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sábado, 14 de julho de 2012

DENISE BARRETO


Denise Barreto, carioca de Jacarepaguá, iniciou cedo a sua carreira artística. Após ganhar o título de Favorita da Juventude num concurso de TV, Denise foi lançada como cover assumida de Rita Pavone - cantora que exercia forte influência entre as cantoras jovens na época - chegando a ser chamada de "Rita Pavone brasileira". Foi levada à RCA Victor em 1965 pelas mãos de José Messias, e lançou Na Minha Idade (versão para o original Alla mia etá de Rita Pavone, assinada por Erasmo Carlos). Porém foi em 1966 com o segundo disco que o sucesso aconteceu com Supercalifragilistic (também de Rita Pavone),. Em seguida viria Meu boletim, que alcançou grande índice de execução e vendas em todo o país, ainda surgiu com Chato e atrevido, Sol demais, Aleluia, Garota Astronauta. Participou ativamente do movimento Jovem Guarda, encerrou a carreira artística em 1969, deixando uma importante contribuição para a primeira fase do rock brasileiro.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

DIA INTERNACIONAL DO ROCK

13 de julho - Dia internacional do Rock

Mas porque 13 de julho? Foi no dia 13 de julho de 1985 que um cara chamado Bob Geldof, vocalista da banda Boomtown Rats, organizou aquele que foi sem dúvida o maior show de rock da Terra, o Live Aid - uma perfeita combinação de artistas lendários da história da pop music e do rock mundial.

Além de contar com nomes de peso da música internacional, o Live Aid tinha um teor mais elevado, que era a tentativa nobre de conseguir fundos para que a miséria e a fome na África pudessem ser pelo menos minimizadas. Dois shows foram realizados, sendo um no lendário Wembley Stadium de Londres (Inglaterra) e outro no não menos lendário JFK Stadium na Filadélfia (EUA).

Os shows traziam um elenco de megastars, como Paul McCartney, The Who, Elton John, Boomtown Rats, Adam Ant, Ultavox, Elvis Costello, Black Sabbath, Run DMC, Sting, Brian Adams, U2, Dire Straits, David Bowie, The Pretenders, The Who, Santana, Madona, Eric Clapton, Led Zeppelin, Duran Duran, Bob Dylan, Lionel Ritchie, Rolling Stones, Queen, The Cars, The Four Tops, Beach Boys, entre outros, alcançando uma audiência pela TV de cerca de 2 bilhões de telespectadores em todo planeta, em cerca de 140 paises. Ao contrário do festival Woodstock (tanto o 1 como o 2), o Live Aid conseguiu tocar não somente os bolsos e as mentes das pessoas, mas também os corações.

No show da Filadélfia, Joan Baez abriu o evento executando "Amazing Grace", com cerca de 101 mil pessoas cantando em coro o trecho "eu estava perdido e agora me encontrei, eu estava cego e agora consigo ver". Este show marcou também a única reunião dos tres sobreviventes da banda Led Zeppelin, Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones, com a presença ilustre de Phil Collins na bateria.

No final deste show, Mick Jagger e Tina Turner juntos, cantando "State of Shock" e"It's only Rock and Roll", com Daryl Hall, John Oates e os ex-integrantes dos Temptations, David Ruffin e Eddie Kendrichs fazendo os backing vocals. Foi realmente um momento único na história do ROCK!

O Live Aid conseguiu em 16 horas de show acumular cerca de 100 milhões de dólares, totalmente destinados ao povo faminto e miserável da África. Isso é a cara do ROCK AND ROLL.

