que ganha como Melhor Intérprete, onde a emoção pela falta do parceiro tornou mágica sua interpretação. A canção fica em 1º lugar e ambos ganham uma Picape como prêmio.

Como estava fora da mídia há algum tempo, Terry estava dedicado a novas composições e mantinha negociações com uma gravadora. Estava mesmo muito ansioso para voltar a fazer parte do que mais gostava. Apesar de muito trabalho fora das câmeras sentia falta do sucesso.
 
 
 
Sofria desde criança de bronquite asmática e durante a vida toda foi muitas vezes socorrido e cuidado por sua esposa Miriam.

Em 1998, andava muito ansioso e as crises voltaram a ficar freqüentes. Numa manhã de agosto de 1998 passou mal e com a demora na chegada do resgate, ele sofreu um derrame.

Por volta da seis horas da manhã foi levado para o pronto socorro do Butantã, e de lá foi transferido para hospital do Jabaquara, onde ficou internado na unidade de terapia intensiva. As perspectivas de recuperação eram boas e o médico que o assistia garantiu que em dois meses ele estaria saindo do hospital. Terry só permitiu a visita de seus familiares.

Após 32 dias de internação, contraiu inesperadamente uma pneumonia e veio a falecer em 22 de setembro, aos 57 anos. Foi sepultado em 23 de setembro de 1998 no cemitério Campo Grande, no bairro de Interlagos.

Thomas William Standen foi um homem honesto, excessivamente generoso, amigo, profissional, talentoso, um ótimo pai para seus quatro filhos e um excelente marido.

Uma revoada de pássaros prestou sua última homenagem a este verdadeiro artista e abriu para ele as portas do céu.

Baseado na biografia de Terry Winter, contado por sua filha Shareenne a quem agradecemos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

THE BEATLES - 50 ANOS DE "LOVE ME DO"


Edição Espanhola do EP (Odeon DSOE 16.574 - 1962

Liverpool celebrará 50 anos de 'Love me do', primeiro single dos Beatles.
A cidade britânica fará diversos eventos para homenagear o quarteto.
A principal comemoração será realizada no dia 5 de outubro, a mesma data em que "Love me do" chegou ao mercado.
"Love Me Do" é o nome de uma canção dos Beatles escrita por Lennon/McCartney. A canção é essencialmente de Paul McCartney que a escreveu entre 1958/59 na sua escola. John Lennon também participou nela. A faixa foi gravada em 6 de junho de 1962 no estúdio Abbey Road.
A canção foi a primeira a ser lançada pelos Beatles em forma de single, cujo lado B trazia a canção "P.S. I Love You", no dia 5 de outubro de 1962. O single atingiu a posição 17 nas paradas de sucesso do Reino Unido e quando foi reeditada atingiu o quarto lugar. Nos Estados Unidos, o single atingiu o primeiro lugar em 1964.

Gravações:
"Love me do" foi gravada em três diferentes vezes e com três bateristas diferentes:
A primeira gravação foi feita em 6 de junho de 1962 com Pete Best, como parte da audição feita na Abbey Road Studios e foi lançada no álbum Anthology 1.
A segunda em 4 de setembro do mesmo ano com Ringo Starr na bateria. O produtor George Martin não aprovou a bateria de Pete Best. Esta versão foi lançada no álbum Past Masters, Volume One e One.

A terceira em 11 de setembro/62 com Andy White na bateria e Ringo tocando tamborim e foi lançada no álbum "Please Please Me".


Etiqueta do single da Parlophone, 1962.
A primeira edição do single, entretanto, trazia a versão de Ringo Starr. para a reedição do single feita em 1976 e a edição comemorativa dos 20 anos de lançamento em 1982 foi usada a versão de Andy White. A versão de Pete Best ficou inédita até 1995, quando foi incluída no álbum Anthology 1.
"Love Me Do", com Ringo na bateria, também foi regravada oito vezes durante os programas de rádio da BBC (Here We Go, Talent Spot, Saturday Club, Side By Side, Pop Go The Beatles e Easy Beat) entre outubro de 1962 e outubro de 1963. A versão que foi gravada no dia 10 de julho de 1963 e foi para o ar no dia 23 de julho, no programa Pop Go The Beatles, pode ser ouvida no álbum Live at the BBC. Os Beatles ainda a tocaram ao vivo no programa de rádio no dia 20 de fevereiro de 1963, chamado Parade of the Pops, também da BBC.
Em 1969, durante a gravação do álbum Let It Be, os Beatles tocaram uma versão mais lenta da canção. Esta versão está presente em álbuns bootlegs.

