Nº de Brotinhos Visitantes

domingo, 7 de outubro de 2012

SERGIO MURILO

 
O cantor Sérgio Murilo nasceu como Sérgio Murilo Moreira Rosa, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro no dia 2 de Agosto de 1941 e foi um garoto precoce, pois aos 12 anos de idade já animava um programa infantil na extinta TV Rio. Aos 15 anos já cantava no programa “Os Curumins” da Rádio Tamoio.

Em 1956, já era considerado como melhor de cantor de rock and roll e aparecia com frequência no programa “Trem da Alegria” da Rádio Tamoio, com músicas rock-balada muito em voga na época e principalmente embaladas no mesmo caminho do estilo de canções que faziam sucesso com cantores como Tony e Celly Campello.

Em 1959, começou a participar no programa do Paulo Gracindo na rádio Nacional, quando conheceu o compositor Edson Borges e por intermédio dele conseguiu um contrato com a gravadora Columbia e lançou o seu primeiro disco cantando a toada “Mudou Muito”, composição de Edson Borges e Enrico Simonetti e também um samba canção chamado “Menino Triste” de Edson Borges.

Nessa mesma época chegou ao sucesso com a música “Marcianita” de Marconi e Alderete, uma versão de Fernando César, que se tornou um clássico, que chegou a ser regravado mais tarde por Raul Seixas e Caetano Veloso.

Também obteve um grande sucesso com a música “Broto Legal” de Barnhat, cuja versão foi feita pelo humorista Renato Corte Real. O sucesso levou-o a participar em filmes como “Alegria de Viver” e também recebeu uma grande reportagem na revista Radiolandia.

Participou igualmente no filme “Matemática Zero, Amor Dez” de Carlos Augusto Hugo Christensen, onde cantou a música “Rock da Morte”. Os seus sucessos continuaram até cerca de 1963 a 1964, onde se apresentava frequentemente no programa “Alô Brotos”, com Sónia Delfino. No auge de sua carreira foi considerado pela Revista do Rock como o Rei do Rock devido ao seu sucesso cantando versões de sucessos norte-americanos, em especial de Neil Sedaka e Paul Anka.

Sérgio Murilo também foi um dos primeiros cantores brasileiros de rock a mexer os quadris ao estilo de Elvis Presley e igualmente considerado como o pioneiro do rock pauleira ao lançar a música “Lúcifer” que chegou a ser bastante criticada, por ser muito avançada para a época.

Depois desse período sua carreira já entrava em decadência e quando surgiu o programa Jovem Guarda, Sérgio Murilo já era um nome pouco cogitado. Na realidade o seu estilo já não combinava com a época.

Em 1963 obteve um grande sucesso no Peru chegando a receber um prémio como o “Artista Estrangeiro mais Popular” e o “Microfone de Prata”. Com o seu sucesso em decadência no Brasil, há notícias de que trabalhou cantando no Peru e também continuou a gravar os seus discos até o início dos anos 70.

Depois disso muito pouco se sabe a respeito da sua carreira, da sua vida de um modo geral. Sabe-se apenas que se formou em Direito pela Faculdade Cândido Mendes e por muitos anos trabalhou como advogado. Também há notícias que gravou em 1978 músicas em ritmo de discoteca no Peru, incluindo a música “Eu sou a Mosca que Pousou na sua Sopa” de autoria de Raul Seixas, em estilo discoteca.

Em 1989 chegou a gravar um LP com colectâneas dos seus antigos sucessos, e também com algumas músicas inéditas, mas não funcionou. O cantor morreu no dia 19 de Fevereiro de 1992, bem jovem, aos 50 anos de idade.
 
Sérgio Murilo, assim como Meire Pavão, Wilson Miranda e alguns outros artistas, que fizeram grande sucesso em determinada época passada, foi praticamente esquecido pela “mídia” falada ou escrita.