Tina Turner e Mick Jagger
Paul McCartney e Elton John



Robert Plant e Jimmy Page (Led Zeppelin)
Pete Towshend (The Who)

quinta-feira, 12 de julho de 2012

BONANZA - UM CLÁSSICO DO WESTERN


O seriado de western Bonanza foi exibido na TV americana NBC, de 12 de setembro de 1959 até 16 de janeiro de 1973. Colorido, co-patrocinado pela fábrica de TVs RCA, um dos braços da NBC e também pela Chevrolet. Tornou-se um dos maiores sucessos da TV de todos os tempos e no gênero somente o seriado Gunsmoke o igualou em popularidade e longevidade.
Narra a saga do rancheiro viúvo Ben Cartwright (Lorne Greene), um homem de propósitos, e de seus três filhos (de mães diferentes), na defesa de seu rancho Ponderosa em Nevada. Além de Greene, outro ator da série que fez bastante sucesso foi Michael Landon (que depois estrelaria os seriados Os pioneiros e O Homem que veio do céu, 1984-1989).Lorne Greene também apareceria em outras séries, como Battlestar Galactica.
O filme piloto foi escrito por David Dortort, também produtor da série. Dortort criaria outras séries e filmes de TV similares como The Restless GunThe High Chaparral,The Cowboys, e a prequela de Bonanza, chamada Ponderosa.
Com personagens bastante humanizados, Bonanza conquistou fãs ao redor do mundo todo com suas histórias de bravura, honradez e coragem no Velho Oeste. Apesar do seu grande êxito, pelo menos no Brasil o seriado quase não foi reprisado provavelmente devido ao declínio do gênero western.Atualmente seus episódios têm sido lançados em DVD,para deleite de velhos fãs. Em 2009 o canal Rede Brasil de Televisão Começa a exibir a serie e em 2010 o canal a cabo TCM tambem passou a exibir o seriado.
O também famoso tema musical de Bonanza, foi criado por Jay Livingston e Ray Evans. O conhecido cantor country Johnny Cash regravou uma versão em seu álbum "Ring of Fire: The Best of Johnny Cash", de 1963. A canção teve novos arranjos em 1968 e nova versão em 1970. No período de 1970-1972 foi usada uma nova canção como tema.


As histórias se baseam nas aventuras da família Cartwright do viúvo Ben Cartwright e de seus três filhos: Adam Cartwright, o arquiteto da casa onde eles moram; o amável e gigantesco Eric, mais conhecido pelo apelido de "Hoss"; e o caçula impetuoso Joseph ou "Little Joe". A medida que a série avança,nos episódios não aparecem sempre todos. A família tem como cozinheiro o imigrante chinês Hop Sing.
A família vive no rancho "Ponderosa", em Lake Tahoe, Nevada. Próximo do rancho fica a cidade de Virginia City (Nevada), onde eles se encontram com o xerife Roy Coffee e seu auxiliar Clem Foster.

terça-feira, 10 de julho de 2012

ROLLING STONES COMPLETAM 50 ANOS DE CARREIRA

UM DOS GRUPOS DE ROCK MAIS ANTIGOS AINDA EM ATIVIDADE, ESTÁ CELEBRANDO 50 ANOS DE CARREIRA DESDE SUA ESTRÉIA EM 12 DE JULHO DE 1962 AINDA EMOCIONANDO MULTIDÕES.



O número 165 de Oxford Street em Londres, local do clube do início da carreira, está bem diferente, mas os Rolling Stones continuam apaixonando multidões, 50 anos depois do primeiro show e de uma trajetória revolucionária no mundo do rock & roll.

Uma agência bancária está no local da grande avenida comercial londrina que era ocupado pelo Marquee Club, onde em 12 de julho de 1962 um novo grupo formado por Brian Jones, Mick Jagger, Keith Richards e outros três músicos deu seus primeiros passos em um palco.

Jagger e Richards, amigos de infância, tinham então 19 anos, e Brian Jones, que morreu tragicamente afogado em uma piscina em 1969, 20.

Reis da provocação, que nos anos seguintes passaram a contar com Bill Wyman e Charlie Watts, não podiam imaginar que se tornariam uma referência para gerações de músicos e venderiam mais de 200 milhões de álbuns, com direito a clássicos como "(I Can't Get No) Satisfaction" e "Jumpin' Jack Flash".

