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sexta-feira, 20 de julho de 2012

A CONQUISTA DA LUA - 1969


20 de julho de 1969
Um Grande Salto para a Humanidade!


A chegada do Homem à Lua foi sem sombra de dúvida uma das maiores conquistas concebidas pelo engenho humano. Foi a coroação de uma história repleta de descobertas e experimentos que começou com os chineses há mais de 700 anos e continua até os dias de hoje com as fantásticas missões que nos fascinam cada vez mais.
Depois de Armstrong e Aldrin, apenas 10 homens tiveram o privilégio de colocar os pés na Lua e caminhar em sua superfície, mas as lições deixadas pelo Projeto Apollo mostram que são os sonhos que impulsionam os Homens e nos fazem ir muito mais além.
De 1969 para cá muita coisa mudou.
Em 1969 não se imaginava que as naves Voyager existiriam e até ultrapassariam os limites do Sistema Solar, nem que mais de 200 planetas além do nosso Sol seriam descobertos em tão pouco tempo. Também era impensado que uma Estação Espacial seria construída com a colaboração de duas nações até então inimigas e imaginar que a China seria uma potência espacial era algo completamente fora de cogitação.
Realmente, de lá para cá muita coisa mudou, mas aquela vontade de ir um pouco mais além parece que não deixa mesmo os homens sossegados. Vira e mexe tem sempre uma sonda indo até Júpiter, Saturno e Plutão, mas a impensada colonização de Marte ainda continua sendo apenas um grande sonho.