domingo, 30 de setembro de 2012

SETEMBRO CHEGA AO FIM

Numa das manhãs desse mês de setembro acordei com uma sinfonia de sabiás e alguns outros pássaros cantando. Como não estava ainda bem acordado, pensei já estar em outro plano espiritual, tal era a paz que aquele som do canto dos pássaros transmitia. Parecia ser um paraíso, pelo menos de forma sonora. Lembrei que era setembro, o mês que troca da estação fria para a primavera e que as árvores florescem com mais vontade, atraindo grande quantidade de pássaros.
Pois este setembro está chegando ao fim. Mas a estação fica um pouco mais agradável sem aquele calor terrível do verão e sem o frio que assusta muita gente (eu não tenho nada contra o frio).
No dia 1º de setembro, um sábado, abri o programa com a música "Manhãs de setembro" cantada pela Vanusa. Ontem dia 29, fechamos o programa do mês com a notícia da ida de Hebe Camargo para outro plano espiritual. São coisas que não queremos aceitar, mas fazem parte da vida. Outros meses virão, na sequência as estações alterarão o clima. Notícias de todas as naturezas chegarão aos nossos olhos e ouvidos. Coisas inevitáveis, que estão fora de nosso alcance e comando.
Mas desejamos sempre que o que está por vir seja o melhor possível, pleno de realizações e muito sucesso. 
Roberto Bahy

sábado, 29 de setembro de 2012

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL

 
Creedence Clearwater Revival foi uma banda de rock californiana formada por John Fogerty (guitarra e vocais principais), Tom Fogerty (guitarra), Stu Cook(baixo) e Doug Clifford (bateria), que, sob outras denominações, tocavam juntos desde 1959.
O embrião da banda Creedence Clearwater Revival foi fundado em 1959, chamava-se Blue Velvets e era formada pelos irmãos John Fogerty (vocalista e guitarrista), e Tom Fogerty (guitarrista), Stuart Cook (baixo) e Douglas Clifford (bateria). Em 1966 conseguiram seu primeiro contrato com uma gravadora, a Fantasy, e com o nome de The Golliwogs gravaram dois singles. Embora não tivessem grandes pretensões o single foi bem aceite. Em 1967 mudaram o nome da banda para Creedence Clearwater Revival e a boa aceitação dos primeiros singles levou-os a deixar de ser apenas uma banda de covers dos anos 50 para se arriscar em suas próprias composições.


Em 1968 lançaram o seu primeiro álbum, auto-intitulado. Em meio ainda ao fenómeno das bandas inglesas os Creedence foi uma das primeiras bandas americanas a firmar-se no topo das paradas (entre outros com os singles "Susie Q" e "I Put a Spell on You").
Em 1971, após mais três álbuns de sucesso, os Creedence Clearwater Revival tornou-se na primeira banda a superar os Beatles como grupo de rock mais popular. O seu maior hit de todos os tempos, "Have You Ever Seen The Rain", do álbum Pendulum, trata-se de uma das músicas mais coverizadas até hoje. As suas músicas de pouco mais de três minutos, com refrões fáceis e cativantes pavimentaram caminho para as bandas de Hard Rock que se seguiriam.


Contrastando com o sucesso crescente surgiu a notícia de que Tom Fogerty havia abandonado a banda para seguir carreira solo. Os Creedence (como um trio) ainda lançou um álbum decepcionante, "Mardi Gras", antes de ser declarados extintos em 1972. Desde então reuniram-se eventualmente para aparições em festivais diversos. Stu Cook e Doug Clifford chegaram a montar uma banda chamada Creedence Clearwater Revisited e apresentaram-se tocando músicas do seu grupo antigo.
Todos os membros da banda participaram das gravações do álbum a solo de Tom Fogerty lançado em 1974, "Zephyr National". Tom Fogerty morreu em 1990 vítima de problemas respiratórios.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