"Começamos como um grupo de blues, tocando em clubes, e nos vimos lotando os maiores estádios do mundo com o tipo de espetáculo que nenhum de nós teria imaginado no início", afirma uma nota publicada em março no site oficial do grupo, um resumo de "50 anos fantásticos".

O grupo, que alcançou o apogeu artístico entre o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970 com álbuns "Beggars' Banquet", "Sticky Fingers" e "Exile on Main Street", superou crises, abuso de drogas e mudanças em sua formação.

O sinal de que a popularidade dos Stones permanece alta é comprovado pelas especulações sobre um possível show para celebrar o 50º aniversário.

A revista Rolling Stone, que como o grupo tem o nome de uma canção da lenda do blues Muddy Waters, informou que a possibilidade da apresentação é grande.

E, com a reunião dos Rolling Stones para os primeiros ensaios em cinco anos, começam os boatos sobre uma turnê no próximo ano. A última série de apresentações aconteceu de 2005 a 2007, para promover o último álbum de estúdio da banda, "A Bigger Bang".

"Para 2012 não estamos prontos", declarou Keith Richards em março, antes de afirmar que 2013 era uma data mais realista.

Mick Jagger também negou uma apresentação nos Jogos Olímpicos de Londres, que começam em 27 de julho.

"Não tocaremos nos Jogos Olímpicos, mas tenho vontade de assistir ao evento como todos!", escreveu no mês passado em sua conta no Twitter.

Para celebrar meio século de carreira, os fãs poderão visitar uma exposição de fotos do grupo que será aberta ao público na quinta-feira na Somerset House de Londres, "The Rolling Stones: 50". Além disso, será lançado um livro de mesmo nome.

Um documentário sobre a agitada história do grupo deve chegar aos cinemas em setembro.

Será uma nova oportunidade de abordar a tensa relação da dupla central formada pelo carismático vocalista Jagger e pelo turbulento guitarrista Richards, famoso por seus geniais 'riffs' e por histórias lendárias de abusos das drogas.

A divergência ressurgiu em 2010 com a publicação da autobiografia de Keith Richards, que, entre outras alfinetadas, criticou Jagger por ter aceitado um título de nobreza da rainha Elizabeth II.

Em um trecho do livro, Richards chama Jagger ironicamente de "Sua Majestade".


O INÍCIO

Os maiores rivais dos Beatles, os Rolling Stones são um dos principais grupos britânicos que conseguiram se tornar bem sucedidos nos Estados Unidos abrindo as portas para a famosa “Invasão Britânica” nos anos 60.  Ganhou o status de a Maior Banda de Rock and Roll do ‘Rock and Roll Hall of Fame’. Esses adjetivos são apenas uma introdução de uma das bandas mais proeminentes da história da música. 50 anos de atividade e de muito sucesso. 

Em 1950, Mick Jagger e Keith Richards eram amigos de infância e estudavam juntos em Wentworth Primary School em Dartford até suas familias se mudarem. Depois de se encontrarem em um trem no caminho para a faculdade ambos conversaram sobre a grande amizade que eles tinham e o quanto eles adoravam Chuck Berry e Muddy Waters quando descobriram interessados em formar uma banda até mesmo para ter um motivo para continuarem amigos.
Então eles formaram sua primeira banda chamada Blues Incorporated, a proposta era fazer um som R&B com o toque londrino. Passaram pelo Blues Incorporated dois futuros membros dos Stones: Ian Stewart e Charlie Watts. Alguns desentendimentos com o estilo da banda levaram a deserção de alguns membros do Blues Incorporated.  Em Junho de 1962, a banda era formada por Jagger, Jones, Richards, Stewart e Tony Chapman. A Blue Incorporated estava morrendo e outra banda estava nascendo Os Rolling Stones. O nome “The Rolling Stones” surgiu de maneira inusitada. Segundo Keith Richards, o nome surgiu quando Jones falava ao telefone com produtores do Jazz News. Quando foi perguntado qual era o nome da banda ele olhou para o chão e viu um LP de Muddy Waters que tinha uma música chamada: “Rollin’ Stones”.

