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terça-feira, 27 de setembro de 2011

RADIO FÁTIMA - O COMEÇO

NASCE UM OUVINTE

Desde de o tempo em que eu tinha aproximadamente nove anos que comecei a escutar rádio. Casualmente foi na época em que a Jovem Guarda estava a mil em todo o país, ou seja, em 1966, ano em que morei em Santa Maria. Quando retornei à Porto Alegre, ganhei um radinho de pilha que se tornou meu companheiro e amigo inseparável. Dormia escutando os programas românticos do fim de noite.

O DESEJO DE SER LOCUTOR

Quando ganhei um gravador de fitas cassete (era um Phillips usado) de meu pai e de minha mãe, além de gravar e escutar músicas, arranjei outra utilidade para o aparelho. Ligava uma caixa de som na saída do fone de ouvido e acionava o aparelho como se fosse gravar, mas sem fita cassete e falava no microfone. O som saia na caixa que com um fio bem comprido, ficava no quarto de minhas irmãs que escutavam o, digamos, programa de rádio. Na hora da música, colocava uma fita cassete a rodar. Certa vez fui visitar a hoje extinta rádio Cultura de Porto Alegre. Fiquei impressionado com o ambiente e a rotina de uma rádio. O pessoal me mostrou os equipamentos e a prateleira de discos. Saí de lá com o pensamento de um dia ser um locutor. Com o passar do tempo, estudei contabilidade, cheguei a fazer Administração de Empresas e passei a trabalhar na área financeira e contábil, chegando a ser auditor. O sonho de ser locutor ficou esquecido.

ENFIM A FÁTIMA

No final do mês de agosto de 2009, minha esposa Márcia me falou que seus cunhados Gilmar e Paulo iriam participar de um programa em uma rádio de Canoas juntamente com outra pessoa chamada Luís Henrique Praia.
Márcia havia comentado com sua irmã Nena, que eu sempre fora atraído pelas atividades de rádio.
Não demorou muito tempo para o Gilmar me ligar e me convidar para participar do programa que iria estrear no sábado seguinte dia 05 de setembro de 2009. O nome do programa era "O Expresso da meia-noite" que começava à meia-noite de sábado e ia até às 6 horas da manhã de domingo. Não fui no primeiro dia, mas no outro sábado 12 de setembro eu estava lá, fazendo pela primeira vez um programa de rádio. O programa era divertido, além de muita música, debatíamos assuntos interessantes e lavantávamos polêmicas. Um dos assuntos foi a Jovem Guarda.
O programa durou apenas dois meses, pois a rádio na condição de comunitária, não podería ter programas neste horário.

NASCE O "JOVEM GUARDA RECORDAR É VIVER"

Na semana entre o Natal e o final do ano de 2009, recebi uma ligação do Gilmar falando que havia sido aberto um horário aos sábados das 16 às 18:30 horas e perguntando se eu estaria interessado em fazer um programa juntamente com o Paulo Dorneles. Claro que respondi que sim. Liguei para o Luis Henrique Praia que já apresentava outros tres programas na rádio, para saber mais detalhes. Foi então que fiquei sabendo que o programa era sobre a Jovem Guarda. De início achei que não teria como fazer um programa com este tema e não me entusiasmei muito. Em seguida liguei para o Everaldo Zezzi, que fazia parte da diretoria da Associação Cultural Fátima Comunitária e foi quem conseguiu o horário. Combinei com ele e em seguida liguei para o Paulo. Acertamos de nos encontrarmos os três no sábado 02 de janeiro de 2010. Neste dia fizemos o programa juntos, mas a partir do sábado seguinte eu e o Paulo assumimos o programa. Durante um tempo o programa ficou sem nome, apenas sendo chamado de Jovem Guarda. Solicitamos sugestões aos ouvintes e no final batizamos o programa de "Jovem Guarda - Recordar é Viver". O objetivo era de, além da jovem guarda, trazer os acontecimentos, costumes e moda dos anos sessenta.
Pelo mês de abril de 2010 o Paulo Dorneles, por motivos pessoais, teve que sair do programa. Então a produção e a apresentação ficou a meu cargo.
Em 24 de setembro de 2011 o programa teve a edição nº 91 e está indo rumo aos dois anos no ar.


Com o apoio cultural da Sollare Informática e da Distribuidora São Pedro, procuramos sempre trazer o melhor dos chamados "anos dourados" e buscar sempre uma novidade em música. A pesquisa é tão profunda que já tocou até música que foi gravada em 1957 (ano em que nasci).
Durante um tempo, quando o horário após o programa ficou vago, apresentei também o programa "Bem Brasil", que trazia uma seleção de MPB e muito samba, além de músicas regionais que mostravam um pouco de nosso Brasil.
Em duas oportunidades, apresentei o programa "Os 4 de Liverpool" e uma vez o "Studio 1120", ambos apresentados por Luís Henrique Praia, cuja pessoa além de ser fantástica, foi um professor que me ensinou muita coisa,  fato que me proporcionou muito conhecimento e me ajudou bastante a produzir e apresentar o programa.  


OS CRÉDITOS


Além do trabalho que temos para fazer um programa, devemos gostar de fazer, pois como não somos profissionais, fazemos porque gostamos. Não considero um trabalho e sim um lazer, pois é com prazer que procuro levar as informações e as novidades aos ouvintes.
Agradeço a todos que me apoiaram: à esposa Márcia pelo incentivo e pela paciência de escutar os programas gravados, ao Luís Henrique Praia pelo apoio e pela experiência passada, ao Gilmar pelo convite e pela parceria no Expresso da meia-noite, ao Everaldo Zezzi pela chance e pelo incentivo, ao Paulo Dorneles pela parceria no início do programa e pelos ouvintes mais assíduos, o Mário e a Mara Rúbia, a Sandra, a Vera Ferreira, a Ana Maria, a nossa saudosa Dona Alfaides (in memoriam), ao J. Nunes, ao Leandro Menezes, a prof. Rosângela, a Mari Martins, aos amigos Edivaldo Morais e Eliel Silva, ao Antonio do grupo musical Os Selvagens.
Luis H.Praia, Gilmar Panizzi e Paulo Dorneles
O Expresso da Meia Noite

Um comentário:

  1. Que ótimo testemunho Roberto! Grato pela citação de nossos nomes. Realmente temos admiração pelo seu trabalho, que como o nosso não se trata de profissional, mas um hobbie que visa resgatar a boa música e os bons tempos da jovem guarda, para os que viveram aquela época recordarem e os mais novos terem a oportunidade de saber um pouco sobre os chamados "anos dourados". Pra sempre Jovem Guarda!
    Abraços potiguares,
    Edvaldo Morais e Eliel Silva
    Ceará-Mirim Rio G. do Norte

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