WANDERLEY CARDOSO


Wanderley Cardoso nasceu no bairro paulistano do Belenzinho em 10 de março de 1945. Começou a carreira de intérprete aos 13 anos. Morou nos bairros de Pirituba e Lapa em São Paulo. Estudou na escola Guilherme Kuhlmann, onde concluiu o primário (1º a 4º série), no Largo da Lapa, Lapa de Baixo, em São Paulo.
Depois de cinco anos dedicados ao estudos, investiu com força no showbiz. Seu primeiro sucesso, gravado em 1965, chamava-se "Preste atenção". Rapidamente se tornou um dos ídolos da Jovem Guarda, ganhando o apelido de "O bom rapaz", título de seu grande sucesso gravado em 1967, que vendeu mais de cinco milhões de cópias.
Foi apresentador de rádio e televisão e participou como um dos trapalhões no programa "Os Adoráveis Trapalhões" na extinta TV Excelsior, ao lado de Renato Aragão, Ted Boy Marino e Ivon Curi. O cantor aparece em um número musical no filme de 1966 de Renato Aragão, Na Onda do Iê-iê-iê, no qual também pode ser visto Wilton Franco, que criou o famoso programa humorístico para a TV Excelsior.
Depois da Jovem Guarda e dos Adoráveis Trapalhões, foi contratado por Silvio Santos em 1970, juntamente com Paulo Sérgio e Antônio Marcos, para se apresentar semanalmente no quadro "Os galãs cantam e dançam na TV", que trazia além dos 3 (três) contratados fixos, vários cantores convidados. Manteve o romantismo em seus shows e discos. No início dos anos 70 foi barbaramente espancado na cidade de Uberlândia, Minas Gerais,onde realizaria um show. O ato de violência foi praticado por vários "playboys", ricos fazendeiros e industriais da região. Os fatos não foram devidamente apurados, devido ao grande poder dos empresários de Uberlândia junto aos militares que governavam o país.
No cinema, protagonizou vários filmes e participou de algumas peças de teatro e telenovelas. Outro de seus sucessos foi "Adeus Ingrata" que lançou no filme "O pobre príncipe encantado", o qual conta com a participação de Flávio Migliaccio e Vanusa.
Ao longo de sua carreira, gravou mais de 900 músicas e vendeu cerca de dezesseis milhões de cópias de seus 84 discos. Morando no Rio de Janeiro, mais preciso na Ilha do Governador, é evangélico e canta músicas da áurea época da Jovem Guarda, e suas mais novas canções gospel. Lançou um DVD, com participações de vários artistas brasileiros.
Em 2003, já no cenário cristão, foi premiado no Troféu Talento na categoria Revelação masculina.
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

BETINHO & SEU CONJUNTO

 

Betinho & Seu Conjunto foi um grupo musical surgido no início dos anos 50 formado pelo guitarrista, compositor e cantor Alberto Borges de Barros, o Betinho, considerado pelos pesquisadores musicais como sendo o primeiro grupo de rock'n'roll no Brasil. O grupo era eclético e tocava jazz, calipso, baião, choro, rock'n'roll, fox, música cubana, entre outros. Os músicos que acompanhavam Betinho eram; Renatinho (acordeão), Salinas (piano), Navajas (contrabaixo), Bolão (sax) e Pirituba e Rafael (percussões/baterias). Além de donos de uma impecável técnica musical e modernos, ajudaram à abrir as portas para novos estilos e movimentos da música brasileira como a jovem guarda.

 
Filho de Josué de Barros, quem descobriu Carmen Miranda, Betinho nasceu na cidade de Rio de Janeiro/RJ em 1918 e faleceu em 30 de março de 2000, aos 82 anos em Maringá/PR. Chegou a acompanhar a cantora ao violão, ao lado do pai, quando era adolescente. Juntos, introduziram o violão elétrico nas apresentações musicais, uma novidade para aquela ocasião. Betinho, na época que integrava orquestras de jazz onde se apresentava na Argentina, compôs sucessos como Fel, Abandono, Moral da História, O Vendedor de Laranjas e Parte. Entre 1941 e 1946 foi solista da orquestra de Carlos Machado, no Rio de Janeiro e Niterói.
 
Betinho & Seu Conjunto foi um dos maiores conjuntos de boate de São Paulo, eleito o melhor em 1957. As primeiras canções do grupo são em 1953 com, 78 RPM Baião e Sobremesa, Betinho no Choro, Batuca Jojo, entre outros. Em 1954 lança o fox Neurastênico, um dos clássicos mais conhecidos do grupo. A fase rock'n'roll chega em 1957 com Enrolando o Rock e o LP Rock & Calypso em 1958. Lança mais clássicos no fim dos anos de 1950 e primeira metade dos anos de 1960. A banda se desfez no início dos anos 60.
Em meados da década de 1960, Betinho se torna evangélico e mais tarde, um renomado pastor. Passou a compor músicas religiosas no estilo rock-balada, sendo o primeiro guitarrista evangélico do Brasil. Participou de gravações de alguns LPs de cantores do meio evangélico como por exemplo, Luiz de Carvalho.
 