domingo, 8 de julho de 2012

O JEANS, SUA HISTÓRIA E SUCESSO

A calça jeans completou 139 anos no dia 22 de maio de 2012, mas quase ninguém sabe da história da peça preferida por grande parte da população mundial.
De onde vem o nome jeans? A palavra surgiu de genes, nome das calças que os marinheiros de Gênova usavam em 1567, mas a história da calça jeans começa mesmo em 1850, quando o imigrante alemão Levi Strauss, em conjunto com Jacob Davis, decidiu criar uma roupa resistente para os trabalhadores das minas americanas a partir da lona que era usada para cobrir as carruagens. Strauss confeccionou duas ou três peças reforçadas com o tecido e disponibilizou-as aos mineradores.

Em 1860, Strauss substitui a lona pela sarja de Nîmes, tecido francês de resistência similar, na cor azul, que deu origem ao nome denim. Em prol da resistência, em 1873 Jacobs sugeriu que as costuras das calças fossem reforçadas com rebites. O sucesso foi estrondoso e os dois patentearam a novidade.

A consagração da calça jeans veio com o filme Juventude Transviada, com James Dean vestindo jeans surrados e descorados. Hoje, as variações da peça são inúmeras e estão sempre presentes no guarda-roupa de homens, mulheres e até de crianças.

HISTÓRIA

Durante o século XIX, acontecia nos Estados Unidos a corrida pelo ouro. Os mineradores trabalhavam incessantemente, sujeitos a todo tipo de situação, e precisavam de roupas que fossem resistentes o suficiente para o trabalho pesado nas minas. Em 1853, o jovem Levi Strauss, um judeu alemão, foi ao velho oeste americano vender lona para cobrir as carroças dos mineradores, mas devido à saturação do mercado, seus produtos começaram a se acumular nas prateleiras. Ao observar o trabalho dos mineradores, percebeu que suas roupas não resistiam ao trabalho pesado, e que eles necessitavam de algo mais durável para a atividade que exerciam. Ao notar o que acontecia, sem perder tempo, Levi Strauss levou um dos trabalhadores a um alfaiate, e com o tecido que não conseguia vender, confeccionou uma calça para ele, na cor marrom.

Logo, as calças feitas com a lona se espalharam entre os mineradores. No entanto, esse material era muito rígido e desconfortável, o que fez Strauss buscar um tecido de igual resistência, porém, mais flexível. O tecido de algodão sarjado, uma espécie de brim, vinha da região de Nîmes, na França e era utilizado pelos marinheiros genoveses. Do seu local de origem, veio o nome denim, “de Nîmes”. A cor azul do tecido veio só depois, quando Levi Strauss decidiu tingir as peças com o corante de uma planta chamada Indigus, dando a cor pela qual o jeans é hoje conhecido. Em parceria com seus irmãos e cunhados fundou a Levi Strauss & Co.

Em 1872, o então fabricante de capas para eqüinos, Jacob Davis, escreveu uma carta para Strauss, dizendo que, com o tempo e o peso das pepitas de ouro, os bolsos das calças dos mineradores começavam a cair. Propôs, então, uma solução: unir os bolsos às calças com o mesmo tipo de rebite de metal que se utilizava nas correias dos cavalos. Entretanto, Davis queria a patente da idéia, que foi paga por Strauss. A partir daí, os dois se juntaram em uma próspera sociedade na produção das calças de denim.

O primeiro lote de calças tinha como código o número 501, que nomeou o clássico e mais famoso modelo da Levi’s. Aos poucos, as calças jeans foram sendo aprimoradas. Em 1860 foram adicionados os botões de metal. Em 1886, veio a etiqueta de couro presa ao cós da calça. A cor índigo, pela qual o jeans é conhecido hoje, só apareceu por volta de 1890. Foi mais uma estratégia de Strauss para transformar a sua criação em uma peça mais atraente. Os bolsos traseiros só foram inseridos em 1910.