Outras versões

"Love Me Do" foi regravada por muitos outros artistas entre eles, Sandie Shaw em 1969, Ringo Starr no álbum solo de 1998 Vertical Man, Emmerson Nogueira em 2004 e David Bowie que a cantou na tournê de Ziggy Stardust.
 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

THE SUNSHINES




The Sunshines foi uma banda da Jovem Guarda e iniciaram a sua carreira com os dois irmãos João Augusto Soares Brandão Neto conhecido como Guty e Geraldo Brandão (filhos do comediante Brandão Filho) que já cantavam juntos todo o repertório dos Everly Brothers desde crianças e ainda com o Walter Davila Filho (filho do comediante Walter Davila). Isso ocorreu em 1964 e com esta formação (Walter na guitarra solo, Geraldo na viola ritmo e vocal e o Guty vocalista) chegaram a fazer alguns programas na TV Excelsior. Ainda em 64, entraram para o grupo, o Rakami, baixista, primo do Walter e em seguida, o Dândalo, baterista e dessa forma foi criada a primeira formação completa e original. Em 1965 o baterista da banda saiu entrando Sérgio que permaneceu até ao seu final.
 
The Sunshines,estreou em 1966 pela editora independente Rio, com um LP sem título e que trazia boas versões de clássicos dos Beatles. O disco não fez grande sucesso mas a CBS ficou de olho neles, para lançar pela Etiqueta/Selo Epic e que seria dirigida por Jairo Pires. Leno produziu para eles “O Último Trem”, versão do sucesso “Last Train To Clarksville” (The Monkees), que fez muito sucesso e vendeu bastante bem, o que veio a consagrar eTsse excelente LP produzido por Jairo Pires e lançado no Inverno de 67.
The Sunshines lançariam mais compactos pela CBS até ao final de 1968, quando por fim se separaram e quando a Jovem Guarda acabou, e com ela a carreira de diversos grupos pela gravadora do “Rei”.
O vocalista Guty veio a falecer em 1992.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

MAIZENA - CONHEÇA A ORIGEM

“Maizena faz mais do que você imagina”. Desde sua estréia no País, a famosa caixa amarela é aliada das donas-de-casa no preparo de alimentos. Gerações foram criadas com os mingaus, biscoitos, doces e molhos à base dessa fina farinha. De tão popular, a marca virou sinônimo de amido de milho. Versátil, barata e nutritiva, Maizena tem uma longa relação de intimidade e confiança com as mulheres brasileiras, em um percurso curioso que começa na lavanderia. Conheça um pouco dessa história de mais de 130 anos.
 
 
A história
 
Inglaterra, 1840. A indústria têxtil estava a todo o vapor e, para encorpar os tecidos recém-saídos dos teares, era aplicada goma feita com farinha de milho. Os resultados com o pó grosseiro, no entanto, estavam longe do ideal. Dois ingleses, William Brown e John Polson, decidiram aprimorar o produto para atender à demanda das fábricas que se multiplicavam pelas ilhas britânicas. Fundaram uma refinaria e chegaram a um processo que resultava em um amido excelente para as tecelagens e lavanderias domésticas. Com um pouco mais de apuro, transformava-se até em alimento, lançado no mercado como farinha de milho Brown & Polson. Eles foram os pioneiros. Estados Unidos, 1842. Do outro lado do Atlântico, Thomas Kingsford passava por situação semelhante à de seus conterrâneos. Funcionário de uma refinaria de milho ele quebrava a cabeça para encontrar um processo mais simples de extração de amido. Suas experiências deram tão certo que alguns anos depois ele abriu uma fábrica para produzir farinha do seu jeito. O amido de milho Kingsford servia, a princípio, às indústrias que precisavam de goma. Mas a invenção era boa demais para ter somente essa função. Kingsford sabia disso e começou a produzir amido para o setor de alimentos.
Estados Unidos, 1854. Wright Duryea pediu demissão e abriu um negócio. Deixou o emprego de encarregado de manutenção da fábrica de Kingsford e fundou a mais nova concorrente do antigo chefe: a Fábrica de Amido Rio Oswego. Dois anos depois, Duryea recrutou a família para ampliar os negócios e criar a Companhia Produtora de Amido Duryea. Seu carro-chefe era MAIZENA, um amido para uso doméstico, culinário inclusive, embora na época, o produto ainda fosse mais popular na lavanderia. A caixa amarela fez sucesso entre as donas-de-casa de americanas, ganhou prêmios de qualidade e, em 1859, começou a ser exportada para a Europa. Em 1906, as empresas de Duryea e Kingsford passaram a integrar o grupo norte-americano Corn Products Refining Company, mais tarde conhecido apenas como Corn Products Company (CPC).