DISCOGRAFIA:
 
78 RPM
  • Baião e Sobremesa / Betinho no Choro - Copacabana (1953)
  • Batuca Jojo / Baianinho - Copacabana (1953)
  • Lig Le no Baião / Ralando Coco - Copacabana (1953)
  • Corridinho 1951 / Burrinho Garboso - Copacabana (1954)
  • Neurastênico / Burrinho Leiteiro - Copacabana (1954)
  • Johnny Apaixonado / O Califa no Mambo - Copacabana (1955)
  • Violão Borocochô / A Polca do Véio - Copacabana (1955)
  • Casa da Vizinha / Não Caio Noutra - Copacabana (1955)
  • Enrolando o Rock / Cha Cha Cura - Copacabana (1957)
  • Loucamente (Little Darling) / Se Ela Vier - Copacabana (1958)
  • Baby Lover / Peanuts - Copacabana (1958)
  • Quero Beijar-te as Mãos / A Lágrima Rolou Copacabana (1959)
  • Limelight / Aquarela do Brasil - Copacabana (1960)
  • Theme From a Summer Place / Love Is a Many Splendoured Thing - Copacabana (1961)

 LP

  • Betinho & Seu Conjunto Dançante - Copacabana (1961)
  • Betinho, Rock e Calypso - Copacabana (1962)
  • O Rei da Noite - Copacabana (1963)
  • Betinho, Twist e Bossa Nova - Copacabana (1963)
  • Queimando a Sanfona - Tropicana
  • LP Estupido Cupido Nacional - música "Neurastênico" - Som Livre (1976)
  • LP Rock dos Anos 60 - música "Enrolando o Rock" - Phonodisc (1987)  CD

 CD
  • Série BIS Jovem Guarda "Betinho & Seu Conjunto" (2000)

sábado, 22 de setembro de 2012

TERRY WINTER




Thomas Willian Standen nasceu em 08 de maio de 1941. Filho de Maria Thereza Standen e Charles Walter Standen, brasileiro, neto de ingleses. O avô materno era veterinário, a avó dona de casa e residiam no Brasil. A família de seu pai firmou-se na cidade de Penedo, subdistrito de Resende (RJ) onde passou grande parte de sua infância.
Seu pai tinha uma pequena fábrica e a família tinha uma fazenda em Penedo. Todos estudaram em colégio inglês, e mantinham as tradições e os costumes ingleses, além de falarem muito bem o português e inglês.

Thomas William Standen era um rapaz bonito, de olhos verdes, e começou sua carreira ainda muito jovem. No início da era da Jovem Guarda (Terry nao fez parte), apresentava-se no programa de auditório Alegria dos bairros (TV Excelsior), produzido por Geraldo Blotta. Conhecido como Tommy Standen, ele abria os programas cantando algumas músicas em português. O programa era transmitido ao vivo.
Começou gravando no pequeno selo V.S. (1963). Depois foi contratado pela RCA e gravou com o nome Tommy Standen. Uma das músicas tem um certo destaque: A Varanda (1967). Tommy muda para a gravadora Beverly e faz uma última tentativa de sucesso como Tommy Standen, gravando Tomorrow Tomorrow dos Bee Gees (1969), mas o original lançado na mesma época sufoca a sua gravação.

Faltavam duas músicas para completar o primeiro LP New Tonton. Adiel Macedo de Carvalho pediu para Tommy fazer duas músicas em inglês, e saiu You’ll Notice Me e Mission To Carrie. O sucesso que alavancou as vendas do LP New Tonton é You’ll Notice Me, uma música com um estilo parecido com Burt Bacharach, e Terry até fez um trocadilho, colocando o nome do compositor como sendo Bart Baraboskin, o sobrenome de sua esposa. Tommy assumiu o pseudônimo Terry Winter, criado a partir de suas iniciais (T.W). You'll Notice Me faz um relativo sucesso vendendo 40.000 cópias. O pessoal das rádios chega a acreditar que se trata de uma genuína música americana.
 
Os lojistas começam a pedir um LP de Terry Winter, e assim Thomas lança seu primeiro LP. Sua música fez um sucesso estrondoso. Summer Holliday (1972) é uma produção muito bem cuidada, gravada no Estúdio Reunidos, e se tornou um dos maiores sucessos do ano. Summer Holliday lembra um pouco o clima do musical Hair, evocando um clima de festa de praia. O maestro Lemke fez os arranjos, Os Carbonos fizeram a base, e em uma só noite Terry foi ao estúdio B para colocar a voz. Quem não presta muita atenção pensa que se trata da prensagem brasileira de um disco internacional, produzido originalmente por uma gravadora chamada New Records. Na capa de fundo escuro, ele aparece de cabelos longos que escondem seu rosto.
 
Summer Holliday fez sucesso em 42 países, vendeu mais de três milhões de cópias.
 

Sua verdadeira identidade é revelada no Programa Silvio Santos. 
O programa inicia com Terry falando em inglês e tem o auxílio de um intérprete. Após o intervalo, a entrevista continua em português normalmente e as colegas de trabalho do Silvio Santos não entendem nada.