O jeans começou a se popularizar na década de 30, quando, usado pelos cowboys norte-americanos, quando apareceu em filmes que retratavam o clima western, que se tornou moda. Durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados norte-americanos usavam uniformes confeccionados com o tecido, dando ao denim uma imagem de virilidade. Após a vitória dos Aliados, o jeans se espalhou pelo continente Europeu.

O denim atravessou o século XX, se transformando no artigo de moda mais democrático e popular existente. Na década de 40, os cowboys do asfalto montavam suas motos Harley-Davidson trajando o jeans. Mas foi na década de 50 que o jeans se transformou em símbolo de rebeldia, quando, no filme Juventude Transviada, o ator James Dean, no papel do jovem e rebelde Jim Stark, apareceu usando a combinação clássica: calça jeans e camiseta branca. Além de Dean, Marlon Brando e Elvis Presley contribuíram para que o artigo se disseminasse entre os jovens da época, que teve sua imagem intrinsecamente ao rock. A imagem rebelde do jeans se tornou tão forte, que o traje passou a ser proibido nas escolas e em lugares como cinemas e restaurantes. Logo depois, novas modelos, como Marylin Monroe, usavam o jeans com um apelo sensual.

Depois de James Dean e Marlon Brando, vieram os Beatles, Bob Dylan e Jimi Hendrix, e o jeans continuou se colocando como peça principal do visual jovem. Na década de 70, com a guerra do Vietnã, surgia um novo grupo, cujos ideais eram baseados na busca pela paz. Os hippies americanos adotaram o jeans como peça essencial do visual largado, e mais uma vez ele se tornou parte de uma cultura jovem. Foram os hippies que introduziram a idéia de customização das peças, feita por meios artesanais, que logo entrou em processos industriais. Ele havia entrado de vez para o vestuário, como uma peça funcional e barata, sempre ligado a um símbolo de juventude. Na mesma época o jeans inicia sua globalização e se insere na indústria européia, que transformou a aprimorou o design e o acabamento, se tornando grande referência na produção do artigo na indústria da moda. Levi’s, Lee e Mustang se consagravam como marcas de grande nome no segmento.

A primeira vez que o jeans subiu nas passarelas foi ainda nos anos 70, durante uma apresentação de Calvin Klein. O estilista foi bastante criticado pelos mais conservadores, que não imaginavam o que se tornaria aquele artigo. A campanha publicitária da grife colocava a jovem Brooke Shields trajando uma calça jeans, e então, a seguinte frase: “Você sabe o que há entre mim e a minha Calvin? Nada”.Desde então, a Clavin Klein estabelece campanhas ousadas e polêmicas. Aos poucos, muitos estilistas importantes adotaram o jeans, por perceberem que se tratava de uma peça simples e de expressão. Na década de 80, as pessoas começaram a desejar mais criatividade na hora de se vestir, e o jeans havia se consolidado como uma peça de estilo autêntico, se fortalecendo como moda casual.

O jeans atravessou o século XX sofrendo incessantes transformações, resistindo às tendências e modismos, propagando estilos e comportamentos e se tornando o maior fenômeno já visto na história da moda, um acontecimento sem precedentes. O jeans transcende a moda, e talvez já não possa ser denominado como tal; está acima dela, pois, embora sofra alterações ao longo do tempo, ele permanece, vestindo homens, mulheres e crianças, há 150 anos.


Resistente, porém nada confortáveis!

Por ser uma peça usada principalmente por trabalhadores braçais o jeans (que na época nem era chamado dessa forma) não era lá muito confortável. As calças produzidas nesse material eram resistentes, no entanto, não possuíam nenhum atrativo adicional para os clientes, não tinham estilo, conforto ou beleza.

De olho no mercado crescente, Strauss novamente resolveu procurar um novo tecido tão resistente quanto a lona, mas mais maleável. Assim, foi a Nîmes, na França, e voltou com um tecido semelhante a uma sarja bem trançada, de algodão. As pessoas o conheciam como “aquele tecido de Nîmes”, que após anos sendo pronunciado de forma errada se tornou Denim.


Mas afinal por que Jean?