A REALIZAÇÃO DE UM SONHO

COMO FOI A AVENTURA

No dia 16 de julho de 1969, um enorme foguete, o Saturno V, era lançado ao espaço levando uma cápsula tripulada, a Apollo 11. A cápsula deveria se separar do foguete a uma determinada distância da Terra e continuar sua viagem em direção à Lua.
Assim que escapasse do campo gravitacional da Terra e entrasse no campo gravitacional da Lua, a Apollo 11 ficaria girando ao seu redor. O astronauta Michel Collins permaneceria em seu interior e Armstrong e Aldrin, dentro do módulo lunar, se separariam da Apollo e prosseguiriam sua viagem em direção ao satélite da Terra.
Tudo deu certo. No dia 20 de julho de 1969, quando Armstrong e Aldrin abriram a porta da pequena cápsula espacial que pousou na Lua, desceram a escada e pisaram no solo lunar, boa parte da humanidade, cerca de 1 bilhão de pessoas, estavam de olhos fixos em seus aparelhos de televisão, acompanhando um fato histórico que muitos acreditavam que nunca iriam ver em suas vidas.
O lugar onde Armstrong desembarcou é chamado de Mar da Tranqüilidade. O astronauta saiu de um pequeno módulo, o Eagle - o módulo lunar -, que fez todo o trajeto da Terra à Lua acoplado ao módulo de comando, o Colúmbia. A nave espacial que fez o vôo pioneiro chamava-se Apollo 11.
Três astronautas norte-americanos participaram da aventura histórica, todos aos 38 anos de idade. Neil Armstrong havia lutado na Guerra da Coréia como piloto, em 1950. Em 1962, começou sua carreira na Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa), a agência espacial norte-americana, órgão encarregado de coordenar as pesquisas para o desenvolvimento de foguetes e artefatos espaciais.
O segundo astronauta a pisar na Lua foi Edwin Buzz E. Aldrin Jr. que, assim como Armstrong, participou da Guerra da Coréia em 1950, entrou para a Nasa em 1963 e foi ao espaço pela primeira vez com a Gemini 12, em 1966. Neil Armstrong e Edwin Aldrin foram os autores de duas frases célebres ao pisar o solo lunar. O primeiro declarou: "Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade". Aldrin, por sua vez, optou por um enfoque subjetivo, porém muito verdadeiro: "Magnífica desolação".
O terceiro pioneiro da primeira jornada do ser humano à Lua foi Michel Collins. Esse astronauta fez carreira como piloto de testes da Força Aérea Americana, entrou na Nasa em 1963 e foi ao espaço pela primeira vez na missão Gemini 10, em 1966. Michel Collins não saiu do Colúmbia, o módulo de comando da Apollo 11. Dos três tripulantes da Apollo 11, foi, portanto, o único a não pisar na Lua.
Um dos sonhos da humanidade, explorado pela literatura de ficção científica e pelo cinema, tornava-se realidade. O ser humano pisava no solo de nosso satélite e de lá observava a Terra, a aproximadamente 400 mil quilômetros de distância. As marcas das botas especiais que protegiam os pés do astronauta norte-americano Neil Armstrong foram os primeiros sinais de um ser humano para sempre deixados no poeirento solo da Lua, o satélite natural da Terra.
As marcas humanas na Lua - Depois da passagem de catorze naves e sondas russas e de vinte e quatro americanas, o ser humano deixou na Lua, entre dezenas de objetos:
1. Uma placa onde se lê: Aqui, homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua, em julho de 1969. Viemos em paz em nome de toda a humanidade. Abaixo, as assinaturas de Armstrong, Aldrin e Collins e a do então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon.
2. Duas bolas de golfe
3. Uma Bíblia
4. Três veículos lunares
5. Seis bandeiras dos Estados Unidos
6. Frasco com cinzas do astrônomo americano Eugene Shoemaker (1928/1977)
A DESCIDA NA LUA
Os riscos pelos quais os astronautas passariam em sua viagem pioneira eram tão grandes que, pelos critérios de segurança atuais, provavelmente a viagem não seria autorizada.
Para se ter uma idéia, já na descida do Eagle ao solo lunar, o comandante Neil Armstrong, desorientado, tentava encontrar pela janela o local indicado para o pouso. Junto dele, na cabine de apenas 2,4 m2, o piloto Edwin Buzz Aldrin ficava de olho no indicador do combustível, que se aproximava perigosamente do fim. Dava para apenas 30 segundos de vôo quando o frágil módulo Eagle finalmente tocou a superfície poeirenta do Mar da Tranqüilidade, no equador lunar, a um quilômetro do alvo.
"A Águia pousou", avisou Armstrong para os controladores da missão em Houston, a mais de 380 mil quilômetros de distância. Nem os técnicos da Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa), nem 1 bilhão de pessoas (quase um terço da população mundial de então) que assistiam à façanha pela televisão ficaram sabendo do pequeno incidente.
O som da voz do comandante Armstrong chegou à Terra entrecortada pela estática, quase ao mesmo tempo em que seu pé esquerdo deixava sua marca no poeirento solo lunar. Tanto sua frase como a marca de seu pé ficaram gravadas na memória do século XX. Pelo horário de Brasília eram exatamente 23h56min20s.
Armstrong ainda preocupou-se em constatar que "a poeira adere às botas como uma fina camada de carvão". Ele que, ao descer do módulo lunar, chegou a tropeçar na escada e por pouco não deixou as marcas de suas mãos como primeiro registro humano em solo lunar. Vinte minutos depois, Buzz Aldrin juntou-se ao comandante, descendo alegre as escadas do Eagle.
"É lindo e desolador", disse Aldrin, cujo primeiro desejo na Lua foi o de fazer xixi, o que efetivamente fez em um tubo conectado a pequenas bolsas, única forma de os astronautas se aliviarem.
Preparados para morrer - Documentos encontrados recentemente no Arquivo Nacional dos Estados Unidos mostram que os riscos para a viagem à Lua eram tão grandes que os astronautas foram preparados, inclusive, para morrer. A operação considerada mais delicada de toda a viagem era o retorno do módulo Eagle da superfície lunar até o seu acoplamento no módulo de comando, que ficou girando em torna da Lua, pilotado por Michael Collins. Armstrong e Edwin Aldrin tinham em seus macacões cápsulas de cianureto (veneno que leva o homem à morte em minutos), caso não pudessem voltar ao módulo comandado por Collins. O governo americano também estava preparado: já havia um discurso pronto do presidente Richard Nixon, caso houvesse um acidente. Leia alguns trechos:
* "Outros exploradores seguirão rumo ao espaço e certamente encontrarão o caminho de volta. A busca humana não será abandonada. Mas esses homens foram os primeiros e eles permanecerão para sempre no nosso coração como os verdadeiros pioneiros."
* "Esses bravos homens, Neil Armstrong e Edwin Aldrin, sabem que para eles não há esperança de resgate. Mas eles também sabem que há esperança para a humanidade em seu sacrifício."
* "O destino determinou que esses homens que foram à Lua explorá-la em paz nela descansassem em paz para sempre."
* "Em sua jornada eles instigaram todos os seres humanos a se sentir como se fossem uma única pessoa. Em seu sacrifício, eles estreitam ainda mais a fraternidade entre os homens."


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