Mas, este fato é bem recebido pelo público e finalmente descobrem que Terry Winter é de fato brasileiro, filho e neto de britânicos, tímido, bem educado, bonito, sendo uma figura extravagante que quando sobe ao palco se revela quase que um autêntico roqueiro inglês.
 
Terry amava compor e cantar.  Acreditava que o fato de cantar em inglês mostraria ao mundo exterior que o Brasil possuía músicos talentosos capazes de levar ótima música e de excelente qualidade além de serem conhecidos mundialmente. Orgulhava-se profundamente de ser brasileiro e nunca quis trocar o Brasil por nenhum outro país.

Participou da novela A Viagem (Rede Tupi - 1975), fazendo o personagem Rui.

Ao longo de toda sua carreira, Terry ganhou oito discos de Ouro, cinco discos de platina e cinco discos de diamante. Mas foi uma luta compensadora, por mostrar para o mundo que o brasileiro sabe fazer boa música.
 
Terry voltou a liderar as paradas com a música Our Love (1975), ganhando um disco de ouro ao vender mais de meio milhão de discos. O sucesso de Our Love levou Terry a lançar este LP em Espanhol pela gravadora RCA.
 
Durante alguns anos, sua vida foi dedicada à divulgação de seus discos e shows realizados por toda a América Latina, Canadá, Holanda e Estados Unidos. Apesar do pedido da gravadora RCA para ficasse nos Estados Unidos, Terry preferiu ficar definitivamente no Brasil em 1980. Tinha agora 04 filhos e queria criá-los aqui.

Na década de 80 lança um compacto gravado com seu parceiro Neil Bernardes chamado Look at Me.

Lança ainda outro compacto cantando ao lado de Silvia Massari, Lovely Love, música tema da novela A Gata Comeu, da Rede Globo.

Terry Winter deixou um enorme rastro músicas lindas. Um artista que cantou sempre músicas de sua própria autoria e compôs mais de 300 canções gravadas por muitos intérpretes. Suas canções falam de amor, da natureza, do homem do campo.

Como sempre usou pseudônimos em suas autorias, passou a ser Chico Valente em 1982, ao compor com Neil Bernardes a canção Sonho de Um Caminhoneiro, gravada pela dupla sertaneja Milionário e José Rico. Um verdadeiro sucesso.

Neil Bernardes foi o maior parceiro de sua carreira, e melhor amigo. Trabalharam juntos e aprenderam o valor da amizade. Sonho de um caminhoneiro mais parece a história de dois amigos inseparáveis lutando pela vida e o pão e no fim da estrada um tem que seguir. Esta música marca o início de uma parceria de muitos sucessos.

A partir daí, Terry como Chico Valente compõe Filho Pródigo, na época gravada pela dupla Junio e Julio e, atualmente, gravada por Bruno e Marrone.

Compõe para artistas como Gugu Liberato (Bugaloo da da), Gretchen (Hula hula), Fofão (Guerra nas Estrelas), Doce alegria (Vanessa), entre muitos outros.....

Atuou como compositor e produtor para duplas como Mato Grosso e Mathias (onde o disco foi considerado o disco mais bem produzido e o mais bonito da dupla), Carlos Cesar e Cristiano e as Irmãs Galvão.

Montou uma Editora Musical e teve como sócios Neil Bernardes, seu empresário e amigo Álvaro Gomes e Orival Pessini. Pessini fazia o personagem Fofão na tv e Terry compôs e produziu os discos do personagem além dos trabalhos da editora.

Participou junto com Neil Bernardes do festival Agroceres exibido pela Rede Bandeirantes com a Canção Coração Caipira que ficou em 1º lugar. Neil Bernardes gravou esta música em seu disco solo.

Chico Valente e Neil Bernardes tem sua última apresentação juntos nos festivais Rimula, patrocinados pela Shell e exibidos no SBT com apresentação do Gugu Liberato. No primeiro festival, a canção Chão Vermelho (que representa um protesto em defesa do homem do campo e do mundo) fica entre as 10 melhores e vai para o LP do festival. No segundo, a canção Sinfonia Sertaneja (que fala harmonia da natureza e toda a sua beleza) é apresentada apenas por Neil Bernardes que ganha como Melhor Intérprete, onde a emoção pela falta do parceiro tornou mágica sua interpretação. A canção fica em 1º lugar e ambos ganham uma Picape como prêmio.

Como estava fora da mídia há algum tempo, Terry estava dedicado a novas composições e mantinha negociações com uma gravadora. Estava mesmo muito ansioso para voltar a fazer parte do que mais gostava. Apesar de muito trabalho fora das câmeras sentia falta do sucesso.
 