Os marinheiros genoveses chamavam suas calças de trabalho de “genes” que era uma espécie de abreviação de Genova, cidade portuária italiana. E ao falar “Genes”, com o forte sotaque italiano, acabou se tornando “jeans” e assim se espalhou pelo mundo.


Inovações no design

Em 1872, Jacob Davis, um fabricante de capas para eqüinos, escreveu a Levis falando que os usuários estavam tendo problemas com os bolsos das calças, que invariavelmente soltava conforme o uso. E apontava uma solução: prender os bolsos com os mesmos rebites que eram usados nas correias para cavalos. A idéia não saiu de graça, e a partir de então Davis se tornaria sócio de Strauss.

O primeiro modelo com essa inovação recebeu o código 501, originando dessa forma o nome do mais famoso modelo da Levi´s. Aos poucos outros detalhes foram sendo incorporados a peça como os botões metálicos (a partir de 1860) , os pespontos em cor laranja e a etiqueta em couro no cós ( em 1886). Já a cor índigo, provavelmente a característica principal do jeans, apareceria apenas em 1890. A idéia viria de Strauss, que provavelmente pensando no apelo visual que uma cor diferenciada daria a suas peças, resolveu tingir o brim cru com o corante forte proveniente de uma plantinha indiana capaz de dar ao tecido um tom natural. Esse corante dava uma cor inicialmente verde as peças, mas com a exposição ao sol se tornava azul, cor que ficaria conhecida universalmente como “Indigo Azul”.

Antes dos anos 80 o jeans ainda era muito desconfortável, pois chegavam ao consumidores sem nenhuma lavagem e engomado. Esse desconforto só desaparecia após algumas lavagens domésticas.

Foi justamente nessa época que as lavanderias industriais surgiram, e essas passaram a ser responsável por desengomarem e amaciam o Jeans proporcionando um toque diferenciado. Com a criação do “stone wash”, nome conferido ao uso de pedras no processo, as calças passaram a ter um efeito envelhecido, permitindo assim criar vários tons de azul. Jeans claros e escuros, pela primeira vez, andavam lado a lado nas ruas.

Passou-se a época que o jeans era apenas encontrado em variações de azul. A tecnologia no tratamento do jeans não para de evoluir e atualmente o tecido não é mais trabalhado na lavanderia apenas na estonagem. Pode-se também dar a ele vários aspectos como efeito marmorizado, desbote em negativo, dirty (manchados), destroyed (destruídos), delavê (esbranquiçado), used (usado), e até imitar madeira e pele de animal.

O Jeans nunca esteve tão na moda e tão versátil como agora. E se nossos objetos pudessem falar, concerteza o nosso querido jeans seria o que mais teria histórias para contar. Afinal durante os 158 anos de sua existência ele passou por várias transformações de formas e significados. Já foi roupa de minerador, operário, soldado, rebelde, e hoje é usada por todos sem distinção de classe social ou idade.


. Foto:hippies, o Jeans anos 50
Os hippies e o uso do jeans







quinta-feira, 5 de julho de 2012

DKW WEMAG - ORGULHO NACIONAL


A Vemag S.A. – Veículos e Máquinas Agrícolas era uma empresa brasileira do Grupo Novo Mundo que fabricava o DKW sob licença da Auto Union GmbH, de Düsseldorf, Alemanha. Foi o primeiro automóvel nacional de fato, já que de direito o crédito de pioneira cabe à Indústrias Romi, que em setembro de 1956 lançou o Romi-Isetta, dois meses antes de a Vemag apresentar a perua DKW Universal.
No seu tempo, a Vemag era um verdadeiro orgulho nacional, semelhante ao que ocorre hoje com a Embraer. Era uma fábrica de verdade, pujante, em que os destaques eram a ala de prensas, a ferramentaria e um produto ao mesmo tempo peculiar e sensacional.
               