Brasil, 1874. As mercearias, como eram conhecidos os supermercados na época, pareciam mais feiras. Produtos como arroz e feijão eram dispostos em sacos e vendidos a granel. O surgimento de caixinhas amarelas entre pilhas de batatas e tomates causou impressão nas donas-de-casa brasileiras. A novidade atendia por MAIZENA e era multiuso. Servia para engrossar caldos, dava um bom mingau, substituía a farinha de trigo no preparo de bolos e, na falta de goma, deixava as camisas perfeitas. O sucesso era inevitável. MAIZENA entrou no cardápio de restaurantes, nos livros de culinária e nas receitas passadas de mãe para filha, vizinha a vizinha, geração a geração.
 
No começo do século XX, a empresa Corn Products Company instituiu uma campanha para aumentar o uso de MAIZENA fora das cozinhas domésticas. Padeiros e fabricantes de biscoitos foram estimulados a empregar o amido de milho da marca em receitas, em substituição à farinha de trigo. Uma das invenções caiu nas graças do povo. Era a bolacha Maizena, mais leve e crocante do que os biscoitos comuns. No início, o nome dos quitutes estava vinculado à compra do amido fornecido pela CPC. Mas a popularização das receitas fugiu ao controle e o biscoitinho começou a ser produzido nos quatro cantos do país, mesmo sem levar o amido original entre os ingredientes.

Foi esse cenário de confiança que o engenheiro L. E. Miner encontrou ao chegar ao Brasil em 1927. Representante da CPC, ele dirigiu-se a São Paulo para analisar o mercado local. Até então, MAIZENA era produzida nos Estados Unidos e apenas embalada no Brasil. Ele precisava descobrir se era viável abrir uma fábrica de amido de milho por aqui. Não precisou de muito tempo para tomar a decisão. Três anos depois, a Refinações de Milho Brasil (RMB), subsidiária da CPC, começava a funcionar na capital paulista. Na década de 30, com a fundação da primeira fábrica da marca no Brasil, a CPC tentou proibir o uso do nome MAIZENA em produtos que não a contivessem. Mas o período para uma reclamação legal havia expirado e o biscoito, já bastante popular, ficou com o nome. Durante a Segunda Guerra Mundial, o produto usado pelas donas de casa passou a ser procurado também pelos padeiros por causa da falta do trigo, que era importado. A solução foi usar a MAIZENA para fazer o pão.
A origem do nome

O amido de Duryea foi batizado de MAIZENA em referência à palavra maíz, que significa “milho” em espanhol. Embora cada região das Américas adotasse um nome para o cereal, o termo empregado pelas tribos sioux e iroquês, habitantes do sul dos Estados Unidos de hoje, foi o preferido pela Espanha para designar as espigas levadas por Cristóvão Colombo. A mesma inspiração seria usada na embalagem de maizena. A caixa amarela remete aos grãos, enquanto a ilustração, feita com caneta de bico de pena, representa uma tribo norte-americana extraindo amido, relembrando assim seus antecessores na produção de farinha de milho. Em sua longa existência, a caixa passou por poucas mudanças. O nome MAIZENA é tão popular que ganhou lugar nos dicionários da Língua Portuguesa. Aportuguesada a marca virou maisena, sem o Z.

A tradicional embalagem amarela sofreu pouquíssimas alterações ao longo das décadas, e apesar disso, MAIZENA continua um sucesso de vendas. A conhecida cena dos índios Sioux extraindo amido do milho, num desenho em bico de pena, permanece intocável na nova caixa do produto. Este desenho compõe a embalagem de MAIZENA desde a sua introdução. Em 2005 passou a conter receitas saudáveis e informações sobre nutrição.