 
 
Sofria desde criança de bronquite asmática e durante a vida toda foi muitas vezes socorrido e cuidado por sua esposa Miriam.

Em 1998, andava muito ansioso e as crises voltaram a ficar freqüentes. Numa manhã de agosto de 1998 passou mal e com a demora na chegada do resgate, ele sofreu um derrame.

Por volta da seis horas da manhã foi levado para o pronto socorro do Butantã, e de lá foi transferido para hospital do Jabaquara, onde ficou internado na unidade de terapia intensiva. As perspectivas de recuperação eram boas e o médico que o assistia garantiu que em dois meses ele estaria saindo do hospital. Terry só permitiu a visita de seus familiares.

Após 32 dias de internação, contraiu inesperadamente uma pneumonia e veio a falecer em 22 de setembro, aos 57 anos. Foi sepultado em 23 de setembro de 1998 no cemitério Campo Grande, no bairro de Interlagos.

Thomas William Standen foi um homem honesto, excessivamente generoso, amigo, profissional, talentoso, um ótimo pai para seus quatro filhos e um excelente marido.

Uma revoada de pássaros prestou sua última homenagem a este verdadeiro artista e abriu para ele as portas do céu.

Baseado na biografia de Terry Winter, contado por sua filha Shareenne a quem agradecemos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

THE BEATLES - 50 ANOS DE "LOVE ME DO"


Edição Espanhola do EP (Odeon DSOE 16.574 - 1962

Liverpool celebrará 50 anos de 'Love me do', primeiro single dos Beatles.
A cidade britânica fará diversos eventos para homenagear o quarteto.
A principal comemoração será realizada no dia 5 de outubro, a mesma data em que "Love me do" chegou ao mercado.
"Love Me Do" é o nome de uma canção dos Beatles escrita por Lennon/McCartney. A canção é essencialmente de Paul McCartney que a escreveu entre 1958/59 na sua escola. John Lennon também participou nela. A faixa foi gravada em 6 de junho de 1962 no estúdio Abbey Road.
A canção foi a primeira a ser lançada pelos Beatles em forma de single, cujo lado B trazia a canção "P.S. I Love You", no dia 5 de outubro de 1962. O single atingiu a posição 17 nas paradas de sucesso do Reino Unido e quando foi reeditada atingiu o quarto lugar. Nos Estados Unidos, o single atingiu o primeiro lugar em 1964.

Gravações:
"Love me do" foi gravada em três diferentes vezes e com três bateristas diferentes:
A primeira gravação foi feita em 6 de junho de 1962 com Pete Best, como parte da audição feita na Abbey Road Studios e foi lançada no álbum Anthology 1.
A segunda em 4 de setembro do mesmo ano com Ringo Starr na bateria. O produtor George Martin não aprovou a bateria de Pete Best. Esta versão foi lançada no álbum Past Masters, Volume One e One.

A terceira em 11 de setembro/62 com Andy White na bateria e Ringo tocando tamborim e foi lançada no álbum "Please Please Me".


Etiqueta do single da Parlophone, 1962.
A primeira edição do single, entretanto, trazia a versão de Ringo Starr. para a reedição do single feita em 1976 e a edição comemorativa dos 20 anos de lançamento em 1982 foi usada a versão de Andy White. A versão de Pete Best ficou inédita até 1995, quando foi incluída no álbum Anthology 1.
"Love Me Do", com Ringo na bateria, também foi regravada oito vezes durante os programas de rádio da BBC (Here We Go, Talent Spot, Saturday Club, Side By Side, Pop Go The Beatles e Easy Beat) entre outubro de 1962 e outubro de 1963. A versão que foi gravada no dia 10 de julho de 1963 e foi para o ar no dia 23 de julho, no programa Pop Go The Beatles, pode ser ouvida no álbum Live at the BBC. Os Beatles ainda a tocaram ao vivo no programa de rádio no dia 20 de fevereiro de 1963, chamado Parade of the Pops, também da BBC.
Em 1969, durante a gravação do álbum Let It Be, os Beatles tocaram uma versão mais lenta da canção. Esta versão está presente em álbuns bootlegs.

Outras versões

"Love Me Do" foi regravada por muitos outros artistas entre eles, Sandie Shaw em 1969, Ringo Starr no álbum solo de 1998 Vertical Man, Emmerson Nogueira em 2004 e David Bowie que a cantou na tournê de Ziggy Stardust.