O DKW-Vemag trazia uma imagem de robustez e engenhosidade desde o tempo em que era importado, nos anos anteriores à Segunda Guerra Mundial. Carro pequeno, seu motor de dois tempos sempre impressionou pelo bom desempenho com baixo consumo. Ao ruído característico do motor juntavam-se a peculiar alavanca de câmbio que saía do painel de instrumentos e uma solução no mínimo audaciosa, o dínamo e motor de partida conjugados, chamado Dynastart. O sistema era tão avançado que decorreriam 70 anos até que outro fabricante adotasse solução semelhante: a Citroën anunciou em agosto de 2004 a produção do modelo C3 com uma solução semelhante, o alternoarranque.
SUCESSO IMEDIATO
Por isso, quando começou a ser comercializado no Brasil, o sucesso do DKW-Vemag foi imediato. Mesmo que se tratasse, no começo, da série F-91, uma perua pequena e estreita, que na verdade seria apresentada no Salão de Berlim de 1940, que a guerra fez cancelar. Portanto, era um tanto fora de época. Foi produzida durante praticamente todo o ano de 1957.
 
No ano seguinte foi lançada a série F-94, tanto a versão perua quanto a novidade absoluta, o sedan de quatro portas.
  
O Presidente Juscelino Kubitscheck inaugura a linha de produção da Vemag-DKW e a frota nas ruas = orgulho nacional !
        
       
Entraria em produção também o jipe DKW-Vemag "Candango", um 4x4 de excepcional capacidade para trafegar fora da estrada.
  
Em 1959 o motor tricilíndrico de 896 cm3 e 38 cv dava ao lugar ao 1000 (980 cm3) de 44 cv, e partir daí o DKW-Vemag conquistou definitivamente seu espaço no mercado brasileiro e seu prestígio atingia níveis inimagináveis, tornando-se o sonho de consumo para os que queriam sair do Fusca.
              

terça-feira, 3 de julho de 2012

THE FEVERS - 48 anos de Sucesso

O grupo vocal e instrumental The Fevers foi constituído em 1964, no Rio de Janeiro, com a denominação inicial “The Fenders”, inspirado na marca da guitarra Fender. Em virtude de já existir um grupo homónimo, resolveram alterar o nome em 1965. O novo nome, “The Fevers”, foi inspirado na música Fever, de Elvis Presley.
A primeira formação era composta por Almir F. Bezerra (guitarra e vocal), Liebert F. Pinto (contrabaixo), Lécio do Nascimento (bateria), Pedro da Luz E. Souza (guitarra solo), Cleudir T. Borges (teclados) e o vocalista Jimmy Cruise. Em 1965, foi incluído o saxofonista Miguel Plopschi. Posteriormente novos integrantes passaram pela banda, tais como: Luiz Cláudio – 1969 (guitarra e vocal), Augusto Cesar – 1977 (guitarra), Michael Sullivan – 1979 (guitarra e vocal). Além desses, outros também participaram ao longo do tempo, tais como, Otávio Henrique da Silva Monteiro, Luis Claudio Elbert de Castro, José do Patrocínio Amaral , o Rama e Miguel Angelo Pereira.
Os seus primeiros três discos foram compactos simples, lançados pela gravadora Philips. Posteriormente passaram pela EMI-Odeon, onde gravaram a maioria dos discos, no período de 1966 a 1984 e RCA (a partir de 1985). É uma das bandas de maior longevidade da música pop brasileira, estando ainda em atividade, principalmente nos centros do norte e nordeste. Também acompanharam as gravações de inúmeros músicos, entre eles, Erasmo Carlos, Paulo Sérgio, Roberto Carlos, Deni e Dino, Trio Esperança, Eduardo Araujo, Golden Boys, entre tantos outros da gravadora EMI-Odeon.
Em 1966, participaram no filme “Na onda do Iê Iê Iê e em 1969, no filme Pobre Principe Encantado”, que contava com a participação de Wanderley Cardoso. Além dos discos a solo, “Os Fevers” participaram em discos de estúdios, com a participação de artistas de outras bandas da época, gerando discos de pseudo bandas, tais como “The Big Seven”, The Supersonics”, “Terribles” e “Década Explosiva”.